Na solidão, me esqueço. E
nos silêncios com as noites sôfregas, que são povoadas de desejos ávidos, me
olho no espelho e me acho dentro do isolamento...
Não percebo os estímulos, não acalanto a
ternura, que mora em mim... Não aquieto os meus temores de ser só... Com a solidão,
poderei sair por aí, caçando afetos, aceitando sobejos, confundindo não estar
só... Trocarei, em sonhos, bilhetes tristes e acordarei vazia de mim mesma...
Me perderei na fragilidade, que é o lugar onde encontro a mim mesma...
Sairei,
com os pés descalços, braços bem abertos, desviando-me do tempo, buscando por ternura, acolhendo afetos
mendigados, para não estar sózinha...
Só
para ludibriar o tempo, tendo a bravura, me manterei transtornada, só para
enganar o momento e não ter que esperar a vida passar, assim mesmo...
Marilina Baccarat no livro "É Mais Ou Menos Assim"
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