sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

O esperançar do sol em nossas vidas, é como se estivéssemos a caminhar pelas quatro estações do ano, cada uma com sua peculiar coloração...

Todos nós esperamos o raiar do sol em nossas vidas, queremos, sempre, que o dia seja ensolarado, esperamos sermos felizes...

Mas, para que você possua essa vitória, esqueça o mal que lhe fizeram, enterre as mágoas, elimine as dores que lhe feriram a alma..., espere o nascer do sol, pois, ele, lhe fará recomeçar... 

Ele, acompanha todas as estações. Na primavera a cor que ele nos presenteia, é bem viva e amarela, pois ela representa o nascimento, em sua explosão de cores...É a época em que nascem as flores e tudo se renova constantemente...

Nessa estação, parece que nascemos como as rosas, que, de botão, se tornam as flores mais lindas e perfumadas, de todos os jardins...         

Adentramos no verão, cheios de esperança, trazendo, junto à nós, a beleza da primavera..., somente com o sol mudando sua cor, de amarelo se torna cor de laranja...    

Encantados, pela vida,  seguimos perfumados de nós mesmos, em plena magnitude...                   

O coração pulsa deslumbrado, enquanto o sol enfeita a nossa existência, e nós, sempre, a esperar por ele e suas cores...

Em cada estação do ano, o gênio tem o seu perfume e suas cores...Há um desbotar em cada encanto e cada um com sua cor...                    

Está aí, a grande satisfação e o mistério, que há nele...Por isso, que eu espero pelo sol e suas cores...         

Chega, então, o outono, quando nascem os lírios, que são as flores perfeitas, porém, sem perfume, mas, eles possuem a cor branca da paz...                    

Com o sol bem brando, que irradia sobre o lago, espelha sua figura enfeitando o céu com seus raios em tom amarelo bem suave, quase branco...                       

Então iniciamos o outono, as noites são fresquinhas...As noites com o solar já recolhido, a lua toma o lugar dele  e vem pratear os caminhos...          

O vento, balança as folhas das árvores, com a brisa suave, que o outono nos harmoniza...Logo, não percebemos que o tempo está passando e o inverno chega de mansinho ...         

E eis que chega o inverno, onde as flores se recolhem, somente os Ypes florescem nessa época....,o  planeta se torna bem branco, mas, gostamos de esquentar-nos  embaixo de seus raios... 

Esperemos pelo sol, pois suas cores nos atraem, emanando alegria... Gostamos de admirá-las, pois cada uma delas, traz  uma história...

           

Marilina Leão 

No livro Esperando o Sol  página 27




 

Sumário

 

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Repensando

A mulher de ontem e de agora,
Gosta de contínuo rememorar,
Segue na direção da aurora,
Juntamente com o sol, caminhar.
Marilina Baccarat

Gosto de repensar e tenho a mania, meio doida, de
imaginar o encontro ente a mulher de hoje e a de outros
tempos da minha vida...

Ambas, caminhando na direção do sol, que, ao nas-
cer, é bem suave mas, ao entardecer, esquenta o caminho...

O que acharia uma da outra... Sobre o que conver-
sariam, pois a minha curiosidade voou longe, querendo

infiltrar-me nessa conversa...

Numa dessas repensadas, percebi que, aos dezes-
sete anos, parecia ter trinta anos, tinha horror a pessoas

que mudavam de opinião...
Enxergava, nelas, criaturas pouco confiáveis e até
achava que não tinham personalidade...

Mas, como continuava, sempre, com o olhar na di-
reção do horizonte, à espera do abrolhar do sol, conti-
nuava a minha caminhada...

Aos vinte e poucos anos, justamente, eu que, agora,
reavalio, cada vez mais, minhas opiniões, achava que as

pessoas não tinham opinião própria, eram, mais ou me-
nos, como diz certo ditado “Maria vai com as outras”...

182 – Marilina Baccarat de Almeida Leão
Claro que eu tinha certeza das minhas opiniões.

Mas a mulher, ainda que novinha, se achava conhecedo-
ra de tudo...

Como eu desejaria presenciar o encontro das duas,
e que fosse em um logradouro, onde houvesse os raios
do sol a alumiar a trilha...
Certeza, eu tinha, que o encontro seria fenomenal,
pois elas têm o mesmo nome, são imutáveis...
Mas é muito rico o exercício de considerar novos
pontos de vista, mesmo que se continue com os antigos...
A mulher menina, ainda novinha, que se achava a

sabedora de tudo, sabia discordar de si mesma, mas exi-
gia muita determinação...

E se a mulher madura, de hoje, e a mulher menina,
de outras fases, se encontrassem, o que será que falariam...
Talvez achariam estranho o pensar uma da outra..
Certamente, a de outras épocas iria dizer: – você teve
muita coragem e humildade, aceitando tantos desafios...
Por tudo isso, já valeria meus votos antecipados de
confiança, em uma mulher jovem, de ontem, e a outra já
madura, de hoje...

f

A mulher de outrora jamais poderá ser comparada
com a de agora... Pois a mulher madura de agora,
com toda a certeza, iria responder: “dê-me sua mão
e vamos caminhar juntas, unindo o ontem, o hoje e
o amanhã, caminhando juntas, com o olhar voltado
para o horizonte, à espera do nascer do sol...

Marilina Baccarat de Almeida Leão, escritora brasileira, no livro    "Esperando o Sol"


 

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

A leveza da vida


A LEVEZA DA VIDA
"Algumas vezes, é necessário que sejamos totalmente leves, como a pluma. Porém, na maioria das vezes, é imprescindível que sejamos fortes. Muitas vezes, nos deparamos com imprevistos em nossa vida e temos que saber enfrentá los. Nessa hora, temos que ser fortes como a rocha, que, mesmo com tempestades e furacões, ela continua firme em seu lugar."
Marilina Baccarat de Almeida Leão Escritora brasileira. 

domingo, 28 de agosto de 2022

Seja feliz do seu jeito 


 As nossas escolhas, muitas vezes, se baseiam em puras fantasias. Acreditamos que a felicidade, por exemplo, está na balada da moda, na batida pesada da música, na turma bacana, que nos faz companhia, sempre que saímos na noite...
E, assim, deixamos de fazer o que, realmente, gostamos para agir como marionetes, frequentando, sempre, os mesmos lugares, que milhares de pessoas visitam... E lá vamos nós, também... Ora, as pessoas são diferentes umas das outras, cada uma tem um gosto, o gostar não é igual para todos! Se formos a um evento, que esteja lotado, nos faz bem, para outros, pode fazer o contrário... 
Não podemos nos divertir de acordo com as convicções alheias. Como diz o ditado: “Fulano dança conforme a música”... 
Agirmos, por nossa própria vontade, é o que devemos fazer, sempre. Nunca seguir contra o nosso desejo... Se tivermos anseio de irmos à uma festa, vamos, pois, vai nos fazer bem, é sinal de que estamos afim de curtir aquela festa e isso nos fará bem... 
Quando a pretensão de dançar aparecer, vamos dançar, tal qual as borboletas, que dançam ao bel- -prazer do vento, por livre volição...
Nosso anseio, se for de irmos a uma balada, vamos sem culpa e sem medo, afinal, quem paga nossas contas somos nós e não os baleeiros de plantão... Se, acaso, quisermos ficar em casa, assistindo à um bom filme, vamos ficar. Devemos fazer a nossa vontade e sermos felizes do nosso jeito..
Temos que viver as nossas vidas, tal qual as flores... As flores nascem no excremento, entretanto são puras e perfumadas. Cada uma com um perfume diferente e cores variadas, parecem estar alegres, apesar de terem nascido no estrumo... Elas extraem do adubo fétido tudo aquilo que lhes é importante, útil e saudável, mas, não permitem que o azedume da terra, mal cheirosa, manche o frescor de suas pétalas, lindas e perfumadas... 
Assim, como as flores, devemos extrair, dos nossos momentos, a chance de aprendermos a ser bem-sucedidos, do nosso jeito e rejeitar o que não temos vontade... Não devemos deixar que tirem o nosso perfume, transformando-o em ópio... Sejamos ditosos com o nosso jeito de ser, vamos seguir o exemplo das flores, deixemos que os outros vivam como espinhos, mas, nós, vamos ser venturosos, do nosso jeito, seguindo o nosso querer, almejando, somente, o que nosso Eu desejar... e Assim, seremos, sempre, prósperos com a nossa habilidade de sermos felizes, como as flores o são...

Marilina Baccarat de Almeida Leão (escritora brasileira) no livro "Musicalidade Colorida" pg.26

               


domingo, 21 de agosto de 2022

Só há frio

      SÓ HÁ FRIO

       Chegando mais perto,  atravessando essa direção... Ali, as vozes se calam, a beleza é deslumbrante, só há flores e tudo está colorido...

Os raios do sol iluminam o caminho. O céu está azul e, do outro lado, da trilha, só vamos encontrar belezas da natureza, encontraremos paz e alegria. Aqui, o silêncio é necessário, palavras não surgem...  Caminhamos, por entre essas flores e sentimos a bruma, que envolve o ar, como um cortinado de tule, fino e transparente...                               

Quando a brisa nos envolve, a pele se arrepia e fica úmida com o cálido vento, que vem do mar...    As nuvens abrolham, seguimos. Do outro lado dessa vereda, a mesa está posta, xícaras e um bule de chá, esperando por nós...Não nos detemos, não temos receio do frio...

 Ouvimos, no murmúrio do vento gélido, a suavidade com que os ramos balançam, exalando um exótico perfume da terra, que está úmida...  Continuamos  a passos lentos, com cuidado, para que possamos sentir a fragrância, que exala das pétalas de flores, que se espalharam pela passagem...                    

   Há pequenos bulbos intumescidos, debaixo da terra fértil, esperando a primavera, para que possam finalmente brotar...  Ainda faz frio, é cedo, embora o sol já tenha despontado... Fechamos nossos casacos e nos achegamos...     

  Aqui é o nosso  esconderijo, para cá viemos sentir o perfume da terra molhada, das pétalas, que estão espalhadas sobre a trilha...

Quando tudo parece feio, tórrido, seco, ao subir e pular as pedras, que estão no caminho, é como se eu saísse de mim e adentrasse em um mundo encantado..., sem lugar para a tristeza, para o desalento ou para o desamor...

Esse jardim, que fica do outro lado dessa alameda, é só meu, a mim pertence. Mas, hoje o compartilho com todos, que só veem uma parte ínfima de mim...

Atingindo mais perto, percebemos a brisa cálida, tal qual o sereno, como aragem falsa...Atravessem, venham, estou esperando. Quando chegarem, sentem-se, fiquem à vontade. Segurem as chávenas de chá, cuidado, estão quentes...Beberiquem, em pequenos goles, sorvam delicadamente...

 


Conheçam-me, olhando em volta, não nos meus olhos, mas, ao meu redor, pois, sem palavras, hoje, agora, aqui, eis o melhor de mim...Fora, daqui, só há frio...Só o frio...

Marilina Baccarat de Almeida Leão, escritora brasileira

                                                             


terça-feira, 26 de julho de 2022

Pensamento gravado com sucesso na sua coleção.

Coleção pessoal de MarilinaBaccarat

1 - 20 do total de 431 pensamentos na coleção de MarilinaBaccarat

⁠Coisas incriveis acontecem todos os dias para quem acredita e, coisas pequenas tornam-se grandes quando feitas com amor...
Marilina Baccarat de Almeida Leão Escritora brasileira

⁠Transformamo-nos muito, adquirimos mais desenvoltura para tratar os assuntos que a nós interessa. Escolhemos as trilhas que devemos seguir, e com muito mais sabedoria...
Por isso somos como o rio e o mar...Conquistamos a nossa tão sonhada autossuficiência, assim como o mar e rio Usurpam as suas...
Marilina Baccarat no livro "Corre como um rio"

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Marilina Baccarat de Almeida Leão participa da antologia da Academia de Letras do Brasil "Parnaso"

Academia de Letras do Brasil, não para, vamos em frente.
Parnasianismo foi um movimento que se opunha aos ideais do romantismo, estabelecendo princípios estéticos como o rigor formal e a recuperação de temáticas clássicas. O parnasianismo foi um movimento literário que surgiu na França no final do século XIX...
Parnaso,
local simbólico onde viviam os poetas...

quinta-feira, 14 de abril de 2022

O passado, nas curvas, que fizemos, foram, algumas vezes, comoventes, em outras, destrutivo, mas, dele renascemos para viver nas recurvas do presente, sem dor e destruição, pois, conhecemos o verdadeiro significado da vida...                  
                                                                                                                                                           Vivemos, no presente, procurando isolar o passado, que surge, sempre, em nosso viver no evidente... Revelações, que seguem desvendando os acontecimentos, que nos trouxeram até aqui...   

 Muitas vezes, sem conseguirmos reagir à dor, prejudicamo-nos, cada dia mais, afundando-nos nas arestas do passado e em suas tristezas, que, por nós, passaram... 

     M as, no cenário da atualidade, surge um tempo de extrema desolação, o qual deveremos vencê-lo, com a possibilidade de vivermos o atual tempo, com amor..                                                                                                                                                                                                                                 Perdemo-nos, às vezes, na vasta escuridão do ocorrido, à qual nos rendemos, mas, conseguiremos enlaçar-nos no presente, que seria a única saída, para vivermos bem o atual tempo, sem nos preocuparmos com as esquinas em que passamos e o que deixamos para trás...                                                                                                                                                                                                             O recente far-nos-á colocar o passado de lado e viver o instante atual, conhecendo a felicidade nas circunflexas do presente...  
                                                                                                                                                                   Somos fortes para enfrentar as tempestades, que, por acaso, surgirem nas aduncas do tempo atual e esquecermos as curvas do passado, onde havia ventos a nos carregar para trás...                                                                                                                                                                           
 Claro que o passado, em suas entortadas, quando caminhávamos, em suas esquinas, nos trouxe grandes angústias, mas, agora, nas vergadas do presente, pensamos diferente e enfrentaremos qualquer discórdia, que, por acaso, surgir...                                                                                                                                                                                                                                                                         Dobramos muitas esquinas no passado, sempre com o vento soprando contra nós. Mas, soubemos vencer, procurando outras arestas, onde o ventar nos levava para outros caminhos, onde, ali, encontrávamos a tranquilidade de que tanto necessitávamos...                                                                                                                                                                                                                                           Hoje, caminhamos nos fastígios do presente, sempre com o nosso olhar voltado para o horizonte, com a esperança de que os vértices do tempo não nos deixem amargurados...                                                                                                                                                                                                                 Seguimos outras direções, procurando outras esquinas, onde a coragem se faz presente, para que possamos enfrentar todas as tempestades, sejam com trovões, ou não...                                                                                                                                                                                                                     Temos, então, a capacidade de nos reerguermos e enfrentarmos as arestas da vida com toda a intrepidez, que, a nós, é doada...                                                                                                                                                                                                                                                                                        Marilina Baccarat de Almeida Leão , no livro          Vértices   do Tempo"                               

                                                                 

sábado, 19 de fevereiro de 2022


Nossas Mentes...


Nossas mentes são imaginárias. Elas são feitas de verdadeiras quedas de água, de  onde só transitam nossos anseios, tanto de alegrias, como de tristezas..        

Corre, como um rio, que desce pelas cordilheiras, lavando as pedras. Assim, elas estão com seus  umbrais sempre enfeitados, com rosas, que, agarradas às paredes, dão a volta na porta, enfeitando-a...                               

Tal qual o rio, a nossa imaginativa voa longe, como se tivéssemos um barco a navegar em nossas águas serenas...Ali, como um rio calmo, vai correndo a paz, diante dos raios de sol, que refletem   em nós...          

Dentro, da nossa inventiva, há toda a beleza do mundo...Ali, o nosso barco navega em águas tranquilas...

Os ventos ateiam uma suave brisa, acalentando as sombras de amarguras, que poderão aparecer, vez ou outra...Quando a vaga tormentosa, desse mundo nos aturdir, não nos importaremos, pois estaremos descendo rio abaixo, sempre a favor do vento...                                 

Em certas curvas, que o rio faz, parece-nos que estamos em um labirinto, onde os sentimentos se perdem, mas, logo adiante,  se encontram, para abarcarem  a nossa ventura,  sempre decaindo rio abaixo, atrás das alegrias, que a vida nos oferece...                                                

Quando paramos o igarité, deparamo-nos com avenidas coloridas, onde, ali, moram as alacridades e os regozijos...                                               

Nessas alamedas, encontramo-nos com nós mesmos, em meio às flores, que brotaram de tubérculos, que estavam intumescidos, onde o céu é bem azul e nós passamos o tempo todo cantando as nossas prosperidades...,assim, como o rio, que canta, quando desce as serras, batendo em suas pedras...                                              

Dentro de nossa essência, ali, prendemos todas as nossas satisfações... Porque o rio é assim, corre desde o alto das montanhas, até o vale da ribeira, até desembocar no mar...                                    

E esse mar, que nos traz veloz a nossa serenidade...Ali, não há dor, somente amor...  

Esse  rio sabe ser doce como mel...Ele é feito de esperas, é um botão, que floriu em plena primavera...   

Pequeno grande rio, que sabe espalhar encanto, por suas águas abrandas, distribuindo afagos, com os raios derramados pelo sol do amanhecer...                                                                     

 

          Marilina  Baccarat de Almeida Leão no livro "Corre Como um Rio"                                     

 


 

 

 

 

 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

 


A FELICIDADE EM NÓS 


Minha felicidade é incurável,

Guardo em mim e não nos outros,

Nunca está reunida em um único lugar,

Mas em tudo o que vivo.


Minha felicidade é incurável.

Nem os pesares da vida a levou,

Nem a perda dos mais próximos,

Nem o adeus de quem, deliciosamente, ocupou meus espaços e depois partiu sem volta certa...


Minha felicidade contraria diagnósticos e medos, supera fobias e traumas.

Minha felicidade é imbatível.

Não se acanha com a gripe ou a enxaqueca.

Não se diminui perante o pessimismo dos outros.

Possui anticorpos de leveza para se prevenir do contágio da ingratidão.

Recusa a chantagem do ressentimento.

E é soberana sobre os conflitos da vida...


Minha felicidade não tem motivo, nem justificativa, nem explicação...

A felicidade tem entrada livre em minha alma...


Sou feliz por ninharia...

Sou feliz por muito pouco – e só será pouco pra quem não valoriza o simples.

Minha risada é insistente e imprevisível, absolutamente mal-educada, interrompe o choro, o bocejo, o soluço.


A alegria não vem...

Já estava me esperando na carona de um som familiar ou de um cheiro precioso, 

Surgindo de uma lembrança ou de uma fantasia,

Se reafirmando num abraço apertado... num beijo esfuziante... num encontro enlouquecedor... em momentos de amor inesquecíveis...


A felicidade existe comigo ou apesar de mim, sozinha ou acompanhada.

Porque, se tudo der errado, ainda estou viva e tenho a chance de fazer diferente.


Sou feliz por aquilo que foi e me amadureceu,

Por aquilo que é e sustenta a minha vontade,

Por aquilo que será e me mantém curiosa.


É aquela felicidade que fica ali quietinha,

Que tem o seu lugar no peito e faz morada no coração.

Aquela felicidade com gostinho de café quente, cheiro de boas lembranças e uma colher de recomeços.

Aquela felicidade que tem o seu lugar marcado embaixo de uma árvore, numa presença inesperada, nas letras de uma música e nas linhas de uma poesia.


É o meu sentir e o meu buscar...


Sou feliz atenta, sou feliz distraída, sou feliz cedo, sou feliz tarde...

Sou feliz por arrumar a cama ajudada pelas mãos do sol.

Feliz como se houvesse uma música que sempre gosto de ouvir, tocando em meu sangue.

Há em mim mais esperança do que expectativas,

Contentamento mesmo quando reina o silêncio do outro ou a incômoda ausência de alguém querido... afinal, o que me torna feliz são os momentos realmente vividos e não promessas...


Sou feliz porque o sol brilha mesmo em dias nublados, escondido entre as nuvens.


Minha felicidade às vezes me assusta...

Minha felicidade não tem cura...

Não tem como evitar...

Minha felicidade reside dentro de mim e não depende de fatos e circunstâncias... apenas das minhas próprias escolhas... e eu escolhi ser feliz...


Sou feliz, pois o sofrimento cansa e reclamar somente atrai os chatos.

Sou feliz porque posso escolher a alegria ao invés da lamúria, basta coragem pra virar a mesa quando preciso for.

Sou feliz por uma questão de justiça pessoal.

Nada adoece a minha felicidade.


Sou feliz porque não fiquei amarga com o tempo e nem com os dissabores vividos,

Fiquei apenas mais pura e fortalecida...

Bebo a vida sem açúcar (não preciso mais dele)...


Simples assim...

TEXTO DE MARILINA BACCARAT DE ALMEIDA LEÃO,..NO LIVRO 📖 A BELEZA DA FELICIDADE PG,185



sábado, 12 de fevereiro de 2022

Sei Que Nada Sei

 
Na vida, tudo é mágico, vivê-la, em suas andanças, é poético, dizem os poetas... 
Mas, é contraditória, bela na sua essência e perigosa nos voos, que, muitas vezes, damos. Viver é saber que nada sabemos, pois, viver é um ato de coragem, é um mistério! Mas, mesmo sabendo que nada sabemos, temos todas as possibilidades, diante de nós...
Pelo fato de não saber tudo a respeito da vida, todo um leque de novas janelas se abre ao nosso não saber. Na ignorância, de não se saber tudo, a vida é para ser vivida, o calor do sol, a brisa morna, o vento frio, a chuva fininha e cheiros de flores, cada uma com sua fragrância. Tudo, na vida, tem suas marcas e seus sentidos... 
Cheiro do café, cheiro do mar e suas algas, cheiro de chuva, cheiro da saudade da mãe... Contudo, tem seus odores também, suor, chulé, esgoto, peixe estragado...
Nada sabemos, mas, tudo sentimos. E ainda, assim, nos restam os sentimentos. Encher os pulmões de ar e sentir a vida e o cheiro do amor, que sentimos por ela, mesmo sabendo que nada sabemos. Nada sabemos, mas, na nossa rebeldia, prazer e alucinação, música e silêncio, tudo é liberdade, para que, por nossas andanças, possamos entender o que nada sabemos da vida. Tudo pulsa na vida, tudo bate descompassadamente. Como os trovões, que, em dias de chuva, estrondam bem perto do nosso ouvido. O assovio do vento e o canto do bem-te-vi...
Vida e mais vida, pulsando e fazendo-nos entender que tudo sabemos... 
go e ficar sem aro Um mar calmo nunca formou um bom marinheiro. E isso se aplica muito bem à arte de viver e entender a vida. Quem busca a eterna calmaria, dificilmente, encontra felicidade pelas andanças da vida. Quem reluta, em aceitar os desafios da vida, não pode saber o quanto eles nos fortalecem..
Desbravar o desconhecido, procurar saber que tudo sabemos da vida, é não viver na mesmice. A tranquilidade nos conforta, claro, desde que possamos saber e conhecer tudo da vida. Não podemos deixar que a vida se acomode, por nenhum período sequer. Porque, depois de um tempo, ela nos torna acomodados e nos impede de galgar um degrau acima, ou seja, saber que tudo sabemos a respeito dela. Saber que tudo sabemos é viver e enfrentar os altos e baixos, que a vida traz. Decepções, fracassos e dificuldades permeiam nossas andanças, em nossas jornadas e são, justamente, elas, as adversidades, que nos impulsionam a buscar tudo o que sabemos e alcançar o sucesso. Porque, quando tudo sabemos da vida, caem fácil as oportunidades, em nossas mãos. E poderemos dizer: Sei que tudo sei...!

Marilina Baccarat no livro "Andanças Pela Vida"

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

HÁ ESPERANÇA

        G
ostaria de somente falar de esperança, mas, daquela esperança no sentido mais amplo, mais abrangente, que transforma a dor em alegria.
            Quando a dor física é insuportável, um abraço muito apertado, poderá aliviar essa dor...
            Gostaria de poder abraçar cada um que estivesse sofrendo agora. Gostaria de acarinhar cada cabeça e encostá-la em meu ombro e abraçar, apertado cada corpo, para que se tornassem pessoas mais felizes...
            Gostaria de ver todos que sofrem, não perdessem a esperança, que lutassem e enfrentassem, todos os problemas, se por de saúde, que lutem, quem sabe a cura será rápida e surpreendente.

            Sempre haverá esperança, eu, por exemplo, não tenho medo da morte em si, só tenho pena de ter que deixar a vida, não conseguir fazer tudo o que desejo...Mas, enfim, isso não está nas minhas mãos. O que me cabe é ter esperança, enxergar um caminho que possa ser percorrido com a esperança que há em mim.
          Não podemos desistir, enquanto há vida, há esperança... Os caminhos tortuosos, que muitas vezes temos que percorrer, temos que entregá-los a esperança. A esperança por si mesma, principalmente, e deixar vir, entrar, tomar conta de todos os espaços, esperança por nós e pelos outros.
       Tem-me chamado a atenção, algo recente que está acontecendo, pois as pessoas estão vivendo sem esperança.      
       Tenho tentado entender como essas pessoas organizam suas emoções para considerarem os valores que justificam a esperança em suas vidas, que seria a alegria de viver.

      Percebo que a fatuidade inebriou as mentes dessas pessoas. Talvez tenha sido pela necessidade de construir uma esperança particular, dentro de uma realidade onde não  há esperança.
     Precisamos rever o que é esperança, pois ela foi subvertida pelos humores da vaidade.
        Se a esperança tem como base a conquista pessoal, o esforço, devemos chamá-la de recompensa e não de esperança. Pois, é a esperança que sustenta a vida e a esperança que é vivida em nosso interior, deve ser sustentada pelo nosso exterior.
        O mundo moderno está sedento para realizações de seus desejos, que é um vazio da verdadeira esperança... Se entrarmos em uma loja, vamos observar que cada um quer um tipo de roupa, o que um gosta, o outro não gosta...Assim podemos comparar a esperança, não podemos confundi-la com desejos.

       Não poderemos, jamais, medir nossa esperança, se assim o fosse, a vida teria contaminado a razão, sem percebermos que, quando a vida se for, se encerrará nossa esperança.
       Todas as manhãs, temos a oportunidade de renovar nossa esperança dentro de nossos corações, para que possamos renascer todos os dias, para nossos melhores sentimentos...
       Se ontem o dia foi sem esperança, não significa que vai ser igualmente hoje... Os dias chegam para que renasçam em nós, novas esperanças e novos sentimentos.

      Contemplar a beleza do amanhecer e pensar que esse dia vai ser igual a todos os dias, é um engano, porque nenhuma manhã é igual a outra.
      Temos que viver a emoção da esperança, porque essa nunca acabará, nunca devemos deixar que o desânimo tome conta do lugar de nossa esperança, porque ela é o impulso que temos para caminhar a cada dia, buscando a esperança... Não devemos perder tempo com o desanimo.
      Renovar todas as manhãs nossa esperança, é o que devemos fazer, para renascermos todos os dias
      Oportunidade nós temos, de mudar a cada amanhecer. Só depende de fazermos acontecer.            

          

    


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