sábado, 21 de dezembro de 2019

Seguindo contra o vento
                                                                                                                       
                                              Um dia seremos alados,                                                                                                                                     Voando seguindo o vento,                                                                                                                                  Então, ficaremos calados,                                                                                                                                   Indo contra o sentimento.                                                                                                                                          Marilina Baccarat


Passamos a vida toda enfrentando o vento, quando viramos uma curva e vamos contra ele... Mas, há pessoas que não sabem enfrentar o vento, só andam a favor de qualquer rajada... Olhamos, em volta, notamos que só se veem pessoas desanimadas, que nunca abarbaram uma ventania, pois, nem passado elas o têm... Enfrentamos rajadas, tempestades e nos acostumamos com elas, ficamos dias e noites relembrando os caminhos por onde passamos, afrontando o vento...
 Caminhando contra o vento, incluímos flores nas passagens, que o vento faz, enquanto muitos não as consegue vivenciá-las... Acostumamo-nos, desde pequeno, a ultrajar os vendavais e vamos introjetando, na gente mesma, a coragem para defrontar-se com eles..
Quando estamos tristes, ou os nossos dias estão sem sentido, como se tudo estivesse cinza, vem, sempre, o favônio, com a melhor das intenções, dizer-nos para continuarmos...
Mas, como consolo, para tanto ventar de tristeza, que cai sobre a gente, ele nos arenga, interiormente, como se estivéssemos insensibilizados: – pare de reclamar, é só seguir em frente que há muitos caminhos floridos, pela frente, onde há vento e pode-se seguir contra ele, ou a favor dele...
Então seguimos essas ventanias e encontramos gente, que se acha o máximo por ter ventos de alegrias, e nós, com tantas esfinges, nos achamos ineficazes... Achamo-nos infelizes, mas, se voltarem as rajadas, que arrancam as grades das janelas, para trazer a felicidade, a gente vai ver que somos é muito venturoso, pois, temos o direito de sentir o vento e viajar com ele, pelas recordações... Sentimos que os sopros dos ares, que são prósperos, permanecem em nossas mentes para serem sentidos, por isso, eles afloram em nós...
 Precisamos dar vazão às aragens, deixar que elas se manifestem em nós. Se precisar chorar, a gente chora, se necessitar espernear, a gente esperneia, se carecermos de gritar, a gente grita...
Sentimos raiva, experimentamos a dor, mas, percebemos a alegria..., mas, em nós, a compaixão tem seu lugar, quando sentimos tudo isso... Subestimamos as brisas, que trazem a felicidade, tornando-as pequenas, fingindo não as perceber..
Regozijamo-nos com pequenas passagens das refegas, mas, esquecemos dos grandes vendavais, que já passaram pela gente...
Sentimos setembro aproximando-se, é o mês em que a primavera traz, de volta, pequenos tesouros, que estavam guardados, intumescidos na terra... Deslembramos de que algo de bom acontece para a gente, na primavera...
 Temos flores e perfumes, que exalam das floradas... E ficamos sumarentos, perfumados, continuando a caminhar contra o vento... Existe, sempre, um dia para vivenciarmos reminiscências de uma época da nossa vida, em que foi possível sonhar, fazer planos e realizá-los, mesmo com as dificuldades que as ventanias colocaram à nossa frente...
Um dia, para encantar a vida e viver seguindo as brisas, com toda a intensidade, sem medo de sentir, nos alvitres da vida, a tristeza, que, vez ou outra, aparece... Nesse dia, tudo vai parecer cinzento, mas, poderemos recriá-lo, vesti-lo com todas as cores do arco-íris, entregar-nos a todas as fugacidades, como se estivéssemos voando com uma roupa feita sob medida, caindo muito bem em nosso corpo. Voaremos até às alturas alcandoradas, sempre junto às lufas, que nos levarão... Seria um dia para termos coragem de enfrentar todos os desafios, que as refegas tristes nos trouxeram e teremos disposição para tentar fazer das tristezas, que, até nós, chegaram, algo, que nos eleve, nos transportes a voarmos alegres, felizes, com o sopro...
Seria maravilhoso ter um dia somente para nos tornarmos alados, juntos com as rajadas... Sentaríamos na varanda e, olhando as flores do jardim, imaginaríamos momentos felizes, outros, menos, mas, todos com suas maneiras de ser, que nos dariam uma alegria imensa, como se pássaros fossemos...
Abandonaríamos o presente e volveríamos ao passado, onde, outrora, andamos seguindo, muitas vezes, para os caminhos tortuosos, mas, ao chegarmos ao fim, ali, encontraríamos o descanso, que tanto desejamos... Caminhar contra o vento são caminhos estranhos mesmo. Ora nos levam juntos, a dançar e faz-nos lembrar do pregresso, até da valsa, que dançamos aos quinze anos, com o pai... Levam-nos a lembrar as alegrias, do passado, o sorriso das pessoas, a porta da rua por onde passamos um dia, seguindo caminhos tão diferentes...
 Quando caminhamos contra o vento, ele tem a duração do instante em que passam em um segundo... Um dia, em que é fugaz em nossa vida, mas é um dia especial, que reservamos para, junto ao vento, relembrar o passado...
Um dia, para voarmos contra o vento, seria o presente e poderia ter a duração da eternidade. Afinal, gostaríamos que o vento nos levasse a voar. Todos somos assim, queremos ter um dia para voejar, contra, ou a favor, não importa. O essencial é poder sermos alados e, com o vento, voar...

sábado, 7 de dezembro de 2019

Nas Curvas do Passado

O passado, nas curvas, que fizemos, foram, algumas vezes, comoventes, em outras, destrutivo, mas, dele renascemos para viver nas recurvas do presente, sem dor e destruição, pois, conhecemos o verdadeiro significado da vida... Vivemos, no presente, procurando isolar o passado, que surge, sempre, em nosso viver no evidente... Revelações, que seguem desvendando os acontecimentos, que nos trouxeram até aqui... Muitas vezes, sem conseguirmos reagir à dor, prejudicamo-nos, cada dia mais, afundando-nos nas arestas do passado e em suas tristezas, que, por nós, passaram... Mas, no cenário da atualidade, surge um tempo de extrema desolação, o qual deveremos vencê-lo, com a possibilidade de vivermos o atual tempo, com amor... Perdemo-nos, às vezes, na vasta escuridão do ocorrido, à qual nos rendemos, mas, conseguiremos enlaçar-nos no presente, que seria a única saída, para vivermos bem o atual tempo, sem nos preocuparmos com as esquinas em que passamos e o que deixamos para trás... O recente far-nos-á colocar o passado de lado e viver o instante atual, conhecendo a felicidade nas circunflexas do presente...
Somos fortes para enfrentar as tempestades, que, por acaso, surgirem nas aduncas do tempo atual e esquecermos as curvas do passado, onde havia ventos a nos carregar para trás... 
Claro que o passado, em suas entortadas, quando caminhávamos, em suas esquinas, nos trouxe grandes angústias, mas, agora, nas vergadas do presente, pensamos diferente e enfrentaremos qualquer discórdia, que, por acaso, surgir... Dobramos muitas esquinas no passado, sempre com o vento soprando contra nós. Mas, soubemos vencer, procurando outras arestas, onde o ventar nos levava para outros caminhos, onde, ali, encontrávamos a tranquilidade de que tanto necessitávamos... 
Hoje, caminhamos nos fastígios do presente, sempre com o nosso olhar voltado para o horizonte, com a esperança de que os vértices do tempo não nos deixem amargurados... 
Seguimos outras direções, procurando outras esquinas, onde a coragem se faz presente, para que possamos enfrentar todas as tempestades, sejam com trovões, ou não... Temos, então, a capacidade de nos reerguermos e enfrentarmos as arestas da vida com toda a intrepidez, que, a nós, é doada... Marilina Baccarat de Almeida Leão
No livro "Vértices do Tempo"

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Posse como Embaixadora da Paz em Buenos Aires Argentina

Marilina Baccarat de Almeida Leão, escritora brasileira,  tomará posse no núcleo de Letras de Buenos Aires,  como Embaixadora da Paz. E receberá a comenda Jorge Luis Borges, que foi nobel da Literatura.
A posse será no dia 25 de janeiro/
2020



quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Posse na Academia Francesa

MARILINA BACCARAT DE ALMEIDA LEÃO, TOMOU POSSE COMO EMBAIXADORA CULTURAL, NA LUMINESCENCE ACADÉMIE FRANÇAISE DES ARTS LETTRES ET CULTURE, EM 15/10/2018 COMO ACADÊMICA E EM 13/09/2019 COMO EMBAIXADORA. 

No Presente

Aqui no presente
                                                                                                 Nas esquinas do presente,
                                                                                                         Cá existem histórias,
                                                                                                           Quando nos faz coerente,
                                                                                                                  Dando-nos as vitórias.
                                                                                                                           rilina Baccarat


 Virando as arestas do contemporâneo, percebemos que é um outro mundo, muito diferente das quinas, que volvemos no passado... Percebemos, então, que por elas passam pessoas, que, iguais a nós, se cercam de sombras, dentro de seus pensamentos, não compreendem, seu transcender no presente, pois não sabem enxergar, nas entrelinhas, suas maneiras de entender o tempo atual...
Essa gente passa parte da vida perdida, nos cunhais do passado. Dividem seu transposto com o mundo da realidade, onde tudo parecia ser sonho... Histórias, que os levaram a dobrar certos cantos e, assim, experimentaram e sentiram o acertar no presente...
 São momentos tão diferentes das esquinas, que dobramos no atravessado, que ficaram gravadas em nossas memórias para sempre... Vértices diferentes, as quais contornamos, agora, no atual presente... As curvas do passado, passamos tão rápido que não nos damos conta do tempo..., tantos fatos aconteceram e, ao mesmo tempo, parece que foi ontem, em que contornamos esses cunhais..., atravessando o tempo, até chegarmos ao moderno período, em que vivemos...
Quando falamos do passar da época, sentimos que a vida se assemelha a um filme em câmara lenta, uma longa-metragem, que não vai ter fim... Mas, com certeza, fazem parte de nossas vidas, é um somatório de recordações, do que fizemos e do que aprendemos com a vida... Somos o ontem, carregamos suas marcas deixadas em nós, seus perfumes, suas doçuras. Trazemos, em nós, tudo o que nos aconteceu e até o que nunca vimos, mas, sentimos... Mas, para nós, o nosso tempo é de muitas ementas, pelas quais passamos. O nosso tempo é o amanhã, por isso, guardamos, em nossas memórias, tudo o que já passou...
 Queremos impregnar, em nós, o que fomos, o que tivemos e, assim, seguirmos leves, pelas esquinas do coevo, sempre, sem nunca esquecermos do acontecido, que foi uma longa-metragem, quando volvemos nossos olhares para trás... Claro que temos ansiedades, que ainda não conseguimos expurgá-las, são muitas tristezas, que gostaríamos de esquecê-las... Vamos para o nosso futuro, carregados de boas recordações, pois, elas nos levam, como plumas, a voar para além das nuvens, sem que esqueçamos as vísporas, que um dia suportamos...
 Nosso caminhar é o virar dos vértices, mirando um mundo do intangível, em outro, chegamos até o passado, lembrando da infância... Nas arestas da vida, não há conclusões, pois, tudo já ficou no passado, apenas, perguntamos, questionamos, como no voo de um pássaro, que chega pelos cantos das recordações...
 E nós conciliamos nossos olhares do passado, aguçados em nossas mentes, salvando-nos da consternação... Recolhemo-nos nelas, procurando, dentro delas, as passagens, que nos foram bastantes agradáveis, pois nos salvaram das esquinas incertas, que ficaram lá, bem distante, em um transcorrido, que não volta mais...
 No silêncio, continuamos atravessando as quinas do tempo recente, como uma chuva, que cai de mansinho a nos preencher de nós mesmos... Continuamos, seguimos, volvendo aos cunhais, pois nem mesmo os solitários, que nunca voltaram seus olhares para trás, não deixaram de dobrar as perfeitas arestas do passado...
Não importa onde estejamos, em que trilha, agora, andamos, no tempo hodierno. As esquinas, em que passamos, estarão, sempre, junto à nós, mesmo que nos levem para outras paragens... As quinas do tempo foram feitas para, por elas, passarmos, não importa se são pontas rotineiras, do passado ou do presente. Somos um ser despreparado para aceitar a vida sem recordações: – Juntá-las será sempre o nosso querer...
 Nunca soubemos ficar sem nos lembrar das arestas do acontecido, queremos tê-las, sempre, bem lembradas, pois foi um passar-se que teve predicado... Como conciliar as esquinas, que já passaram, com a realidade do recente, sem poder lembrar-nos delas, que, em um certo dia, passamos...
Há pessoas, que não querem se adaptar às intempéries da vida, não querem se lembrar das esquinas pelas quais passaram. O vento levou-as a se esconder, atrás dos cantos, não querendo lembrar do advindo...
Os vértices, em que volvemos na juventude, fazem-nos recordar de fatos delirantes, que fizeram com que fossemos felizes... Das arestas, por onde passamos, para seguirmos novos caminhos, novos mundos...
Há dias em que, contornando as esquinas do coevo, as recordações chegam com mais força. Em outros, menos, mas, somos felizes assim mesmo... Mas, lembrar o influído, caminhando alegre no contemporâneo, com o olhar voltado para o futuro, é querer continuar..., é dobrar as esquinas do tempo, no atualizado, vislumbrando, sempre, o herdado...

As esquinas da vida prática, do dia a dia, são passagens mágicas, pelas quais temos atração..., mas, seguir o presente, com os olhos bem abertos, é pensar em querer continuar, com orgulho...

Marilina Baccarat no livro "Vértices do Tempo" página 17
Editado pela Editora Scortecci- São Paulo-Capital


quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Marilina Baccarat lança mais um livro "Vérttices do Tempo"

Marilina Baccarat de Almeida Leão, lança mais um livro: -Vértices do Tempo, editado pela editora Scortecci, uma editora que, não imprime somente livros mas, sim, emoções

Aqui no presente




 Nas esquinas do presente,
 Cá existem histórias,
 Quando nos faz coerente,
 Dando-nos as vitórias.
   Marilina Baccarat


Virando as arestas do contemporâneo, percebemos que é um outro mundo, muito diferente das quinas, que volvemos no passado... Percebemos, então, que por elas passam pessoas, que, iguais a nós, se cercam de sombras, dentro de seus pensamentos, não compreendem, seu transcender no presente, pois não sabem enxergar, nas entrelinhas, suas maneiras de entender o tempo atual...
Essa gente passa parte da vida perdida, nos cunhais do passado. Dividem seu transposto com o mundo da realidade, onde tudo parecia ser sonho... Histórias, que os levaram a dobrar certos cantos e, assim, experimentaram e sentiram o acertar no presente...
 São momentos tão diferentes das esquinas, que dobramos no atravessado, que ficaram gravadas em nossas memórias para sempre... Vértices diferentes, as quais contornamos, agora, no atual presente... As curvas do passado, passamos tão rápido que não nos damos conta do tempo..., tantos fatos aconteceram e, ao mesmo tempo, parece que foi ontem, em que contornamos esses cunhais..., atravessando o tempo, até chegarmos ao moderno período, em que vivemos...
Quando falamos do passar da época, sentimos que a vida se assemelha a um filme em câmara lenta, uma longa-metragem, que não vai ter fim...
Com certeza, fazem parte de nossas vidas, é um somatório de recordações, do que fizemos e do que aprendemos com a vida... Somos o ontem, carregamos suas marcas deixadas em nós, seus perfumes, suas doçuras. Trazemos, em nós, tudo o que nos aconteceu e até o que nunca vimos, mas, sentimos... Mas, para nós, o nosso tempo é de muitas ementas, pelas quais passamos. O nosso tempo é o amanhã, por isso, guardamos, em nossas memórias, tudo o que já passou...
 Queremos impregnar, em nós, o que fomos, o que tivemos e, assim, seguirmos leves, pelas esquinas do coevo, sempre, sem nunca esquecermos do acontecido, que foi uma longa-metragem, quando volvemos nossos olhares para trás... Claro que temos ansiedades, que ainda não conseguimos expurgá-las, são muitas tristezas, que gostaríamos de esquecê-las...
 Vamos para o nosso futuro, carregados de boas recordações, pois, elas nos levam, como plumas, a voar para além das nuvens, sem que esqueçamos as visporas, que um dia suportamos...
Nosso caminhar é o virar dos vértices, mirando um mundo do intangível, em outro, chegamos até o passado, lembrando da infância...
Nas arestas da vida, não há conclusões, pois, tudo já ficou no passado, apenas, perguntamos, questionamos, como no voo de um pássaro, que chega pelos cantos das recordações... E nós conciliamos nossos olhares do passado, aguçados em nossas mentes, salvando-nos da consternação... Recolhemo-nos nelas, procurando, dentro delas, as passagens, que nos foram bastantes agradáveis, pois nos salvaram das esquinas incertas, que ficaram lá, bem distante, em um transcorrido, que não volta mais...
No silêncio, continuamos atravessando as quinas do tempo recente, como uma chuva, que cai de mansinho a nos preencher de nós mesmos... Continuamos, seguimos, volvendo aos cunhais, pois nem mesmo os solitários, que nunca voltaram seus olhares para trás, não deixaram de dobrar as perfeitas arestas do passado... Não importa onde estejamos, em que trilha, agora, andamos, no tempo hodierno. As esquinas, em que passamos, no passado, estará, sempre, junto à nós, mesmo que nos leve para outras paragens... As quinas do tempo foram feitas para, por elas, passarmos, não importa se são pontas rotineiras, do passado ou do presente. Somos um ser despreparado  para aceitar a vida sem recordações: – Juntá-las será sempre o nosso querer...
Nunca soubemos ficar sem nos lembrar das arestas do acontecido, queremos tê-las, sempre, bem lembradas, pois foi um passar-se que teve predicado... Como conciliar as esquinas, que já passaram, com a realidade do recente, sem poder lembrar-nos delas, que, em um certo dia, passamos... Há pessoas, que não querem se adaptar às intempéries da vida, não querem se lembrar das esquinas pelas quais passaram. O vento levou-as a se esconder, atrás dos cantos, não querendo lembrar do advindo... Os vértices, em que volvemos na juventude, fazem-nos recordar de fatos delirantes, que fizeram com que fossemos felizes...
Das arestas, por onde passamos, para seguirmos novos caminhos, novos mundos... Há dias em que, contornando as esquinas do coevo, as recordações chegam com mais força. Em outros, menos, mas, somos felizes assim mesmo... Mas, lembrar o influído, caminhando alegre no contemporâneo, com o olhar voltado para o futuro, é querer continuar..., é dobrar as esquinas do tempo, no atualizado, vislumbrando, sempre, o herdado...
As esquinas da vida prática, do dia a dia, são passagens mágicas, pelas quais temos atração..., mas, seguir o presente, com os olhos bem abertos, é pensar em querer continuar, com orgulho...

Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro Vértices do Tempo página 17

sábado, 14 de setembro de 2019

Nasce mais um livro

Marilina Baccarat, lança mais um livro "Vértices do Tempo" editado pela editora Scortecci, onde ali, se imprime emoções.

Pelos vértices do tempo, em que passamos, se tornaram escuros. Se quisermos, mesmo não havendo estrelas a alumiá-los, poderemos usar as lamparinas do presente e seguir para o futuro...Só depende de nós...



Em Algum Lugar


           EM ALGUM LUGAR...

     Em cada janela, uma sombra, um vulto, nas noites escuras... Serenatas, que encantam a vida, quando há luar... Cada veneziana guarda um segredo, cada cortina, uma sedução e, em cada janela suada, um choro... Esse lugar, não está em destaque no mapa, e, mesmo que estivesse, ninguém iria se preocupar em saber a respeito de todas as pessoas, que ali vivem...
     Nas ruas e nas esquinas, sempre passa alguém e, seus passos, ecoam bem fortes, enquanto o silêncio está profundo... O vento, vez ou outra, traz o aroma do perfume de uma mulher, que por ali passa... Mas, o silêncio é profundo.
    Ao amanhecer, tudo fica diferente, o movimento das pessoas, na rua, as crianças a caminho da escola, pessoas apressadas, como se estivessem sempre atrasadas..
     Inicia-se o barulho, buzinas, motos, fumaça, uma desordem, um caos...
     Esse lugar morre todas as noites e renasce ao amanhecer, transborda vida, esperança... Esse lugar é a cidade, a metrópole... Muitas coisas acontecem tristes ou alegres e tudo vai para os jornais, onde, muitas vezes, as noticias nunca são animadoras.
      Ignorar o que se chama de realidade, nem sempre é ser inteligente, mesmo que nossa realidade seja outra, nosso lugar seja também o de outros... Mas, entre tantos acontecimentos, sempre existe uma praça e, nela, crianças chegam para espalhar sorrisos...
    Parada no sinal vermelho, ergo os olhos e vejo uma pipa, lá no alto, colorida, dançando com o seu dono, o vento... Na calçada, uma mãe de mãos dadas com sua filhinha, a mulher espera para atravessar a rua e, junto a elas, um cachorrinho de estimação... São essas as realidades de cada um, sua alegria, sua preocupação e, quiça, sua tristeza...
    Assim o dia caminha pela cidade, escondido atrás da janela ou caminhando despretensiosamente, caminhando por onde mais gosta de ir, sem se importar com o que irá enfrentar para chegar lá, onde a noite o espera para que ele possa descansar e trazer, com ele, o silêncio, que vai começar.    
        

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Carmen Macedo escritora brasileira, comenta sobre o livro "Pelos Caminhos do Viver" de Marilina Baccarat de Almeida Leão

Este é mais do que um livro de crônicas. Você terá em mãos um delicado presente. Cada texto de Marilina é como um docinho de festa: delicado, saboroso, enfeitado, rico de surpresas em sua degustação. Suas palavras são sábias neste verdadeiro manual de ser feliz e viver bem. Marilina alcançou o melhor da vida em termos de família, relacionamentos, maturidade, afetos, e agora alça novos voos, rumo à literatura, onde demonstra firmeza em suas lições de alegria, otimismo e prosperidade. A obra foi escrita para as pessoas que estão de bem com a vida. E para as que desejam ficar, também. Para as não acomodadas, que anseiam, como a autora, alcançar a abençoada felicidade todos os dias, a qualquer preço. Há textos que nos cativam pelo tom coloquial, no melhor estilo bate-papo com uma boa amiga, e aqueles com verdades contundentes. Assuntos como respeito, paciência, intolerância, falta de tempo, medo de errar e saber envelhecer, certamente levarão à reflexão e irão arrebatar você. Desfrute o prazer destas belas páginas – exemplos de vida, teorias, sugestões de mudanças (por que não?), meditações. Puro encantamento. Sua autora, essa mulher-menina nasceu musicista. E ora nos prova que sabe tocar muitos instrumentos. Toca de tudo. Principalmente o nosso coração. Carmen Macedo, escritora.




quinta-feira, 29 de agosto de 2019

A vida  tem as cores que a gente pinta.


O sabor das cores, das plantas, do céu, da infinita gama que a natureza nos dá, o gosto de observar atentamente… O que é belo na vida se esconde ali, e por tantos outros lugares. Basta saber onde, ou melhor basta querer enxergar.
Muitas cores passam todos os dias por nossas vidas, algumas das quais não percebemos mais graças ao ritmo frenético, a enxurrada de informações que recebemos e, até mesmo, por nossa falta de vontade para enxergá-las. Esperamos até o último dia do ano para finalmente enxergarmos o colorido à nossa volta justamente quando nos vemos naquela peculiar situação de escolher com que cor faremos a passagem de um ano para o outro, buscando nas cores desejos, anseios e metas para um novo começo, um novo amor, mais prosperidade, luz e paz.
Mas como vestir tantas cores para representar todos esses desejos?
Por que não utilizarmos cores aliadas aos sabores em busca de alegria, significado, saúde e bem-estar?
Quem sabe, na natureza, encontraremos as respostas de um maravilhoso recomeço.
“Essa natureza é sábia, acho que, baseada nessa ideia, ela leva cores à vida das pessoas, está sempre com o seu pincel em punho e com suas cores mil!”
Reescrevamos uma nova página, experimentemos uma nova receita, mudemos a rotina, pintemos a vida com novas cores recheada com novos sabores e belas atitudes. É você quem constrói seu destino na busca da felicidade, paz, equilíbrio e saúde. Faça o melhor possível
. O resultado será uma incrível aquarela. Única. Sua. Bela. Feliz.

sábado, 24 de agosto de 2019

Inatingível

     Se tudo é  inatingível,  não é motivo para não as querer...

    Desejamos tudo que é inatingível, porque
temos nossos motivos para  gostar de...
         Precisamos de enigmas para dar sentido à vida... A libertação dos ignotas é como se bebêssemos além da conta, aquém de nós mesmos...
         A esfinge faz parte do nosso viver, assim como o ar, que respiramos, de tal modo como o amanhã, que se desponta. Assim, vivemos, igualmente, quando somos apreciados, também, ao mesmo tempo...
         Precisamos amar, para que continuemos vivos, deixando, pelas trilhas do gostar, emoções, que sempre vivemos. Do contrário, os caminhos seriam tristes,  sem  as estrelas  a  alumiá-los
noites escuras...
         Se as coisas são inatingíveis, quem dera,  quem  nos amasse, reservasse o direito de retirar, da nossa essência, o sentido mais puro da vida, que é o desejar real, não os sentires malfazejos, que assolam o nosso íntimo, nos tirando a liberdade  de poder almejar o querer, sempre, poder amar...
          Não há motivo, para deixar os fatos lavarem a nossa  alma,  profundamente,  em águas puras e cristalinas, e nunca em erupções vulcânicas...
         Por trilhas estreitas, o coração conduz solidões e paixões encobertas, em nossos  rostos felizes e com as estrelas, iluminando os caminhos...
         Amealhar emoções não é o que o mundo deseja e, muito menos, nós...Todos que quiseram e todos os que desejarem, se fossem libertar seus sentimentos, baseados em suas emoções, certamente, não teríamos paixões, que nos acondicionaram na juventude e cultivaram, em nós, a descoberta e a confiança, em verdadeiras maravilhas, que são vivenciar os afetos...        
        Aos que tiveram a coragem de arrancar, de dentro deles mesmos, os espinhos, que seus passados deixaram, esses foram maravilhosos, que digam, agora, o que tudo souber:  -Onde  está  o  fenômeno  do  amor  inatingível?...  Onde encontrá-lo?
        Qual foi o amante do amor que, realmente, tudo viveu, sem que muito inventasse? Claro que temos grande paixão por quem amamos...
        A  vida abocanha a idolatria, muitas vezes, mas,  escolhemos  quem  queremos. E a preferência, sempre, será ampla, pelas escolhas...
        É   bem  assim... Um  dia  todinho para ternura, rimando com a vida. Fazemos versos, lembramos  histórias  passadas, que foram reais e não imaginárias... Pois, cada  coisa,  mesmo sendo inimagináveis, não é motivo para não as querer...      
        Perdemos ideias que imaginamos serem inovadoras, coisas instintivas, que nos levam a falar da libertação da afeição. Mas, por falta de tempo. Naquele instante, deixamos para depois e tudo se perde no tempo, por falta de  coragem,  de  dar  resolução às inspirações claras, sobre a dedicação...
        Nossa  inspiração  só  comporta  a  libertação do amor, saindo do nosso coração, para atingir o coração de quem amamos. Dessa forma, com todas as vozes dos corações, a gritar por afeto...
        Não seria lógico, não poderia, nunca,  termos fixação pela pessoa, que amamos e nos libertou do apego, que, preso, estava em nossos imos...
        O mundo é nossa inspiração. Apego  de traduzir a  linguagem  emocional do mundo, que percebemos, com nossos olhares e nossos dós...
        Praticamos a arte de continuar a permanecer plenamente naquilo que mais amamos: Que é a libertação do amor, exercitado e escrito com letras douradas em nossa essência...  E, sejam as estrelas a alumiar...
        A libertação do afeto é o exercício, experimentado, como quando se prepara um bom prato, pitadas de tudo, sal, açúcar, pimenta...O Porquê não acreditar?...
        Assim temperamos o afeto, com o que nos dá vontade e deixamos que saiam de nós, sem um sabor preconcebido. O cotidiano, um barulho sem nexo, um olhar qualquer, uma ementa...
        O azul na imensidão do infinito...O mar, os rios, os lagos,  a  poça,  que a chuva deixou no asfalto e o sol brilha, agora, batendo nela... A chuva, que deveria cair, mas, que nunca caiu...Apenas esperamos...
        Tudo, na vida, tem o poder de ser idolatrado...E todo o amor tem a opção de ser entregue e ser libertado...Mas, o que fica guardado, fica imune aos desamores...



 Como seriam tristes os caminhos, se não fossem a libertação da ternura, ao soltar-se de nossos corações, sem a presença distante das estrelas, a alumiá-los...
Marilina Baccarat de Almeida Leão _escritora brasileira,  no livro  é mais ou menos assim.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Surpresas São Mágias

   
                 As surpresas chegam
                                                               
            Surpresas, são como portas mágicas, que nos levam, com nossos sentimentos, a lindos lugares a poder sentirmos o sentir das emoções dentro de seu imprevisto... 
          Através dessas passagens prestímanas, podemos conhecer o mundo encantador das sensibilidades e outros, também, não tão surpreendentes assim, pois, carregamos, em nós, a perturbação da tristeza, que, vez ou outra, tenta aparecer...                             
          Mas, ao atravessarmos os portões sortilégios das sensibilidades, deparamos, ali, com vários caminhos, que nos levam aos melindres das salteadas, que a vida nos mostrou e preparou para nós...E assim, as surpresas chegam, surpreendendo-nos...                        
         Aprendemos muito, com o que a vida nos mostrou e ela tinha razão... O despeito é um dos sentires torpes, que costumam invadir a nossa essência ...
Marilina Baccarat de Almeida Leão (no livro E a Vida Tinha Razão)



sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Corre como um rio

A vida é como a água do rio, que deságua no oceano, bela, imensa e profunda... A água é humilde, flui sem temer as quedas, ninguém a consegue controlar... Assim é a vida. Partilha, com a água do rio, a ondulação, a irregularidade, os altos e baixos constantes, que nos elevam ao mais alto ponto e ao mais baixo em, apenas, alguns segundos. Tal qual o rio, a vida tem suas ondulações, lutas e calmaria... vacila, diante de passagens perigosas... 
Marilina Baccarat De Almeida Leãoas

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Se o seu pai gosta de crônicas, eis uma ótima dica. Dê-lhe, no dia dos pais, o livro "O Eu De Nós", vencedor do melhor livro do ano!





Romance "Há Um Sempre No Caminho"



Se o seu pai gosta de romance, essa é uma ótima dica!
É a história de um homem que, mesmo devastado pela dor, conseguiu vencer, com o amor de uma mulher.



O dia dos pais está se aproximando. 
Deem livros de presente neste dia dos pais. 

Não existe obstáculo, nesta vida, que o ser humano não seja 
capaz de superar. Muitas vezes, as pessoas costumam se esconder atrás de suas limitações e sentimentos, impedindo que os outros possam, realmente, entender o que se passa com elas... A vida é como a água do rio, que deságua no oceano, bela, imensa e profunda... A água é humilde, flui sem temer as quedas, ninguém a consegue controlar... Assim é a vida. Partilha, com a água do rio, a ondulação, a irregularidade, os altos e baixos constantes, que nos elevam ao mais alto ponto e ao mais baixo em, apenas, alguns segundos. Tal qual o rio, a vida tem suas ondulações, lutas e calmarias... Por isso, as aparências nos enganam. Que bom seria se cada um tivesse a coragem de ser como as águas do rio, com a valentia de contornar os entraves e dizer o que, realmente, é, e de dizer o que pensa, colocando tudo, para fora, o que, realmente, sente... Deixariam de ser, apenas, aparência e mostrariam a sua essência... Fluiriam como as águas calmas do rio, que não se preocupam com sua aparência, querem, apenas, sentir sua profundeza... As águas do rio, em analogia à vida, têm inúmeros perigos, mas não nos afastamos dele. Gostamos de admirar sua beleza, sua fúria e calmaria, também. Pois as suas riquezas são o que nos atrai e nos fixa mais a ele... Assim é a vida. Deve ser compartilhada tal qual a água do rio, que desce para o mar e sabe superar os estorvos e não vacila, diante de passagens perigosas... O fluir das águas do rio, em paridade com a vida, tem inúmeros perigos..., jamais conseguiríamos não viver a vida, pois ela nos atrai pelos seus perigos e pelas suas opulências.
Marilina






terça-feira, 16 de julho de 2019

Não sei se estou perto ou longe demais, se peguei o rumo certo ou errado. Sei apenas que sigo em frente, vivendo dias iguais de forma diferente. Já não caminho mais sozinha, levo comigo cada recordação, cada vivência, cada lição. E, mesmo que tudo não ande da forma que eu gostaria, saber que já não sou a mesma de ontem me faz perceber que valeu a pena...
Marilina Baccarat (escritora brasileira no livro "vÉRTICES DO TEMPO "

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Melhores do ano de 2019

Tenho muito carinho em informar que a Marilina Baccarat De Almeida Leão está nos melhores do ano da Literarte. Porque além dela ser uma escritora fenomenal que traduz as dores e alegrias humanas de forma muito singular em seus textos é uma pessoa que leva a escrita a sério. Com primor das obras, produções minuciosas e nem precisava ser uma lindona. Comparo a Lima Barreto, uma linguagem reta, sem rodeios, mas, cheia de metáforas e sentido, e ainda leva de quebra o sobrenome do Leão, não pelo rei da floresta, mas, pelo rei da amizade, retidão, simpatia e cordialidade, tão rara nos dias de hoje.
Parabéns MARILINA ! PARABéns Leão, uma vez disse que foi em SP buscar uma mulher tão bonita, mas, foi buscar uma grande escritora que terá seu nome na história.


domingo, 7 de julho de 2019

Lento é o Tempo




Lento é o tempo Vivemos banhados por nuances e pinturas, que se desenham ao longo de nossas vida... Sentimos, em alguns momentos, tristezas, em outros, alegrias... Amores, desamores e, assim, será até que a última página de nossa vida termine de ser pintada, escrita e lacrada... Sabe quando as horas não passam, os dias não correm... Bem, correm sim, passam sim, nós é que não vemos o tempo passar... Ficamos tão absortos, nessa busca do tempo, esperando que ele nos traga algo novo, durante as nossas caminhadas pela vida, que até achamos que o tempo não passa... O tempo se desenha, à nossa frente e, às vezes, gostamos tanto do desenho, que o tempo faz, que corremos para guardar aquele desenho, antes que o tempo resolva apagar e não nos deixe ver a linda tela, que ele desenhou da nossa vida... O tempo é sábio, ele não deixará ficar telas ou papéis em branco, pintará a vida, seja ela vivida em 185É mais ou menos assim 184Marilina Baccarat de Almeida Leão um mar revolto ou numa calmaria de um céu azul e, com um arco-íris, a enfeitá-lo... O tempo desenhará, com suas cores variadas, a vida, com as cores da primavera, do verão, do outono, ou seja, também, do inverno... Mas, nesse vai e vem de cores, o tempo vai, lentamente, pintando as nossas caminhadas, colocando flores em nossos caminhos... Muitas vezes, o céu poderá escurecer, mas o tempo, esse senhor, que nos acompanha, lentamente, saberá colorir o céu... A natureza manda chuva, manda sol e nós, aqui, esperando, impotentes, tendo que segurar nosso choro, nossa vontade, nosso afã... A vida passa e aqui ficamos a postergar, aguardando respostas, que não dependem de nós e que só o tempo trará... Bela é a vida, temos é que saber vivê-la, banhada por nuances e pinturas, que o tempo desenha, não deixando, jamais, que a pintura se transforme em um borrão... O sol forte, muitas vezes, poderá castigar a pintura... Então, o céu, que estava pintado de azul, ficará borrado de nuvens cinzas, que parecem pesadas de toneladas de chuvas, que poderá desabar e estragar o colorido, que o tempo pintou... O tempo é sábio, quando não há cor, os ponteiros do relógio parecem ir e vir em milésimos de segundos, que duram uma eternidade... Os pensamentos pesam toneladas e nos deixam cansados por não vermos as cores... Mas, chega o tempo trazendo, com ele, uma brisa, que não balança uma folha sequer e o céu, com suas nuvens pesadas, parecem querer desabar... O tempo, com seus passos lentos, com suas telas e os pinceis em punho, coloca o cavalete, abre as tintas, coloca a tela no cavalete e começa a colorir a nossa vida... Manda, para bem longe, o cinza, em que o céu se transformou e embala a nossa vida com nuances, que só ele, o tempo, sabe nos proporcionar... O mundo, lá fora, gira, roda, acontecem coisas, pequenas e grandiosas... Mas, quando a gente sente, pressente, que algo muito grande, muito forte está chegando, não sabemos se é porque queremos, muito, que ficamos achando que estamos tendo pressentimentos... Só queremos, muito, que o tempo passe, que as folhas do calendário virem e o tempo deixe de ser lento... Temos pressa, temos urgência, mas, sentimos que, realmente, o tempo está lento, nós é que não percebemos... Precisamos mergulhar os nossos olhos em sua beleza, que o tempo pintou, para esquecer, por alguns segundos, que só o tempo nos dirá o que não sabemos... Andamos, assim, querendo tudo para ontem, queremos mais, queremos muito...  Andamos, nesse mau humor, por quê? Nessa vontade de que o tempo ande rápido, mas também devagar... Vontade que respostas sejam dadas, medo de quais serão elas... Uma preguiça indizível, uma falta de vontade, pois, o tempo não passa para nós... E, ao mesmo tempo, uma sofreguidão, uma ânsia, uma vontade enorme de sentirmos o tempo passar... Gostaríamos, insuportavelmente queríamos, que, por uns dias, apenas, não sermos... Quem sabe, o tempo, que é lento, nos reservará, uma pintura em sua tela, guardada pelo acaso... Assim, teremos lindas pinturas, com pedaços de nós, que voltaram diferentes no tempo... Seremos banhados por nuances e pinturas, que, somente, o tempo saberá desenhar, enquanto estivermos caminhando, nas trilhas da vida... E, assim, será, até que a última página da nossa vida termine de ser desenhada, pintada e fechada pelo tempo... Podemos até estar tristes, mas o tempo, ainda que seja lento, colorirá de alegrias, as nossas vidas...
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "É Mais Ou Menos Assim" página 183

            

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Nosso temperamento vital

Talvez, coisas que não servem para nada sejam as mais importantes... Até as sonhadas expressavam nosso temperamento vital, cheio de alento, incapaz de enxergar as sombras... Seriam elas, também, divididas, esfaceladas, quebradas em mil pedaços, até serem forçadas, algum dia, a recolher os fragmentos e a tentar recompor as sobras... Pois, pessoas só ficariam inteiras, quando aprendessem a vencer as sombras...
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Corre Como um Rio" página 45

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Fases da Vida

Fases e faces da vida
Para acreditar que podemos enfrentar a dor, seria necessário termos forças para enfrentá-la... É uma fase da vida, em que, muitas vezes, nos falta a coragem para poder lutar. E, agindo assim, mostramos a face da vida, aquela, que só faz a tristeza aumentar... Claro que temos os nossos princípios, mas a vida é muito curta para ficarmos encastelados, em dogmas, escondidos em ideologias, em fases da nossa vida... Não podemos reprimir a dor, fingindo que está tudo bem. Cedo ou tarde, vamos perceber que esse sentimento está lá no fundo do nosso âmago, escondido, achando que, com isso, não será preciso enfrentar a dor... Assim, enganamos a nós mesmos, porque não se encontra a razão, sem viver uma dose de emoção... Temos lassidão das pessoas cheias de certezas inalteráveis, verdades inquestionáveis e convicções imexíveis... 
Houve uma fase da vida, em que as invejei, pois eram tão seguras e opinativas, que me assustavam... Hoje, elas me espantam, pois mostram as verdadeiras faces da vida... Em fases da vida, pelas quais passamos, não podemos deixar que a dor nos sufoque, nos afogue, nos solape, nessas fases da vida, em que sucedemos... Temos molúria das pessoas cheias de gêneros, atitudes midiáticas, mas, hoje, elas me cansam... Pois, quanto mais pertencemos a um tempo, mais espelho dele somos... São meros reflexos, e com o tempo desbotamos ou ficamos arcaicos... São faces da vida, a nos mostrar o certo... Se esperarmos superar a dor, achando que, ocupando o tempo com uma nova atividade diferente, vamos mandar a dor embora, seria uma doce ilusão. São fases da vida, que temos de enfrentar... A vida é muito curta para ficarmos encastelados em dogmas, escondidos em ideologias, congelados em estilos de vida, opiniões e padrões... É a eterna repetição, a impossibilidade de transformação e mudança, na face de nossas vidas... Em algum momento da vida, é preciso parar e enfrentarmos a dor, ainda que ela seja insuportável... Tentar fugir da dor não funciona mesmo... Somente, quando enfrentamos uma hora difícil, em que a dor tenta nos sufocar, é chegado o tempo, de podermos superá-la, mas, ainda assim, fiapos da dor, em fases da nossa vida, poderão surgir, trazendo saudades... Somos livres, bisbilhoteiros e aventureiros. Do contrário, não evoluiríamos; temos a tendência para o novo, somos inconstantes, pois há fases e faces da vida, em que não podemos ser sempre coerentes... Mas, a vida é assim, às vezes, é triste, noutras, ela é serena. Não podemos lamentar uma dor passada, pois criaríamos outra dor. São fases da vida... Aceitar as faces da vida, o que não podemos mudar, significa ter paz interior... Temos que perambular, por essas faces, mesmo que do outro lado, venhamos encontrar, vales e sombras à nossa volta... Claro que temos raízes profundas, afetos verdadeiros e caminhos nobres, que tendemos a respeitar e são grandes catalisadores das escolhas, que fazemos, nessa fase, que a vida nos mostra... Mas, acenderemos a nossa luz a clarear o nosso caminho, pois, do outro lado, jamais haverá escuridão... Nessa fase, que a vida nos mostra, só haverá alegrias, encontraremos jardins floridos e água cristalina, onde poderemos, com certeza, enfrentar a dor... Caminhando firmes, nessa fase da vida, sem nos lamentar... Claro que temos paciência, que nos dará referência, mas temos, também, inquietude e intuição, coragem e desejos. São as faces da vida, que estão em movimento... Não somos fracos... 
Assim, não criaremos outra dor no presente, na face que a vida nos mostra e não sofreremos... Encontraremos novas paisagens, novas flores, um rio de água cristalina e, então, saberemos enfrentar a dor, nessa fase da vida... Nas fases e faces da vida, somos as tais metamorfoses ambulantes, ensaiando eternos rascunhos, obras inacabadas. Assim sendo, somos criaturas de nós mesmos, em fazermos, composição em ebulição...Somos muitos, para sermos nós mesmos, em fases da vida, quemostram a sua face, pois há fases e faces da existência...
E esses muitos todos, esses outros nós, que coexistem, querem, anseiam, comovem-se e gostam das faces da  vida, descobertas, cada uma a seu tempo, ou mesmo respectivamente, ao seu modo... As fases de faces da vida não cobram coerência, que é o fantasma da mentes pequenas... As fases e faces da vida exigem idas e vindas, mergulhos, voos...Invasões...Nas fases da vida, cabe tudo...O assistir de um conserto clássico, à música popular. O passeio no shopping, a missa, o culto, a biblioteca, a pintura...Qualquer tipo de arte, algum divertimento ou devoção, desde que nos comova...Nas faces da vida, uma certa conversa, desde que haja troca...Algum tropeço, desde que nos estimule seguir adiante...Um certo canto, uma palavra ou uma história...
Pois tudo vale a pena, para nossas essências, que não são pequenas... Nas fases e faces da vida, queremos estar confortáveis, dentro de nós, com o amor da coerência e a ventura da imaginação... Quantas vezes, nos deparamos com pessoas, que nos perguntam se acreditamos em DEUS... E a pessoinha fica esperando a resposta, curiosa, como todo ser humano o é... Mas, qual não é a surpresa dela, quando a nossa resposta, sempre é determinante: – Depende... Há dias em que Ele acredita mais em mim do que eu Nele... Há dias em que Ele confia tanto, em mim, mas tanto, que me segura pelas mãos e me ajuda a galgar os degraus das fases da vida... São as faces da vida que Ele vê em mim, apoia-me, e me conduz pelas mãos... Há dias quânticos; mas, há dias cânticos, assim, são as fases e faces da vida, que, muitas vezes, tudo parece uma piada; então, nesses dias, Ele ri de nós, pelas fases, que passamos na vida, ou as faces da vida... Mas, há dias em que Ele nos coloca no colo.. E nos desesperamos, mesmo estando lúcidos e acomodados em seu colo, mas, nos sentimos sozinhos, parece que não vamos conseguir vencer a dor... São as fases da vida, caminhando junto a nós... E, em todas essas fases, continuamos inteiros, coerentes, completos e convictos, que venceremos todas as fases e faces da nossa vida... 
Então, não podemos reprimir a dor, fingindo estar tudo bem... Mais tarde, vamos perceber que ela estava lá, nas fases da vida, escondida nas faces da nossa existência... 
Então, achamos que não é preciso enfrentar a dor... Mas, acontece que há fases e faces da vida... 
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "É Mais Ou Menos Assim" página 53 
Marilina Baccarat de Almeida Leão
Escritora Brasileira
                                     

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Nesta Noite escura,

NO MEIO DA NOITE.

     Ouço baixinho, no meio desta noite escura, canções ao piano, lindas canções dedilhadas e que invadem minha alma. Canções, que encharcam, de beleza, minha vida, penetram fundo em minha alma e me fazem feliz. Trazem-me a calma, a alegria!
      Ah! Como gostaria de poder ouvir essa melodia, por toda a noite, que está tão escura, sem estrelas e sem lua. As nuvens cobrem o céu e o frio não me deixa abrir a janela.
    Gostaria que o céu estivesse estrelado. Que eu continuasse a ouvir essa música, pelo amor que há e que sempre houve em mim. Pelos sentimentos, que nunca foram perdidos, pela carícia, que jamais faltou...
    
    Nesta noite escura, entremeada de silêncios, ouço a suavidade das canções, que me enchem os ouvidos de paz, de uma paz, que almejo e que retenho por alguns segundos. Paz que não deixo escapar, por entre os dedos.
     Entre as lágrimas, que inundam meu piano,  finjo ser eu a pianista, compositora de uma vida, cheia de esperança e alegria.
     Ah, se esta noite escura me trouxesse, em meio às estrelas brilhantes, uma luz, ínfima luz, que iluminasse o meu breu, trazendo o belo e o bom, fazendo com que eu me sinta inebriada pelo amor. Fazer-me sentir, sempre e novamente, o amor, que esteve perdido por aí, esperando por mim, ao lado do meu travesseiro perfumado.
     A música toca, meu coração ressoa, entoa, como se cantasse, um canto de alegria, dentro desta noite escura.
     Se a vida fosse uma canção, eu saberia a escala exata e não precisaria procurar o que está dentro de mim... Ou, no silêncio, quem sabe, desta noite escura, onde não há estrelas e o frio teima em ficar.

Marilina Baccarat de Almeida Leão, no livro "Musicalidade Colorida"


Pouco a Pouco

Pouco a pouco

 Pouco menos que a capacitação do não querer e a certeza da ilusão é o desengano de muito pouco... 

O que, aproximadamente, nos perturba, que nos magoa e mata-nos aos poucos, é o pouco mais, que poderia ter acontecido e não aconteceu...   

 Quem perto está, mas, ainda, não apareceu, ainda vai vir...  Os passos, que se ouviu na madrugada, ainda se escuta o seu eco... 

Quem um pouco mais confiou e um pouco descreu, o amor para ele, morreu pouco a pouco, não mais vive... 

É o pouco que se abespinha, com o pouco mais, que deveria existir... Bastaria um pouco menos dos ensejos, que se soltaram de nossas mãos e, como pássaros, voaram, até às alturas alcandoradas, buscando cada estação, que, pouco a pouco, chegou...                                                                             

E escolhemos, sempre, a estação do ano que mais nos agrada, que é o outono, que se distancia um pouco mais do calor e, também, do frio... 

Caminhamos, um pouco mais, para o inverno da vida, sendo que a distância, entre o outono e o inverno, é muito pouca. Mas, aos poucos chegaremos lá, com nossos largos sorrisos e passos firmes...               

Seguindo, pelos poucos menos caminhos, encontraremos coragem para sermos felizes, mesmo com os nossos alicerces já fracos. As amendoeiras já branquearam e as moedeiras, pouco a pouco, não conseguem mais mastigar... 

Mas, pouco mais, decidiremos entre a alegria e a agonia...        Se pouco menos, a nossa equidade quiser apartar-se de nós, não haverá meio termo, o pouco mais tomaria a frente e teria o céu azul e o arco-íris, em vários tons, a encantar-nos...                    

O pouco menos não nos insinua, não amofina, nem abranda, somente aumenta o vazio, que está dento do mais profundo do nosso âmago...

Mesmo que todas as estrelas, pouco a pouco, estejam a brilhar em nosso céu, para o pouco menos, que temos de tolerância, nada pode ser mudado, resta-nos, apenas, a paciência, para esperar o pouco mais da felicidade, que merecemos...          

Para os poucos menos, não significa ser os nossos fracassos. E com isso os poucos mais mundificarão todos os vazios, que o tempo deixou, em nossa alma...                                

Desconfiemos, pois, do pouco menos e acreditemos no pouco mais de uma abastança plena... 

Porque, pouco a pouco, quem a esperou, até então, ainda está esperando... E quem acreditou na espera, sempre apreendeu um pouco mais...

Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Velhas Portas" página 43

domingo, 9 de junho de 2019

Invenções tortuosas

Invenções Tortuosas
                                                         
                                                                                                                   Injustas são as invenções,
                                                                                                                   Julgamos     insegurança,
                                                                                                                  Ao  ver  suas  concepções,
                                                                                                                  No passado da lembrança.
                                                                                                                     Marilina Baccarat


Sentimos as astúcias aproximando-se, embora, às vezes, sintamos, também uma tremenda insegurança ao pensarmos em  tudo que se passou...
Andamos ansiosos, pois, sabemos que os inventos, todos eles, já leram todas as nossas passagens pelos alvitres da vida...
E, assim, as recordações do passado vão aflorando e nos sentimos indecisos, achando que não deveríamos ter sido tão inseguros...
Mas,  atravessando a ponte que nos liga as arestas do passado, tudo surge com essa dúvida, essa precariedade, apesar da certeza de termos agido corretamente; porque, em nosso íntimo, quando os frutos já floresceram e estão, justamente na hora de serem colhidos, sabemos que tudo o que fora  feito, não eram invenções...
Tudo estava corretamente certo, apesar de entendermos  que permaneciam errados, mas não estavam...
Invenções são assim. Tudo que carregamos, dentro delas, são símbolos de insegurança, mas, de recomeço, de inovador, quando elas deixam de serem censuráveis e se transformam em aprumadas e judiciosas...
Chegam sempre com a esperança de afetos...
É só o pensamento começar a trabalhar, que lá chegam as conquistas e muitas, nos remetendo a muitos sentimentos, que carregamos de nós mesmos...
Comiserações do realizável, do inventivo, de possibilidades tantas e muita esperança no futuro, para que todas as ementas e desejos do passado se realizem, sem que nos abrolhe a intranquilidade sinuosa...
Acreditamos nelas, rendemo-nos diante das curvas do passado, basta, para isso, alinhar a alma e deixar que reverberem e iluminem o nosso pensar com a chama de sentimentos, pois é o que move os conhecimentos passados...
Temos muito a agradecer, por terem mantido acesa, em nossos pensamentos, essa chama, não deixando que se apagasse nos momentos de invenções tortuosas, pois era o de que mais precisávamos...
Graças às sutilezas, fixamos nossos olhares em nossos desejos e fomos em busca do que sempre desejamos em nossas caminhadas: -Sentirmo-nos seguros, ao vermos suas concepções ...
Embora, às vezes, sintamos uma tremenda precariedade, que surge em nossa essência. Geralmente, elas surgem um pouco apagadas, ficamos em dúvida se erramos, ou não, lá, no passado...  
No nosso íntimo, sabemos que agimos certos, mas, ficamos nos martirizando, achando que deveríamos ter agido de outra maneira. O que passou, passou,   é assim, que diz o ditado...
Se ouvirmos as nossas próprias críticas, a nós mesmos, vamos achar que todas as ementas que temos, estão erradas e não vamos mais conseguir relembrar o decorrido, achando que fizemos tudo errado...
Deixar-nos abatermos, criando um mecanismo de  incapacidade, impediria as noções de fluírem em nós...
Se  permitirmos  que elas nos elevem a um patamar bem alto de rememorações, chegaremos à conclusão que não há retentivas erradas... Porque, se fossem tortuosas, é como se estivéssemos andando com os olhos tapados, prontos para cairmos  na armadilha do narcisismo exacerbado, ou, deixar-se abater por nossas próprias críticas, criando um mecanismo de defesa tão forte, inibindo, assim, nossas memórias...
Somente nós é que temos de ter a certeza de que são noções certas e que nos levam a viajar pelos vales da vida, fazendo-nos relembrar de todos os lances...
Mas, no meio dessa pilha de sentimentos antagônicos, no meio dessas invenções sinuosas, temos a certeza de que não há memórias tortas. Elas nos levam a termos  esperança absoluta...
Há dias em que as reminiscências nos trazem tristeza total, mas todos sentem isso, é muito natural...
Sabemos que elas virão e muitas. E as achamos importantes, desde que sejam lembradas construtivamente, sempre...
Todas as retentivas têm o seu valor, mas, daí, a serem zanzadas, seria um grande erro...
Pois, flashbacks jamais serão errados. Eles são, sim, um aprendizado; podemos mudar algo, que, nas lembranças do passado, achamos que estavam erradas, mas, também,  podemos reinventá-las, sem que elas passem incólume por nossas vidas...
Ideias são aprendizados para acostumarmos com nós mesmos, tão iguais e, no entanto, tão diferentes do que fomos. Tornamo-nos, certamente, um ser melhor depois de recordar o que passou...
Ali, podemos arrumar muita coisa, que encontramos torta, no nosso pensar, ao rememorar nos alvitres, de nossas passagens...
Graças às retentivas, que carregamos de recomeço de inovador, nos levam para lugares, tremendamente, lindos, onde caminhos, que percorremos, transformam-se nos melhores caminhos do mundo...
E sempre é tempo de rememorar as ementas   do passado e sentí-las. Devemos guardá-las no bolso de nossas vidas e relembrá-las sempre que possível for...


Injustas são as invenções, quando nos fazem temer e sentirmos insegurança...Pois, elas vibram na frequência de nossas memórias, diante das recordações mais simples. Voltando o olhar para o passado, vamos perceber, que jamais foram tortuosas, pois acaloraram nossos sorrisos, para sempre...


Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Nas Curvas do Passado"