sábado, 27 de maio de 2017

Há Mares e Marés

                     MARES  E  MARÉS                       
 Navegando, pelos mares, quando ele está calmo e o sol batendo em suas águas serenas, sentimos uma tranquilidade, que ignoramos e julgamos não haver elucidação...  Uma  calmaria, que nos dá conforto...  
  Mas, quando estamos no meio do oceano e a maré se torna revolta, é como se sentíssemos o mar agitado, com ondas de mais de setenta metros de altura, a acabar com a nossa quietude, diante da revoltada maré, que bate no barco, querendo alterar o nosso rumo...  Transportando-nos  para outra direção...                   

Quando o mar se arruaça, é hábil, para acabar com toda a nossa  perspectiva, de podermos navegar por suas águas abrandas, sem que sintamos o pavor da rebeldia do mar, a querer fenecer com a nossa miragem, de que tenhamos uma maré de paz e  pacífica...        
Há marés na vida de todos nós... As marés  são refluxos, que nos trazem aquela 
calmaria, exatamente, quando, a tendência do mar agitado, fica  plácida...
Muitas vezes, após o mar se insurrecionar, com suas ondas gigantescas, a bater nas pedras, parecendo requisitar o seu lugar; a nossa maré pessoal poderá ser abalada. Pois, a violência de suas maretas levam nossas alegrias, deixando-nos em um mar de tristeza e agonia...
 Como se fosse uma conflagração em nosso ser, ele irritar-se por muito tempo, até que as ondas se acalmem e o mar se tranquilize... Mas, temos que enfrentá-lo e deixar que as marés da expectativa, com suas marolas, de calmarias, voltem a ocupar toda a nossa essência...
 O mar, quando está  crespo, as ondas nos horripilam, o céu se cobre de véus cinzentos. Não temos escapatória...  Roubando-nos a alegria, as ondas continuam a bater nas pedras e, com isso, sentimo-nos impotentes...
 Mas, ele pode abrir caminho para uma maneira nova de sentir a beleza da maré, quando  ela quer  mostrar-nos a sua rebeldia...  Nessa hora, o mar nos acalma e podemos observar a beleza que há, em seu balé, que, como se fossem passos de dança, vai e volta, batendo nas rochas ... Então... elucubramos: “Há mares e marés”...
Mares, que parecem querer-nos engolir com toda a sua força... E marés, que resolvem bailar e encantar-nos...
O mar, com sua imensidade, nos arrepia, principalmente, quando estamos no meio do oceano e não enxergamos nada, a não ser  a vastidão dele e, muitas vezes, enxergamos o céu cinza... Mesmo assim, com um mar encapelado, podemos bispar, em seus marouços imensos, a perfeição que há dentro deles...   Se ouvirmos a sua música, quando açoita, ficaremos mais calmos... Pois elas parecem até querer se exibirem, almejando aplausos...
Carregamos toneladas de veneno em nossas veias, pois sentimos medo das colossais ondas...
 Quando a maré se acalma e o mar fica sereno,  instala-se  a bonança, para nos acalentar...  E, assim, ficamos adocicados pelo alívio, que, em nós, se instala, devolvendo-nos a paz tão almejada...           Não nos importaremos de carregarmos toneladas de açúcar, para adoçar a nossa vida, logo depois que o mar se abranda... As ondas se transformam em marolas adocicadas, onde poderemos nadar com segurança...
Os tumultos podem até ser bastante agitados, um tipo tenebroso mesmo, que poderá nos apavorar... Mas não abalará o nosso eu...Não fomos culpados... Quem sabe foi o vento, ou a tempestade...
Então, instala-se a calmaria em nosso ser... E, assim, ficamos adocicados pela fleuma, dulcificados de nós mesmos, pela tranquilidade, que se fez...
Seja o encapelado mar bastante violento, tenebroso mesmo, com suas ondas violentas a nos apavorar... Mas não abalará a nossa quietude...Jamais...
Os nossos sentimentos, talvez, tenham sido cúmplices dessa revolta toda do mar...  Mas, se mantivermos a quietude, conseguiremos passar pelo mar e vislumbrar, dentro dele, a maravilha que há, quando a maré está  agitada e suas ondas bem altas...   Cúmplices, talvez, fomos nós, de toda essa rebeldia do pélago...Mas, nossas alegrias resistem, guardando, em paz, a beleza, que há em suas marés...E, se olharmos, ao redor, vamos ver que estávamos protegidos, dentro daquelas cenas, que nos amedrontaram...  As ondas são altas, o mar se revolta e não temos como acalmá-lo...Seja o encapelado mar, o calmante para o nosso  ser...  Talvez, muitas vezes, esqueçamos cedo demais, que, dentro de nós, sobrevive o mar e as marés... Todo o mecanismo do nosso corpo nos diz isso: Há mares e marés, que podem  nos  apavorar...Nossas desordens de sentimentos são riquezas poderosas, que guardamos, dentro de um tesouro, que, no fundo do mar, está... Assim, é  a maré alta, ora fazendo com que o mar fique revolto, em outras, sossegado, como os ensejos de nossos anseios...
Seria caricato ficar culpando os nossos sentires,  pelo que aconteceu... O mar encapelado, levando nossa alegria e dando lugar à angústia, em nossas comiserações...O resgate de nossa prosperidade, após o passar das furiosas correntes, em nossos cálices, como se elas fossem culpadas pelo mar convulso, que houvera  em  nossas  piedades,  devem ser abdicados...Vivemos culpando as marés, que, por nós, passaram, no resgate do sofrido, arrasando com o nosso ego e atravessando o nosso peito, como uma flecha...É chegada a hora de repensarmos nossos feitos, que, no ocorrido,  ficaram...                                      As ondas estupras, altas, que fizeram com que as preamares enfurecessem o mar, a nós não mais raiarão...Cá dentro de nós, há mares de prazeres e marés de vencedores e não perdedores...Derrubar, por terra, o conceito ultrapassado dos ensejos intranquilos, que, por nós, aqui, passaram  e que, às vezes, ainda, teimam em querer aparecer, por aqui...Depois que o mar se acalma, reconstruir-nos-emos, buscando, sempre, as correntes, em que o mar leva o nosso barco...  Agora, não há mais angústia...Esse mar de agitação, que, muitas vezes, passa, em nossa vida, não vai conseguir, jamais, levar a beleza da nossa alegria pela vida...                                                                                                       Nossos sentires são nobres...Sabemos enfrentar o medo   de um mar revolto, ainda que as marés estejam   apavorando-nos  e inundando nosso eu  de pavor...                                 As compaixões nascem, dentro da beleza da maré, quando ela está calma...serena...            Avistamos, em suas maretas, a tão desejada quietude...  E não há mar insurreciono, que possa acabar com a felicidade da nossa existência... Rebelo, mares passam e as alacridades ficam, para nos mostrar a força, que temos, de poder vencê-los...  E essa mistura de angústia e belezas, que as ondas dançam, quando o mar está sublevo, é um mistifório, com a força, que há, em nós...                                                                                               Pois há mares e marés...  Os mares, com sua calmaria, nos dão o alento e as marés a desesperação, quando, revoltas, estão...  Se hoje, por um acaso, mares barulhosos surgirem, em nossas vidas, sejam as ondas fortes ou fracas, podemos demonstrar, em nossas faces, mais uma vez, que os ensejos, que vivem dentro de nossas vidas, havemos de vencê-los, em um mar tranquilo...
 Q
ue as marés, que vivem em nós, transportem-nos, para o lugar seguro...  É o que desejamos...

O que somos e demonstramos, mais uma vez, é que saberemos enfrentar os mares agitados, com as marés, que caminham junto à nós... Pois, dentro delas, existe a força, que temos, em saber enfrentar o mar, mais violento que houver...                                                                                                                Marilina Baccarat  no livro "É Mais ou Menos Assim"



quinta-feira, 25 de maio de 2017

Viva a Vida!

      Quem tem medo de gastar sentimentos, pode ter certeza, eles vão faltar mais adiante...                           Não é nada agradável ficar colhendo migalhas de afeto. Amar a vida é não ter vergonha de gritar para o mundo todo que ama viver!...                                                                                                                 Basta sentir, nas interações do dia a dia, esse gosto gostoso de saber amar e respeitar a vida. Podemos sentir a vida, ouvindo o cantar dos pássaros, uma música tão melodiosa, que muitas vezes, mesmo sem demonstrarmos sentimentos, temos uma vontade imensa de pedir para que eles continuem cantando...                                                                                                                                      A admiração, pela vida, pode caber em um pequeno intervalo, entre uma inspiração e outra. Ouvimos uma música, que nos toca e sentimos vontade de cantar juntos! Temos milhares de erros, mas, os melhores acertos, são acreditar na vida. Sim, acreditar na vida, nos sonhos, em dias bonitos, em finais felizes, em anjos, em tudo que faz o nosso coração acalmar...                                                       Se alguém disser que acreditar na vida é bobagem, para mim, é um ser que não existe e que não sabe amar. Amar a vida, com coragem, é situação de defesa, que a gente cria ao longo do caminho e não podemos deixar que essa sensibilidade se desfaça, pois só servirá para nos afastar da vida e de nós mesmos. Borde delicadezas nos caminhos da vida que, muitas vezes, se tornam ásperas, mas temos que procurar reverter isso. Fazer com que a vida se torne maravilhosa depende de nós...                 Não deixe para depois. Depois é um tempo duvidoso, é distante de nós! Não perca tempo. Sorria assim que acordar, porque o dia não vai parar para dar motivos para sorrir. Brinque, cante. Ria sozinho, você vai achar engraçado lembrar algo que passou e foi agradável. Escute uma música bem antiga, que faça você cantar junto no refrão. Veja as fotos bem antigas. Lembre-se de um dia que você gostaria que se repetisse. Saia de casa, saia da rotina, saia de você mesmo. Não há motivos para ficar sentado, esperando a vida passar. Sinta-se vivo...  Viva a vida!                                                                                                                                                                                                                                              Marilina Baccarat no livro "Pelos Caminhos do Viver"

quinta-feira, 18 de maio de 2017

SONHAR ALÉM DA CONTA

Sonhar além da conta
Bebi, além da conta, sorvendo o vinho do sonho
e do Alentejo, entre o sono e a lucidez...
Dentro de um sonho maravilhoso, com conversas
entre amigas, no liminar, quando tudo parece claro
e ao mesmo tempo confuso, onde a vontade de sonhar vem como um relâmpago em dias de tempestades, e eu, precisando dela, ela chega para latejar em meus sonhos, em minhas noites sonhadoras, a ânsia, que tenho em meus pensamentos, de sonhos do viver...
Careço dessa força, desse pulsar em meus sonhos,
buscando, lá no passado, os sonhos, que ali
ficaram... Como se não coubesse em mim, essa inebriante leveza, que os sonhos me trazem...
Parada diante de mim mesma, do que sou, embriagada de mim mesma, por ter bebido o vinho do sonho, sorvendo, em pequenos goles, o desejo da
minha alma, de transitar pelos caminhos, que há no
sonho, o desejo de sonhar por toda uma noite.
Na escuridão da noite, revejo tudo o que quero,
o que preciso, buscar, dentro do sonho, o encanto de sonhar...
A porta, que me leva ao sonho, está aberta, não
sei se saio ou se fico... Vou retroceder com meus passos, fechar os olhos, para continuar a sonhar, para que eu, dentro do sonho, tome forma e me torne a mim.
Bastaria um caminhar trôpego, um passo, apenas,
para adentrar num mundo onde tudo é verdade...
O que o meu imaginário guardou durante tempos,
agora o sonho me mostra claramente, me fazendo
adentrar por suas portas, onde ali, naquele mundo
do sonho, vemos tudo diferente, onde relembramos
o passado como uma luz a clarear os caminhos do
sonho...
Um passo, apenas, mas não em falso, nos leva a
passear por esse mundo encantado do sonho, onde
só há verdade, mentiras ali não entram, pois ele mostra, com clareza, tudo o que se passou nos sonhos do passado...
Bebi, além da conta, o vinho do sonho e a noite
foi longa, com longos sonhos me levando a rever o
passado, de uma maneira maravilhosa, talvez por ter
a necessidade de sonhar e poder, dentro do sonho,
rever a infância e juventude, que me foram belas...
Além da conta, ou talvez, aquém da conta, na matemática louca, insana, santa, que é a conta sem nota fiscal do nosso viver.
Na contagem regressiva do sonho, além da conta, o
sonho me mostra todo o meu viver, dentro de seus vales, seus rios, que, ao descer, com a correnteza, vai levando com ele todos os momentos tristes e só deixando, em sua margem, os momentos felizes, que, além do sonho,
ficaram aquém de mim mesma.
Marilina Leão no livro "Em Busca dos Sonhos"

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Os sonhos estão no ar

Os sonhos estão no ar
Com nossas tarefas diárias e a falta de tempo
livre, esquecemo-nos de sonhar, de cuidar da nossa
essência e nos preocupamos, apenas, com as
obrigações.
Corremos no transito, porque queremos chegar
logo e não contemplamos a paisagem do caminho,
mergulhamos no trabalho e esquecemos de reservar um tempo para sonhar.
Há muita coisa boa em nossos sonhos, que podemos aproveitar...
 Há sensações, que vêm de dentro e que precisam ser colocadas para fora.
Assim, os dias passam e o nosso prazo de validade
diminui velozmente.
Nós deveríamos celebrar a vida diariamente,
procurando sonhar mais. Portanto, viver com mais
calma e cultivar o respeito pelo tempo de sonhar.
Compreender que não é possível ter e fazer tudo
agora, neste dia, neste momento.
Muitas vezes, ao tomarmos uma chávena de
chá, sentimos um gosto amargo, mas, depois que tomamos
o chá amargo, verificamos que o açúcar estava
no fundo da xícara. Bastava mexer para que o chá
ficasse adoçado.
Assim, devemos fazer com os sonhos em nossas
vidas. Quando sentirmos um gosto amargo é preciso refletir, revirar muitas coisas boas, que há dentro de nós, dentro de nossos sonhos e deixar de fazer careta porque os sonhos estavam amargos.
Quando achamos que os sonhos estão amargos,
e a vida também, não enxergamos o sorriso de
uma criança, não ouvimos o cantar dos pássaros,
nem sentimos o perfume das flores.
Lembrar que os sonhos estão no ar e esquecer
aquele ditado: “de amarga basta a vida”. É ter tempo e olhos para curtir e ver o que de fato tem valor, isso, sim, é saber sonhar e viver bem.
A vida é doce e ela se torna ainda mais deliciosa
à medida que enfrentamos e sorrimos.
Como já disse que há sensações que vêm de
dentro, também há sensações que vêm de fora e que precisam ser interiorizadas.
Se o caminho, que planejamos é muito longo,
não podemos nos desesperar com a distância, que
ainda falta para chegar, temos que concentrar-nos no primeiro passo e caminhar firmes, rumo aos nossos sonhos.
Podemos hoje mesmo começar algo novo, que
começa aqui, dentro da gente... Iniciar algo novo, não há desculpas novas para o que deixemos de sonhar.
Silenciosamente, enquanto organizamos nossos
pensamentos, para mais uma noite, está no ar novos sonhos, para podermos cuidar da nossa essência.
Há sonhos no ar para que possamos aproveitar...

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Não existe obstáculo, nesta vida, que o ser humano não seja capaz de superar...
Muitas vezes, as pessoas costumam se esconder atrás de suas limitações e sentimentos, impedindo que os outros possam, realmente, entender o que se passa com elas. Por isso, as aparências nos enganam. Que bom seria se cada um tivesse a coragem de ser o que, realmente, o é e de dizer o que, realmente, pensa, colocar para fora o que, realmente, sente. O mundo, com certeza, deixaria de ser, apenas, aparência e mostraria a essência. Para sermos essência, precisamos mostrar quem somos, mas, na maioria das vezes, não agradamos. Então temos que viver da aparência, mesmo contra nossa vontade, infelizmente. Somos o verdadeiro sentido de tudo aquilo que queremos ser...
 Ao acordarmos, pela manhã, escovamos os dentes, já pensando na roupa que iremos vestir. No banho, não sentimos o toque da água em contato com nosso corpo, porque estamos pensando no trabalho, que nos está esperando. Tomamos nosso café da manhã, sem perceber seu gosto, pensando nas contas, que iremos pagar. Mal sentimos o calor do abraço, que nos é dado pela manhã, porque estamos imaginando todos os telefonemas, que precisamos fazer.
Assim o dia segue, até que chega a noite. Deitamos em nossa cama e sentimos um enorme vazio, uma estranha sensação de não estarmos vivendo a vida e, sim, a vendo passar!
 É justamente isso que está acontecendo, a vida está passando e estamos nos esquecendo da essência, pensando, apenas, na aparência... 
É chegada a hora de tomarmos alguma atitude e revertermos tudo isso. Precisamos começar a prestar atenção em tudo aquilo que fazemos, mecanicamente, todos os dias...
Ao entrarmos no banho, pela manhã, temos que sentir o toque da água no nosso corpo. Tomar o café percebendo seu sabor. Do abraço, que recebemos pela manha, temos que sentir o calor que dele nos envolve. Trazer toda a nossa atenção para o momento presente. Quando estivermos no transito e depararmos com um congestionamento, não devemos nos estressar. Quando estivermos caminhando, temos que sentir o sol na nossa pele, observar os nossos passos, o caminho, as outras pessoas. Com o tempo, vamo-nos acostumando e percebendo mais a essência da vida que é o viver. Vamo-nos sentindo mais presentes e o nosso eu interior terá uma sensação de que estamos vivos de verdade!
 Assim, aprenderemos a sentir a essência da vida e não nos preocuparemos tanto com a aparência
Marilina Leão no livro "Pelos Caminhos do Viver"

domingo, 7 de maio de 2017

mergulhar no tempo

Mergulhei  no tempo, revendo minhas fragilidades,ainda que em pensamento... Em silêncio, mergulho nas  minhas sutilezas, como durante toda a minha vida...Continuo, sigo... Permaneço sendo frágil... 
Marilina Baccarat no livro "Corre Como Um Rio"

O COMPORTAMENO
Quando o comportamento de alguém lhe fizer mal, não tente mudar a pessoa, esse é o pior caminho, mais sofrido, mais tortuoso, mais custoso, mais escuro. Olhe para dentro de si e perceba quais são as emoções, que você sente. Dê atenção ao seu Eu interior, você perceberá que seu emocional foi danificado por atitudes alheias, julgadas, por você, como destoantes, como as mágoas e conflitos. Viva bem com o mundo, você perceberá uma mudança drástica, na qualidade de sua vida interior e exterior. Não seja uma modeladora de pessoas, seja uma modeladora de suas emoções! Transforme a intolerância em tolerância, pautadas no amor e, consequentemente, na verdade, amando o próximo.








Aprender a mudar.
Somos humanos e é por isso que temos o direito e o dever de crescer todos os dias. Posso deixar para trás caminhos, que sempre percorri, mas posso aprender a trilhar um novo caminho. Entretanto, só eu posso decidir por este renascer diário. Mudar, de fato, não é fácil. Experimente fazer um novo trajeto para chegar até a sua casa. As dificuldades surgirão, pois desconhecemos o novo caminho, é claro, mesmo que o caminho seja mais curto, vamos achar pior do que o anterior. Enquanto isso, a vida passa e nós que temos um sol, renascendo todos os dias, no horizonte, vamos perdendo a oportunidade de percorrer o novo caminho. Isto nos tira o valor maior da possibilidade de renovação, papel que, ao que parece, é fundamental para nós. Se você perder o ônibus, isso não a impedirá de correr atrás do próximo, que vier. Mudar e refazer um comportamento,é da natureza humana. Até a felicidade é fruto de nossa decisão de sermos felizes. Já notaram como existem pessoas, que fazem opção pela infelicidade? Elas têm vergonha de ser felizes! Como é que vão explicar para o mundo, que sempre as viu, carrancudas e mal humoradas, que agora são sorridentes e alegres? Renascer para a alegria não significa matar a tristeza. É uma mudança que temos que enfrentar. Os resistentes, às mudanças, sempre olham com um olhar de quem duvida. Dizem: Sempre agi assim e vou continuar.
Mudar não significa desconhecer os valores do passado, mas, sim, melhorá-los. A própria trajetória da vida é um processo de mudança. Reinvente, mude sempre, pois todas que souberam mudar tiveram sucesso. Não perca, pois, a oportunidade de crescer, de mudar todos os dias e de buscar a mudança, sem medo. Você verá que é esta a verdadeira delícia de se viver

VENCER A TRISTEZA

Tristeza por quê?
Vinicius de Moraes estava certíssimo quando escreveu a música: “Tristeza por que Tristeza”. 
É pura verdade!...Num dia maravilhoso de sol por que estar triste? Mas ele também estava certo quando diz em outra música: ”Tudo é alegria”.
A vida não é só alegria, os percalços hão de surgir e isso faz parte de todo o caminho que temos que percorrer.                                                                A vida, como a música, tem momentos de alegria e momentos de tristeza. Se colocarmos as duas em uma balança é possível ter esperança, sim, porque para escrever uma linda música é preciso ter um pouco de tristeza, faz parte da vida.
O poeta quando escreve uma alegre poesia,tem na alma um pouco de tristeza. A alegria é como uma manhã de sol, que a brisa bate em nosso rosto e sentimos o sabor da alegria naquela manhã repleta de felicidade, por mais um dia...                    Temos que ter um pouco de tristeza para que a alegria se manifeste logo a seguir. Se as manhãs forem sempre ensolaradas, com brisas a tocar as folhas e que dá uma vontade imensa de viver,
algo está errado. Temos que ter um pôr do sol triste e nublado também. Assim é a nossa vida, temos manhãs ensolaradas e também temos pôr do sol triste e melancólico.Particularmente não gosto do pôr do sol, acho muito triste.
Tom Jobim era um mestre da harmonia, quando escuto a música Luiza, tenho a impressão de que ele estava muito triste, quando a compôs. Mas da tristeza ele fez a alegria, pois essa música é linda e alegra o coração! Gosto quando ele diz numa de suas músicas: “Assim como o poeta só e grande se
sofrer.” E é pura verdade, sofrendo é que chegamos à alegria.
Só há arte porque existe a tristeza. Não podemos é deixar que as manhãs de sol radiante se transformem em um entardecer melancólico. Temos que trazer a alegria de volta.
A vida caminha assim, ora tristeza, ora alegria. Não podemos deixar que a tristeza tome conta das manhãs de alegria e nem do entardecer. Então, tristeza, por quê?
Seja alegre tanto nas manhãs ensolaradas quanto no entardecer nostálgico. 
Vença a tristeza dando espaço para a alegria!