sábado, 25 de julho de 2020

Dia do escritor

Hoje é  dia do escritor.  Sou feliz em ter recebido do meu DEUS  esse dom... Pois, quando escrevo, a alma vai para a ponta dos dedos e sai em forma de textos, em busca de alcançar corações...

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Medo da Solidão

MEDO  DA  SOLIDÃO 
       
   
          Necessitamos, muitas vezes, estarmos sós, para vivermos isolados e poder elucubrar sobre a vida, quando temos a isolação, a nos acompanhar...
          Sem o retraimento não me atiro, não me arrisco, não me camúflo...  Dissolvo-me, espalho...
         Na solidão,  esqueço-me. E nos silêncios com as noites sôfregas, que são povoadas de desejos ávidos,  olho-me no espelho e me acho dentro do isolamento...
          Não percebo os estímulos, não acalanto a ternura, que mora em mim... Não aquieto os meus temores de ser só... Com a solidão, poderei sair por aí, caçando afetos, aceitando sobejos, confundindo não estar só... Trocarei, em sonhos, bilhetes tristes e acordarei vazia de mim mesma...  Perder-me-ei na fragilidade, que é o lugar onde encontro a mim mesma...
         
        Sairei, com os pés descalços, braços bem abertos, desviando-me do tempo, buscando por ternura, acolhendo afetos mendigados, para não estar sózinha...
           Só para ludibriar o tempo, tendo a bravura,  manter-me-ei transtornada, só para enganar o momento e não ter que esperar a vida passar, assim  mesmo...
          Sem a penumbra, atraiçoarei meus desejos, gracejarei sem achar graça... Só para não ter que me refugiar na solidão... Acobertarei os meus lamentos e recolherei o meu pranto, para que ninguém pressinta...
          Caminharei por caminhos áridos, tendo como companhia a audácia... Afastar-me-ei de mim mesma,  perder-me-ei nas trilhas da solidão, pois, é ali, que me  encontro, de onde observo um jardim secreto, com acesso ao templo, que há em mim...Medo?... Sim, o tenho...Mas posso perfeitamente entender, que o pavor mora lá e a coragem vive em mim, dentro desse templo, para sempre...
        Transformá-la, em serenidade, é atitude da assisada que posso ser... Pois, nesse mundo, onde tudo é efêmero, a valentia pode ser um suavizo e não afadigo...
A ousadia de sentir a solidão  poderá  ser resgate da coragem.  Jamais equívoco do medo...
        Em um mundo deslumbrado. por juventude e sucesso, a solidão  poderá ser livre-arbítrio, não desapossado, em nós...


Quero abraços, para esquecer a solidão, mas, ainda assim,  preciso aprender a ter coragem, alumiar a essência, para clarear os seus contornos e esquecer o medo...