quinta-feira, 11 de junho de 2020

O Envelhecer


       Em um dia qualquer, ao acordarmos, nos sentiremos jogadas, ou, talvez, insatisfeitas. Pior, ainda, nos sentiremos com jeito de mulheres, cansadas, desiludidas, sem  ânimo... É quando perguntamos à nós mesmas: Qual é o meu lugar nesse mundo?
           Então, quando  nos olhamos, no espelho, percebemos que estamos envelhecendo... Sentimos o frio na espinha, como lâminas bem afiadas, a nos cortar... 

sábado, 9 de maio de 2020

As mães não morrem

As mães nunca morrem, apenas saem de cena, apagam as luzes e fecham as cortinas, nos deixando sozinhos no palco da vida... E, a bruma que desce, envolvendo o momento,  encobrindo nossos olhos, do que antes era visível e, agora é impalpável...Em nosso eu, retumba, antigos sons, contando-nos histórias antes de dormir, ou chamando-nos para o banho...Dizem que tudo passa, mas, as mães não passarão... Elas apenas  entardecem junto com o pôr do sol...Mas, estarão para sempre junto à nós, caminhando pari passu, com a nossa alma e nosso coração...
Marilina Baccarat de Almeida Leão
Escritora brasileira
Um feliz dia das mães, para todas as mamães do mundo!!!



quarta-feira, 29 de abril de 2020

Patria Amada

VAMOS FAZER O BRASIL

     Tenho pensado no Brasil como Povo, como Nação, como Pátria minha. Como um somatório de muitos, de cada um de nós.
         Esta pátria, da qual nos orgulhamos principalmente para quem já morou fora deste país enorme, quase um continente, que vemos ser vilipendiado, por nós mesmos, pelos outros e nos calamos aquiescentes, coniventes.
       Falamos mal do vizinho quando sabemos que ele deu propina ao guarda para que não o multasse, mas faz o mesmo quando o caso é com ele... Falam mal da mãe de quem para o carro com as duas rodas, em cima da calçada, mas, quando não encontra vaga por perto, faz pior:- joga o carro com as quatro rodas por cima da mesma calçada.
      É a tal estória:- “todo mundo faz, também vou fazer”... Não sei de onde vem isto. Se foi o tipo de colonização a que fomos sujeitos que gerou esse descompromisso, esse pouco caso com o outro, com a cidade, com o estado e consequentemente com o país. Onde erramos, como nação? Ao escolher os nossos governantes? Ao sermos corruptos e corruptores também?...Corrupção há em todo lugar, mas nos outros lugares há a punição. Aqui não, a certeza da impunidade é que faz a criminalidade crescer a cada dia. E não me venham dizer que é a miséria ou a pobreza a causadora disto tudo. Não, isso é cultural e ancestral, carregamos em nossos genes o desejo de se locupletar mais, sempre que possível, pouco se importando com o resto do país. Pensamos que há um Brasil, para cada um de nós. Um Brasil moldável, adaptável aos nossos próprios interesses, um interesse, em detrimento do TODO!
       Temos que pensar em começarmos a construir a ideia de que somos todos nós, juntos, quem formamos a Nação.
      Não só quem legisla, não só quem executa as leis, não só quem as faz cumprir. Mas o povo, tendo em quem se espelhar, vendo exemplos de amor à pátria, para nossos filhos e netos. Comecemos a construir, dentro de nós, a autoestima necessária para que se AME uma Pátria Amada. Brasil...

sábado, 25 de abril de 2020

Ostentada Viração

Ostentada viração                        certos ventos têm a calma,            
Nos deixam maravilhados 
Outros reservam na alma,
Poder de serem expostos .
     Marilina Baccarat 
                               


Há ventosidades, que são exibidas, quando resolvem correr, virando as esquinas com a máxima velocidade, fazem tanto estardalhaço que parecem querer levar o que encontram pela frente, a nos envolver junto a elas...
Certos ventos chegam com calma, não fazem muito barulho, e nos deixam maravilhados, ao senti-los que estão a acariciar nossas faces... Mas, há sopros, que se acaçapam e se misturam às folhagens do outono, como se estivessem fazendo as folhas dançarem; batem no solo e jogam poeira em nossos olhos, e, ao sermos açoitados por eles, não conseguimos compreender o porquê da agressão...
Existem virações antigas, que, ao longo da nossa vida, dobramos as arestas a favor delas. Elas sopram, com tanta força, que parecem dar o tom, para que um coral entre e entoe lindas canções, com várias vozes, sempre arrumando uma maneira de ventar, sempre, a nosso favor... 
Há ventos recém-chegados, que parecem deixar suas bagagens no chão, e correm para nos abraçar, pois já nos conhecem há muitos anos, chegam com uma brisa bem leve e logo se transformam em uma ventania, batendo direto em nossa alma...
Esses são ventares, que são velhos conhecidos nossos, sabemos, até, o tempo em que eles aparecem, como gostam de caminhar, e a quanto costumam correr. São sopros quase sem surpresa, sopram contra nós, com a mesma mania de nos incomodar... 
Constituem em uma ventania, da qual nós reconhecemos o cheiro, quando se aproxima, o barulho dos seus passos aproximar-se, a atmosfera, que lhe antecipa a chegada... Uma rajada, que bate de frente, olhando em nossos olhos, e perguntamos sem eufemismo: – Você, novamente? – Outra vez? Pois é, ele de novo, é um favônio que, às vezes, parece que não vai passar nunca... Há dias em que gostamos, outros não... O que não sabemos a respeito daquela ventosidade, era o porquê de soprar tanto, abrindo, assim, uma dor que ela mostrava existir..., que amargura era aquela que se estendia, em um vaivém cada vez maior, para tantos pontos de nós... 
Mas, em uma certa manhã bem fresquinha, com o céu azul, a enfeitar o dia, de repente, o sol se esconde por detrás das nuvens escuras, que pareciam estar cheias de chuva, parecendo uma dança simultânea, entre eles e tudo que se passava em nosso íntimo...
Lá estava ele, de novo, o velho vento conhecido nosso... Mas, agora, foi surpreendente, pois não ouvimos os seus passos, não sentimos o seu cheiro, apenas sentimos, em nossas faces, a forte brisa, que parecia trazer uma mensagem:
 – Olhe para os seus sentimentos, eles os acompanharam durante toda a vida... Era uma lufada, onde não cabiam palavras, apenas um entendimento, que só acontece, quando é possível sentir a harmonia daquele momento... Tivemos a percepção de que estávamos em um ambiente completamente escuro, onde as cortinas se abriam e uma grande orquestra iniciava uma sonata... Para nós, parecíamos estar dentro de um adágio, numa busca em que nos sentíamos desesperançados, onde os maiores vendavais não seriam capazes de nos ajudar a sair daquele lugar... 
Até que a refega se acalmou, chegou o momento em que conseguimos alcançar a claridade, naquela escuridão e pudemos entender o que a ventania queria nos dizer... Entendemos o porquê daquele zéfiro exibido, que soprava tão forte... Ainda, ali, parados, sentindo a luz do sol, que despontava no horizonte, desejávamos desistir da companhia do estadeado vento, ao qual nos apegávamos, pois, já conhecíamos a sua fragilidade... Na expectativa, acompanhada da frustração, em que ele nos envolvia, tentamos encher aquele espaço vazio, com tantas emoções incapazes de preenchê-lo, manter aberta as janelas, até que ele pudesse voltar e com calma, em uma brisa suave, acariciar as nossas faces e curar o pavor, que sentíamos desses furacões...
Não, aquele ventar, que aguardávamos, chegando e arrancando as grades das janelas, entrando, trazendo, com ele, todos os anseios, não viria mais... A possibilidade desse exibido chegar, viria somente com a nossa aceitação. Do nosso desapego e do nosso autopreenchimento, de nós mesmos... Naquele momento, aceitamos que o exibido voltasse, escolhemos não desistir. Deixamos as janelas abertas, para que ele entrasse. Ainda não sabíamos, exatamente, como iriamos fazer, contudo, estávamos confiantes de que, de alguma maneira, ele voltaria...
A noite já havia jogado o seu manto estrelado, sem o vento e sem a lua, mas foi a primeira vez que o vento levou nossa ilusão de termos a felicidade... Mas, sabíamos, demoraria um pouco para que ele viesse novamente, sanar a falta que sentíamos desse ostentado vento, como, sempre, acontecia... 
Naquele tempo, sentimos que o sol voltaria a aparecer junto com a aragem, embora fosse provável que ainda demoraria atrás de algumas nuvens... 
Entre tantas ventanias ostentadas, experimentamos um afetuoso apreço, pela capacidade que a vida tem de se renovar, mesmo quando é passado algum tempo, sem que tenhamos o estadeado vento, a arrancar as grades das janelas...

Texto de Marilina Baccarat de Almeida Leão, no livro "Vertices do Tempo" página 26


domingo, 19 de abril de 2020

Minuto presente

O minuto que você está vivendo agora é o minuto mais importante de sua vida, onde quer que você esteja.
Preste atenção ao que está fazendo.
O ontem já lhe fugiu das mãos.
O amanhã ainda não chegou.
Viva o momento presente, porque dele depende todo o seu futuro.
Procure aproveitar ao máximo o minuto do minuto em que está vivendo, tirando todas as vantagens que puder, para seu aperfeiçoamento.
Marilina Baccarat de Almeida Leão  ( escritora brasileira)
No livro "Vértices do Tempo "

sábado, 4 de abril de 2020

Lembranças com rudeza

Lembranças têm uma certa rudeza, que assusta, própria das viagens, que a mente faz... Parece até que, dentro delas, corre veneno! Espantam alguns, magoam a outros e acabam, muitas vezes, trazendo tristezas e afastando alegrias. Lembranças nos cansam, às vezes, pois, vêm carregadas de péssimas recordações, que não deveriam nunca existir. É, lembranças saem num turbilhão, dizem a verdade, que não queremos lembrar e, no entanto, não nos machucam, só nos fazem recordar. Embora, às vezes, elas surjam sem que desejemos que elas aflorem. A sinceridade das lembranças assusta, não estamos esperando e, sem ter hora para aparecer, lá vem ela, achando que está sempre certa... Mas, muitas vezes, não seria necessário aparecer, pois, não queremos, naquele momento, relembrar... Certas lembranças não gostam da gente, mas, pessoas gostam de ouvir, de saber de nossas reminiscências... Mas, algumas aparecem em hora errada, por isso que digo que elas não nos querem bem. Quando as lembranças não são boas, preferimos tapar os olhos, fechar as cortinas e viver no nosso mundinho irretocável. Mas, o que ganhamos com isso? Claro que, às vezes, elas surgem como um veneno, envenenando nossa mente e nos deixando  tristes...
Mas, quem não tem lembranças, sejam elas tristes ou alegres, é sinal de que não teve passado. As nossas lembranças são absolutas. Pode ter sido péssima para mim e ser ótima para outros. Por isso, às vezes, as lembranças nos cansam e preferimos não as ter, preferimos a solidão como companheira, sem lembranças, sem recordações...
Assim, não temos que confrontar ninguém com nossas lembranças, pois, cada um tem as suas...
 Cada um as relembra como quer. Cada um faz o que quer com as lembranças, a relembra ou a camufla, ou, simplesmente, as deixa lá, quietas, sem as incomodar. Existem lembranças, que nos fazem afastar um pouco do mundo real, lembramos de sonhos realizados, objetivos alcançados e voamos com os nossos pensamentos, pois, eles fazem com que a gente voe, e bem alto, até às alturas alcandoradas, lembrando-nos de coisas belas, que nos aconteceram. Outras lembranças nos trazem solidão, o mundo se torna cinza, quando elas surgem, que pena! Lembranças poderiam ser, somente, boas, jamais as lembranças ruins deveriam surgir em nossos pensamentos...
Muitas vezes, é melhor preferir o silêncio, que nos envenena e a solidão, que nos completa e nos mata aos poucos, a ter que conviver com lembranças, que não foram boas...


sábado, 28 de março de 2020

A Mulher e a Estrela


Um texto que escrevi em 1914 para o Varal do Brasil, mas que eu gosto muito.


Essa revista
circula na Europa e é impresso na Suissa


A MULHER E A ESTRELA
 Por Marilina Baccarat de Almeida Leão

 Por uma porta aberta, olhava a bela mulher de cabelos cor de fogo e mãos com dedos compridos, os olhos perdidos, buscando, no céu de fim de tarde, quando a noite já começava a cair, uma estrela. Aquela estrela, que sempre parecia aumentar o brilho, para que ela, encantada, pudesse estabelecer um diálogo com a Estrela. Ao encontrá-la, abriria um sorriso, daria uma boa noite à estrela e a conversa começaria, como qualquer outra, contaria do sol ou da chuva, da família e das amigas, quando cansasse, sentaria no batente da porta e respiraria fundo o cheiro do jasmim... Várias vezes, descreveu, para sua amiga estrela, o que era o aroma, só que não adiantava muito, pois a estrela não entendia...Descrevia a aspereza da terra e a maciez da grama, do gosto salgado da lágrima, do doce da fruta, do amargo do jiló, do gelado do sorvete. E então a confusão estava feita:- O que é sorvete? Sorrindo, a mulher dizia:- Esquece e me fala do que você vê. A estrela então dizia:- Daqui, durante o dia, posso ver pouco, pois o sol me bloqueia, vejo nuances de cinza, pontos coloridos, indo e vindo, lentos ou rápidos demais, os ruídos são tantos que me confundo, houve uma vez que quase caí, um vento muito forte passou por mim, senti um cheiro estranho, minhas amigas, que estão aqui, há muito tempo, disseram que são aviões de guerra, senti o cheiro da morte, você já sentiu esse cheiro? A mulher respondeu que sim, mas, não queria falar sobre isso, era triste demais, não a morte em si, mas, sim, como se morre na guerra... Para aliviar a tristeza da voz, que sentiu da mulher, a estrela então começou a falar:- agora mesmo vejo muito bem, você e seus cabelos vermelhos, o branco do que se chama jasmim, e muitas luzes, que, daqui, parecem iguais a mim. A senhora então sorriu com a gentileza dela e descreveu que, da terra, ela via a estrela com um enorme brilho, que a distância fazia com que ela parecesse uma fada ou um anjo. A estrela ficou feliz e disse que poderia vir à terra morar e ser vizinha da sua amiga, sentir os cheiros, a aspereza da terra, o gelado do sorvete e o perfume do jasmim, sentir a vida... Sábia, a mulher de cabelos vermelhos lhe explicou que, se ela viesse, maravilhoso seria, contudo, como conseguiria voltar ao céu? A estrela então respondeu que não poderia voltar, pois, na terra ficaria, mesmo que fosse jogada ao mar, onde nasce a lua. Ainda, assim, não retornaria e nem sequer estrela do mar se tornaria. Então a doce senhora lhe pediu que no céu ficasse e iluminasse as noites escuras, junto com a lua e no dia em que, do céu, ela visse um rasgão de luz, correria e a abraçaria, juntando assim o céu e a terra em poesia única, onde a grama macia a faria repousar sobre os olhos de suas companheiras do céu...E então, eternas, na terra, seria a mulher e a estrela.

quinta-feira, 12 de março de 2020

Sexsalescentes




“Sexalescentes”


Se estivermos atentos, podemos notar que está aparecendo uma nova franja social: a das pessoas que andam à volta dos sessenta anos de idade, os sexalescentes. É a geração que rejeita a palavra "sexagenário", porque simplesmente não está nos seus planos deixar-se envelhecer.

Trata-se de uma verdadeira novidade demográfica - parecida com a que, em meados do século XX, se deu com a consciência da idade da adolescência, que deu identidade a uma massa de jovens oprimidos em corpos desenvolvidos, que até então não sabiam onde meter-se nem como vestir-se.

Este novo grupo humano, que hoje ronda os sessenta, teve uma vida razoavelmente satisfatória.

São homens e mulheres independentes que trabalham há muitos anos e que conseguiram mudar o significado tétrico que tantos autores deram durante décadas ao conceito de trabalho; que procuraram e encontraram, há muito, a atividade de que mais gostavam e que com ela ganharam a vida.

Talvez seja por isso que se sentem realizados... Alguns nem sonham em aposentar-se.

E os que já se aposentaram, gozam plenamente cada dia, sem medo do ócio ou da solidão, crescem por dentro, quer num, quer na outra.

Desfrutam a situação, porque, depois de anos de trabalho, criação dos filhos, preocupações, fracassos e sucessos, sabem bem olhar para o mar, sem pensar em mais nada, ou seguir o voo de um pássaro da janela de um 5º andar...

Neste universo de pessoas saudáveis, curiosas e ativas, a mulher tem um papel destacado. Traz décadas de experiência de fazer a sua vontade, quando as suas mães só podiam obedecer, e de ocupar lugares na sociedade que as suas mães nem tinham sonhado ocupar.

Esta mulher sexalescente sobreviveu à bebedeira de poder que lhe deu o feminismo dos anos 60.
Naqueles momentos da sua juventude, em que eram tantas as mudanças, parou e refletiu sobre o que, na realidade, queria.

Algumas optaram por viver sozinhas, outras fizeram carreiras que sempre tinham sido exclusivamente para homens, outras escolheram ter filhos, outras não, foram jornalistas, atletas, juízas, médicas, diplomatas ....

Mas, cada uma fez o que quis : reconheçamos que não foi fácil, e, no entanto, continuam a fazê-lo todos os dias.

Algumas coisas podem dar-se por adquiridas.

Por exemplo, não são pessoas que estejam paradas no tempo: a geração dos "sessenta", homens e mulheres, lida com o computador como se o tivesse feito toda a vida. Escrevem aos filhos que estão longe (e veem-se ), e até se esquecem do velho telefone para contactar os amigos - mandam e-mails com suas notícias, ideias e vivências.

De uma maneira geral, estão satisfeitos com o seu estado civil e, quando não estão, não se conformam e procuram mudá-lo. Raramente se desfazem em prantos sentimentais.

Ao contrário dos jovens, os sexalescentes conhecem e pesam todos os riscos.

Ninguém se põe a chorar quando perde: apenas reflete, toma nota, e parte para outra ...

Os maiores partilham a devoção pela juventude e as suas formas superlativas, quase insolentes de beleza ; mas não se sentem em retirada.
Competem de outra forma, cultivam o seu próprio estilo ... Os homens não invejam a aparência das jovens estrelas do desporto, ou dos que ostentam um Armani, nem as mulheres sonham em ter as formas perfeitas de um modelo.. Em vez disso, conhecem a importância de um olhar cúmplice, de uma frase inteligente ou de um sorriso iluminado pela experiência.

Hoje, as pessoas na década dos sessenta estreiam uma idade que não tem nome. Antes seriam velhos, e agora já não o são.
Hoje têm boa saúde, física e mental, recordam a juventude, mas sem nostalgias, porque a juventude ela própria também está cheia de nostalgias e de problemas.

Celebram o Sol em cada manhã e sorriem para si próprios...talvez, por alguma secreta razão que só sabem e saberão os que chegarem aos 60 no século XXI ...

Marilina Baccarat de Almeida Leão

segunda-feira, 2 de março de 2020

Lento é o Tempo


L
Lento é o tempo

Vivemos Lbanhados por nuances e pinturas, que se desenham ao longo de nossas vida... Sentimos, em alguns momentos, tristezas, em outros, alegrias... Amores, desamores e, assim, será até que a última página de nossa vida termine de ser pintada, escrita e lacrada... Sabe quando as horas não passam, os dias não correm... Bem, correm sim, passam sim, nós é que não vemos o tempo passar... Ficamos tão absortos, nessa busca do tempo, esperando que ele nos traga algo novo, durante as nossas caminhadas pela vida, que até achamos que o tempo não passa... O tempo se desenha, à nossa frente e, às vezes, gostamos tanto do desenho, que o tempo faz, que corremos para guardar aquele desenho, antes que o tempo resolva apagar e não nos deixe ver a linda tela, que ele desenhou da nossa vida... O tempo é sábio, ele não deixará ficar telas ou papéis em branco, pintará a vida, seja ela vivida em um mar revolto ou numa calmaria de um céu azul e, com um arco-íris, a enfeitá-lo... O tempo desenhará, com suas cores variadas, a vida, com as cores da primavera, do verão, do outono, ou seja, também, do inverno... Mas, nesse vai e vem de cores, o tempo vai, lentamente, pintando as nossas caminhadas, colocando flores em nossos caminhos... Muitas vezes, o céu poderá escurecer, mas o tempo, esse senhor, que nos acompanha, lentamente, saberá colorir o céu... A natureza manda chuva, manda sol e nós, aqui, esperando, impotentes, tendo que segurar nosso choro, nossa vontade, nosso afã... A vida passa e aqui ficamos a postergar, aguardando respostas, que não dependem de nós e que só o tempo trará... Bela é a vida, temos é que saber vivê-la, banhada por nuances e pinturas, que o tempo desenha, não deixando, jamais, que a pintura se transforme em um borrão... O sol forte, muitas vezes, poderá castigar a pintura... Então, o céu, que estava pintado de azul, ficará borrado de nuvens cinzas, que parecem pesadas de toneladas de chuvas, que poderá desabar e estragar o colorido, que o tempo pintou... O tempo é sábio, quando não há cor, os ponteiros do relógio parecem ir e vir em milésimos de segundos, que duram uma eternidade...
Os pensamentos pesam toneladas e nos deixam cansados por não vermos as cores... Mas, chega o tempo trazendo, com ele, uma brisa, que não balança uma folha sequer e o céu, com suas nuvens pesadas, parecem querer desabar... O tempo, com seus passos lentos, com suas telas e os pinceis em punho, coloca o cavalete, abre as tintas, coloca a tela no cavalete e começa a colorir a nossa vida... Manda, para bem longe, o cinza, em que o céu se transformou e embala a nossa vida com nuances, que só ele, o tempo, sabe nos proporcionar... O mundo, lá fora, gira, roda, acontecem coisas, pequenas e grandiosas... Mas, quando a gente sente, pressente, que algo muito grande, muito forte está chegando, não sabemos se é porque queremos, muito, que ficamos achando que estamos tendo pressentimentos... Só queremos, muito, que o tempo passe, que as folhas do calendário virem e o tempo deixe de ser lento... Temos pressa, temos urgência, mas, sentimos que, realmente, o tempo está lento, nós é que não percebemos... Precisamos mergulhar os nossos olhos em sua beleza, que o tempo pintou, para esquecer, por alguns segundos, que só o tempo nos dirá o que não sabemos... Andamos, assim, querendo tudo para ontem, queremos mais, queremos muito...
Andamos, nesse mau humor, por quê? Nessa vontade de que o tempo ande rápido, mas também devagar... Vontade que respostas sejam dadas, medo de quais serão elas... Uma preguiça indizível, uma falta de vontade, pois, o tempo não passa para nós... E, ao mesmo tempo, uma sofreguidão, uma ânsia, uma vontade enorme de sentirmos o tempo passar... Gostaríamos, insuportavelmente queríamos, que, por uns dias, apenas, não sermos... Quem sabe, o tempo, que é lento, nos reservará, uma pintura em sua tela, guardada pelo acaso... Assim, teremos lindas pinturas, com pedaços de nós, que voltaram diferentes no tempo... Seremos banhados por nuances e pinturas, que, somente, o tempo saberá desenhar, enquanto estivermos caminhando, nas trilhas da vida... E, assim, será, até que a última página da nossa vida termine de ser desenhada, pintada e fechada pelo tempo...
Podemos até estar tristes, mas o tempo, ainda que seja lento, colorirá de alegrias, as nossas vidas...

Marilina Baccarat no livro "É Mais ou Menos Assim"

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Mas, ainda me sinto como aquela menina, que filtra a feiura do mundo, tendo, na alma, o desejo de olhar o universo com a mesma interpretação dos olhos de uma criança. Gosto da natureza e valorizo as coisas simples... 
Marilina Baccarat De Almeida Leão


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Lançamento dos livro "Há Um Sempre no Caminho" e Vértices do Tempo"

Dois lançamentos, que vocês vão adorar, tanto para lê-los, quanto para presente-á-los!
Há Um Sempre No Caminho, é um romance que faz-nos repensar sobre a vida. E, em Vértices do Tempo, são crônicas, que narram todas as esquinas da vida, pela qual passamos, sempre. Leiam e deem livros de presente.
Vocês encontram nas livrarias cultura, martins fontes, livraria do mercado, asabeça e, em oferta nas livrarias Curitiba.
htpps:/livrariascuritiba.com.br

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Posse em Buenos Aires

MARILINA MARILINA BACCARAT DE ALMEIDA LEÃO, RECEBE EM BUENOS AIRES ARGENTINA,  O TÍTULO HONORÍFICO DE EMBAIXADORA DA PAZ, O TROFÉU EVITA PERON, E A COMENDA JORGE LUIZ ROCHA (NOBEL DA LITERATURA)


 RECEBE DAS MÃOS DO PREFEITO DE BUENOS AIRES,  O TROFÉU EVITA PERON
 COM O PREFEITO DE BUENOS AIRES E A PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE ESCRITORES
Novos acadêmicos, que ingressaram no núcleo de Letras de Buenos Aires, quando Marilina Baccarat de Almeida Leão, recebeu o titúlo honorífico de Embaixadora da Paz.
 A ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL,  MARCANDO PRESENÇA EM BUENOS AIRES ARGENTINA
Recebendo das mãos do prefeito de Buenos Aires, o troféu Evita Peron





 JÁ ESTAMOS EM LAS FUERZAS AEREAS ARGENTINA, COM A FAIXA E MEDALHA DE ACADÊMICA DO NÚCLEO DE LETRAS DE BUENOS AIRES. LOGO MAIS, VAI COMEÇAR A SOLENIDADE DE ENTREGA DAS COMENDAS... 

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

As pérolas jamais falharão

       Eu  vivo buscando, no mundo do passado, pérolas, que  podemos  encontrar, dentro  de  baús, que até havíamos esquecido que, lá, estavam...
      Quando estou revirando os baús  é como se eu estivesse criando um mundo imaginário, onde os meus pés não podem tocar, mas a minha cabeça vive lá. É um lugar, onde encontramos pérolas, que ficaram perdidas, por lá, mas, eu saio à busca delas, para relembrar épocas, emoções, viagens, momentos...
        Vivo entre pérolas, que me encantam e é esse meu jeito de enxergar a vida, buscando, dentro dos baús, muitas, mas muitas, pérolas, que, lá, estavam...
        Enxergo as pérolas e vou à busca delas, simplesmente, para poder revê-las e não deixar que me puxem para baixo, me joguem em um precipício.
       É muito interessante  passar o tempo todo, buscando pérolas, que, escondidas, estavam...Passo o tempo todo sozinha, em busca de pérolas e, lá, as encontro, fechadas em um baú, que, somente, eu posso buscá-las. A chave, somente, a mim, pertence.
       A minha alma se alegra em poder encontrar pérolas, que, para trás, ficaram e, agora, tenho a oportunidade de buscá-las, ainda que seja em baús.
         Pérolas, que nos separam de algo inatingível, onde, somente, minha mão pode entrar e buscá-las.
         Quantas vezes me perguntei o que estaria fazendo ali, abrindo o baú e buscando as pérolas...
        Meu mundo é o das artes, da leitura, da escrita, do tangível, é por isso que busco as pérolas, que, no fundo do baú, estavam, já, há muito tempo, paradas.
        As pérolas, eu as cultivo, desde muito tempo e não abro mão delas, é por isso que estou, sempre, revirando os baús, para poder buscar minhas pérolas...  Pérolas em forma de contos, que ficaram no passado, dentro da minha mente, mas, eu as busquei, para que elas nunca saiam da minha memória.
        Pessoas são diferentes,  não se completam, são incompatíveis, mas as pérolas não. Elas são todas do mesmo tamanho e seguem o mesmo caminho... O caminho, que fará encantar os corações...
        Meu mundo é o da arte de escrever, portanto são minhas pérolas, que busquei e aqui as coloquei, para poder manter a chama acesa, o interesse aguçado, na sensação do prazer de poder buscar, dentro dos baús, pérolas cultivadas, que, ali, estavam guardadas
   
Continuo, sigo... Eu busco, na vida, as pérolas, que são perfeitas. Minhas escolhas são falhas, mas, as pérolas, jamais falharão...


sábado, 11 de janeiro de 2020

Abrindo as velhas portas

A vida tinha razão, porque, no decorrer dela, aprendemos, com os momentos de alegrias, também, indagamos o porquê da cura, depois de muito sofrimento. Ninguém nos mostra melhor do que a vida, abrindo-nos uma porta e mostrando-nos que devemos aguentar os sentimentos torpes e prosseguir... Há muitos caminhos a seguir, dentro dos sentimentos, isso, a vida mostra-nos que a felicidade não é um intento a ser seguido: Felicidade é um estado de espírito e não um desígnio da vida... Todos querem ser felizes, mas a vida, com sua razão, nos mostra que não há aprendizado, pois, muitas vezes, a prosperidade vem embalada em um pacote de sofrimento... então, as velhas portas abertas mostram-nos que não há dor sem espaço em nós... Quando enfrentamos o luto, aprendemos a conviver com o passamento... Não podemos controlar o nosso emocional, se nunca fomos rejeitados... O processo de aceitar a paz, mesmo diante de um sofrimento, é enriquecedor, pois, aprendemos a ser solidários e compreensíveis... O que, de fato, não aconteceria, se a vida fosse um mar de rosas...
 Aprendemos a enxergar a realidade tal qual ela é. E, assim, vamos valorizar o que, realmente, importa... as pessoas, dotadas de astúcia e discrição, adquiriram essas qualidades, depois de muitas lágrimas e muitas noites de insônia... As melhores melodias do mundo foram escritas, na pauta, em um momento de melancolia. E as mais contagiantes poesias, em um período de muita saudade... Beethoven, quando escreveu a Nona Sinfonia, foi em um tempo de profunda tristeza e sofrimento...
E Fernando Pessoa escreveu a maioria de seus textos, quando se sentia aborrecido, enfadado... tudo isso leva-nos a pensar que as portas abertas tinham razão, quando nos mostraram as trilhas certas e enxugaram nossas lágrimas... Sem a alegria, a vida torna-se triste, mas, sem as horas de tristezas, não podemos ter a evolução emocional, em nossa caminhada pela vida afora... É preciso enxergar além do horizonte, bem atrás das nuvens e acreditar que a vida tem sua razão, quando nos dá a oportunidade de confiar que dias melhores virão... Superar os desafios impostos pela vida é ter o direito de saber ultrapassar as velhas portas abertas, e, por ela, ter a certeza de que o caminho é o certo, o da sabedoria...
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Velhas Portas" página 9

sábado, 21 de dezembro de 2019

Seguindo contra o vento
                                                                                                                       
                                              Um dia seremos alados,                                                                                                                                     Voando seguindo o vento,                                                                                                                                  Então, ficaremos calados,                                                                                                                                   Indo contra o sentimento.                                                                                                                                          Marilina Baccarat


Passamos a vida toda enfrentando o vento, quando viramos uma curva e vamos contra ele... Mas, há pessoas que não sabem enfrentar o vento, só andam a favor de qualquer rajada... Olhamos, em volta, notamos que só se veem pessoas desanimadas, que nunca abarbaram uma ventania, pois, nem passado elas o têm... Enfrentamos rajadas, tempestades e nos acostumamos com elas, ficamos dias e noites relembrando os caminhos por onde passamos, afrontando o vento...
 Caminhando contra o vento, incluímos flores nas passagens, que o vento faz, enquanto muitos não as consegue vivenciá-las... Acostumamo-nos, desde pequeno, a ultrajar os vendavais e vamos introjetando, na gente mesma, a coragem para defrontar-se com eles..
Quando estamos tristes, ou os nossos dias estão sem sentido, como se tudo estivesse cinza, vem, sempre, o favônio, com a melhor das intenções, dizer-nos para continuarmos...
Mas, como consolo, para tanto ventar de tristeza, que cai sobre a gente, ele nos arenga, interiormente, como se estivéssemos insensibilizados: – pare de reclamar, é só seguir em frente que há muitos caminhos floridos, pela frente, onde há vento e pode-se seguir contra ele, ou a favor dele...
Então seguimos essas ventanias e encontramos gente, que se acha o máximo por ter ventos de alegrias, e nós, com tantas esfinges, nos achamos ineficazes... Achamo-nos infelizes, mas, se voltarem as rajadas, que arrancam as grades das janelas, para trazer a felicidade, a gente vai ver que somos é muito venturoso, pois, temos o direito de sentir o vento e viajar com ele, pelas recordações... Sentimos que os sopros dos ares, que são prósperos, permanecem em nossas mentes para serem sentidos, por isso, eles afloram em nós...
 Precisamos dar vazão às aragens, deixar que elas se manifestem em nós. Se precisar chorar, a gente chora, se necessitar espernear, a gente esperneia, se carecermos de gritar, a gente grita...
Sentimos raiva, experimentamos a dor, mas, percebemos a alegria..., mas, em nós, a compaixão tem seu lugar, quando sentimos tudo isso... Subestimamos as brisas, que trazem a felicidade, tornando-as pequenas, fingindo não as perceber..
Regozijamo-nos com pequenas passagens das refegas, mas, esquecemos dos grandes vendavais, que já passaram pela gente...
Sentimos setembro aproximando-se, é o mês em que a primavera traz, de volta, pequenos tesouros, que estavam guardados, intumescidos na terra... Deslembramos de que algo de bom acontece para a gente, na primavera...
 Temos flores e perfumes, que exalam das floradas... E ficamos sumarentos, perfumados, continuando a caminhar contra o vento... Existe, sempre, um dia para vivenciarmos reminiscências de uma época da nossa vida, em que foi possível sonhar, fazer planos e realizá-los, mesmo com as dificuldades que as ventanias colocaram à nossa frente...
Um dia, para encantar a vida e viver seguindo as brisas, com toda a intensidade, sem medo de sentir, nos alvitres da vida, a tristeza, que, vez ou outra, aparece... Nesse dia, tudo vai parecer cinzento, mas, poderemos recriá-lo, vesti-lo com todas as cores do arco-íris, entregar-nos a todas as fugacidades, como se estivéssemos voando com uma roupa feita sob medida, caindo muito bem em nosso corpo. Voaremos até às alturas alcandoradas, sempre junto às lufas, que nos levarão... Seria um dia para termos coragem de enfrentar todos os desafios, que as refegas tristes nos trouxeram e teremos disposição para tentar fazer das tristezas, que, até nós, chegaram, algo, que nos eleve, nos transportes a voarmos alegres, felizes, com o sopro...
Seria maravilhoso ter um dia somente para nos tornarmos alados, juntos com as rajadas... Sentaríamos na varanda e, olhando as flores do jardim, imaginaríamos momentos felizes, outros, menos, mas, todos com suas maneiras de ser, que nos dariam uma alegria imensa, como se pássaros fossemos...
Abandonaríamos o presente e volveríamos ao passado, onde, outrora, andamos seguindo, muitas vezes, para os caminhos tortuosos, mas, ao chegarmos ao fim, ali, encontraríamos o descanso, que tanto desejamos... Caminhar contra o vento são caminhos estranhos mesmo. Ora nos levam juntos, a dançar e faz-nos lembrar do pregresso, até da valsa, que dançamos aos quinze anos, com o pai... Levam-nos a lembrar as alegrias, do passado, o sorriso das pessoas, a porta da rua por onde passamos um dia, seguindo caminhos tão diferentes...
 Quando caminhamos contra o vento, ele tem a duração do instante em que passam em um segundo... Um dia, em que é fugaz em nossa vida, mas é um dia especial, que reservamos para, junto ao vento, relembrar o passado...
Um dia, para voarmos contra o vento, seria o presente e poderia ter a duração da eternidade. Afinal, gostaríamos que o vento nos levasse a voar. Todos somos assim, queremos ter um dia para voejar, contra, ou a favor, não importa. O essencial é poder sermos alados e, com o vento, voar...

sábado, 7 de dezembro de 2019

Nas Curvas do Passado

O passado, nas curvas, que fizemos, foram, algumas vezes, comoventes, em outras, destrutivo, mas, dele renascemos para viver nas recurvas do presente, sem dor e destruição, pois, conhecemos o verdadeiro significado da vida... Vivemos, no presente, procurando isolar o passado, que surge, sempre, em nosso viver no evidente... Revelações, que seguem desvendando os acontecimentos, que nos trouxeram até aqui... Muitas vezes, sem conseguirmos reagir à dor, prejudicamo-nos, cada dia mais, afundando-nos nas arestas do passado e em suas tristezas, que, por nós, passaram... Mas, no cenário da atualidade, surge um tempo de extrema desolação, o qual deveremos vencê-lo, com a possibilidade de vivermos o atual tempo, com amor... Perdemo-nos, às vezes, na vasta escuridão do ocorrido, à qual nos rendemos, mas, conseguiremos enlaçar-nos no presente, que seria a única saída, para vivermos bem o atual tempo, sem nos preocuparmos com as esquinas em que passamos e o que deixamos para trás... O recente far-nos-á colocar o passado de lado e viver o instante atual, conhecendo a felicidade nas circunflexas do presente...
Somos fortes para enfrentar as tempestades, que, por acaso, surgirem nas aduncas do tempo atual e esquecermos as curvas do passado, onde havia ventos a nos carregar para trás... 
Claro que o passado, em suas entortadas, quando caminhávamos, em suas esquinas, nos trouxe grandes angústias, mas, agora, nas vergadas do presente, pensamos diferente e enfrentaremos qualquer discórdia, que, por acaso, surgir... Dobramos muitas esquinas no passado, sempre com o vento soprando contra nós. Mas, soubemos vencer, procurando outras arestas, onde o ventar nos levava para outros caminhos, onde, ali, encontrávamos a tranquilidade de que tanto necessitávamos... 
Hoje, caminhamos nos fastígios do presente, sempre com o nosso olhar voltado para o horizonte, com a esperança de que os vértices do tempo não nos deixem amargurados... 
Seguimos outras direções, procurando outras esquinas, onde a coragem se faz presente, para que possamos enfrentar todas as tempestades, sejam com trovões, ou não... Temos, então, a capacidade de nos reerguermos e enfrentarmos as arestas da vida com toda a intrepidez, que, a nós, é doada... Marilina Baccarat de Almeida Leão
No livro "Vértices do Tempo"

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Posse como Embaixadora da Paz em Buenos Aires Argentina

Marilina Baccarat de Almeida Leão, escritora brasileira,  tomará posse no núcleo de Letras de Buenos Aires,  como Embaixadora da Paz. E receberá a comenda Jorge Luis Borges, que foi nobel da Literatura.
A posse será no dia 25 de janeiro/
2020