quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Ao Amanhecer

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Ao amanhecer vem a alegria.

Temos pressa em tudo, aí, acontecem os atropelos do destino, aquela situação, qu você mesma provoca, por pura ansiedade, de não aguardar o tempo certo.

Você pode estar se perguntando: Mas qual é o tempo certo? Basta observar os sinais à sua volta. Quando algo está para acontecer, ou chegar até sua vida, pequenas manifesta­ções, do cotidiano, aparecerão. Pode ser a palavra de uma ami­ga ou um texto lido, que fale à sua alma. Basta você acreditar que nada acontece por acaso!

Gosto muito daquela frase de Raissa Maritain (espo­sa de um lósofo) que, caminhando pela periferia de Paris, encontrou uma pessoa analfabeta, que lhe esclareceu muitas dúvidas a respeito da existência de DEUS. A frase é a seguin­te: ”O encontro entre as pessoas é marcado pela providência, saibamos tirar desses encontros o maior enriquecimento”.

O desejo de DEUS é que nos sintamos bem, em todas as etapas de nossa vida, Ele quer que sejamos felizes e nada nos falte.

É bem verdade que o ser humano provocou muito estrago na criação de DEUS, inventou coisas ruins e prejudiciais, envenenou o relacionamento entre pessoas, acumulou, para si, bens e riquezas em detrimento da necessidade de outros.

Mas de uma coisa, podemos ter certeza: De nada adian­ta querer apressar as coisas, tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo previsto, mas a natureza humana não é muito paciente.

Temos pressa em tudo, aí, acontecem os atropelos da vida, aquela situação, que você mesma provoca por pura an­siedade de não aguardar o tempo certo.

Junto com os bons frutos, que colhemos, na horta de nossas vidas, colhemos, também, frutos desagradáveis e indesejados. Existem muitos altos e baixos, tempos bons e tempos difíceis.

A agricultura nos fornece uma lição fabulosa. Entre o plantio e a colheita, existe uma sucessão de tempos, que mar­cam a plantação. São acontecimentos e circunstâncias, boas e ruins, nas quais a planta não tem como interferir, ela, simples­mente. tem que suportá-las, são a chuva, vento, sol, claridade, escuridão, geada, granizo e pragas. Na verdade a planta nasce, cresce, mas também sofre. Enfrenta uma sucessão de acon­tecimentos e fatores, sobre os quais não pode interferir e que determinam o resultado.

A nossa vida é assim, uma sucessão de acontecimentos, sentimentos e ações agradáveis e desagradáveis. Existem os dias de “Tempo bom”, mas também os dias de “Tempesta­des”. Claro que existem circunstâncias, que, nós mesmas, cria­mos e que podem dar bons ou maus resultados.

Há tempo para tudo. Tempo preenchido por aconteci­mentos e fatos, que acontecem em um determinado tempo. Numa sucessão de tempos, uma hora, a gente chora, outra, ri, uma hora ama, outra, odeia.

Hà hora em que nos alegramos e, às vezes, nos senti­mos felizes ou infelizes.

No entanto, é consolador saber que, se a alegria não dura para sempre, também não há tristeza, que sempre dure.

Se olharmos para trás, vamos constatar que, depois da tempestade, o sol sempre volta a brilhar, nas nossas vidas. Pois tudo tem o seu tempo.

E assim como o agricultor cuida com carinho da sua plantação, assim, também, temos que cuidar da nossa vida. O agricultor não evita que a desgraça aconteça em sua plantação, mas ele está lá, olhando com carinho, salvando o que pode, fazendo o melhor possível. Assim, temos que fazer com nos­sas vidas, não podemos impedir que o desagradável e o triste aconteçam conosco.

Mas,temos que pensar: nós somos, sem dúvida, mais importantes que a plantação do agricultor, por isso, temos que estar atentas, vigiando nossas vidas, para que vivamos com conança e alegria,pois, se não há bem que sempre dure, tam­bém, não há mal que dure para sempre!

  • A noite pode vir o choro, mas a alegria vem ao amanhecer. 
  • Marilina Baccarat  no livro "Pelos aminhos do Viver página 15