quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Texto de Marilina Baccarat no blog "Pure Stayle"

Um poema que gosto muito da poetisa Marilina Baccarat de Almeida Leão 
no livro Colorindo a Vida:

Há quem diga que sonha em preto e branco, outros, que sonham colorido.
Sonhar colorido é muito mais interessante, pois tudo fica mais bonito...
Os sonhos estão aí para definir a vida em cores...
Os otimistas e sonhadores sempre vão dizer que a vida é colorível, mesmo 
que os sonhos sejam brancos e pretos...

A forma, pela qual todos veem a vida, não muda nada, o importante é que 
todos possam tornar a vida colorível, porque o que sonham, seja preto  e 
branco ou colorido, não importa...
O que realmente é importante são os acertos, para que a vida se torne 
colorida...Temos que viver colorindo a vida do nosso jeito, isto é, fazer 
com que a vida seja colorível. Assim, seremos  mais felizes..

A vida é muito mais que a exatidão de um preto e branco... 
Vai muito além da importância de torná-la colorida... 
Ela é uma dádiva e, viver plenamente,é um presente irrecusável, 
assim como é colorir um desenho...

Muitos diriam que, definir a vida em cores, para eles, ela seria 
preta e branca...Essas pessoas são muito calculistas, não se 
interessam muito em colorir a vida...
Os pessimista diriam que a vida é cinza, não haveria graça em tentar 
colori-la...
Mas os otimista e sonhadores diriam que a vida é para se colorir,então 
ela é colorível...

Podemos seguir nosso caminho, logo, podemos deixar, junto a estes 
caminhos,uma vida colorida...
Não é porque o papel é branco que deve permanecer branco...
As folhas brancas estão aí para serem coloridas... 
E assim é a vida, colorível...
Com os sentimentos de amor vem a bondade, a alegria e a vida se 
torna branda,bem colorida...São sentimentos que fazem com que a vida 
seja colorível...

A vida ganha cor para que possamos apreciá-la, para não olharmos para 
ela e nos sentirmos amargos e infelizes, pois as cores trazem a felicidade...
Se os nossos sonhos forem em preto e branco, devemos fazer com que 
a vida seja muito mais que em preto e branco...

Devemos dar cor à vida, porque ela á colorível... 
E ser colorível  é  poder  ter a oportunidade de colorir a vida...



Beijos, Beijos 

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Saudade


Poderia lembrar uma partida, uma dor, brisa fria, contudo, sou a saudade, que fica na lembrança. Posso ser branda e, também, como um vapor de luz, que passa, rapidamente, deixando, na lembrança, a saudade de alegrias ou de tristezas. Sou conhecida de muitos e desconhecida de alguns, porém, sou aquela, que habita em seu coração, deixando um rastro de lembrança, de tristeza ou de alegria, que ficou lá atrás. Sou confiável, entretanto, depende de quem eu habito... Posso vir escura, em sombra fria e, talvez, você nem queira me conhecer, mas, posso lhe guiar pelas lembranças do passado, que, em desertos sem sol, abafados, trazem lembranças. Sou a saudade, talvez seja um bom nome para me dar. Quando viajo pelas recordações boas, como saudade de um amor, que ficou na lembrança, todos me aceitam. Mas, quando entro em lembranças de tristezas, ninguém quer me conhecer. Contudo, quando a minha viagem for na memória de uma menina, venho travestida de fada, anjo, ou faço melhor, envio um príncipe encantado e as lembranças serão como ela imaginar, como possa pensar... Quando a minha viagem for nas lembranças de um menino, envio-lhe uma pipa, para ser levada pelo vento e ele se alegrará!
 Quando eu viajar nas lembranças de uma adolescente, virei travestida de sonhos, que vão aflorar a mente daquela jovem... Mostrarei, em suas lembranças, sonhos, que ficaram, quando ela se achava parecida com a Cinderela e perdia o seu sapatinho de cristal pelas escadarias do palácio...
 Ninguém nunca conseguiu determinar como sou e o que vem depois que chego ao caminho das lembranças, na mente de alguém. Algumas vezes, trago lembranças alegres, de festas de noivados, lindas, maravilhosas! Festas de aniversários de quinze anos, com a valsa dançada com o pai. Essa, sim, eu, com certeza, ficarei em sua memória...
Mas, em outras vezes, sem eu querer, posso trazer tristeza de alguém, que partiu e eu fiquei em suas lembranças... Nessa hora, sou a visita menos querida e sempre chego na hora errada, meu trabalho é pesado, não acho ser um castigo, o encaro como uma missão sem fim e, até no fim dos tempos, estarei em todas as lembranças. Sou assim, não gostaria, mas existo em quase todas as lembranças... Sou aquela, que faz renascer todas as lembranças, sejam de alegrias ou de tristezas. Seja do passado ou do presente... Estou na terra desde o começo dos tempos e ninguém, jamais, conseguirá determinar como sou e o que vem depois que chego ao caminho final. Ou seria o início de um novo?...
 Sou aquela, que se intromete em suas lembranças... Sou a Saudade!

Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Viajando nas Lembranças" pg.33

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

A mente reescreve

Às vezes, a mente reescreve as memórias, numa tentativa de fazê-las mais próximas dos sentimentos, que carregamos, dentro do nosso “Eu”... Logo, vemos-nos com lembranças imaginadas por nossa mente e as verdadeiras são relegadas a um espaço vazio, onde só há sombra... É desta forma que, muitas vezes, o nosso “Eu” sobrevive às saudades, aos medos e muitos outros sentimentos, que habitam em nós... Todo o mecanismo do nosso corpo nos diz isso... Somos feitos para fugir, para atacar, para amar... Para tentar sobreviver a qualquer custo... Somos criaturas, relativamente, simples, conhecemos o mais profundo do nosso “Eu”, seus possíveis riscos e, nesse fundo insondável, mudamos nossas reações... O nosso “Eu” nos presenteia com a intuição daquilo, que tem o poder de quebrar os grilhões de sentimentos torpes, que moram em nosso “Eu”... Se voltarmos o nosso olhar, para dentro de nós mesmos, vamos relembrar de cenas, que fazem o tempo parar de correr, que fazem com que esqueçamos tudo, à nossa volta... Viagens, que podemos relembrar mil vezes e voltar atrás e revivê-las, novamente...
Não haveria outra forma de viagem, outro jeito de imaginar como seria o nosso “EU”, se não pudéssemos vivenciar tudo, mas, tudo mesmo, como uma viagem sem fim... Escorregar para dentro de nós, pois, do contrário, não seria o nosso Eu a sentir... É como se estivéssemos em uma estação, à espera do trem, que nos levaria para dentro de nós mesmos... A mala, onde carregamos as recordações, o perfume, o som das vozes, na estação... Então, é quando tudo se faz silêncio e somente uma luz, acesa, nos lembra que estamos na estação e não há mais ninguém... Só nós, com os segredos de viagens, que levaremos para dentro de nós mesmos, no silêncio... Só nós e nossos segredos... Nosso “EU”, a nós, pentence, não haverá heideiros para as recordações, que há dentro dele... Uma pequena ponte nos levará até ele... Ela se oferece a nós, larga, aberta para que possamos entrar, e, no entanto, falta-nos a coragem, mesmo que fosse só para sentirmos um pouquinho da nossa essência, que habita em nós... A abertura oferecida. A possibilidade de irmos... Vamos dar o primeiro passo, para atravesá-la, em direção ao desejo de sentirmos, bem de perto, o nosso “EU”... Embora a porta aberta nos convide a entrar, parece que algo nos segura, como se ferros houvesse em nossos pés, a adentrar... Se não formos, não saberemos... Se ficarmos, não seríamos o “EU” de nós...
 Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "O EU DE NÓS"



Então, deixei os momentos irem, como pássaros que voam livres no verão e se protegem do frio no inverno... Deixei o passado cair como as folhas de uma árvore no outono, mas , tenho certeza de que na primavera elas voltarão... Voltarão como lembranças e assim, deixarei brotar o presente, tal qual as flores, florescendo e espalhando o seu perfume... Enfim, esperarei o futuro chegar, assim como os pássaros esperam o verão para voarem livremente,  e os bulbos entumecidos  que esperam a primavera para florescer e exalar o seu perfume. Assim somos feitos... Passamos pela  vida, que é feita de passado, presente, futuro, momentos, lembranças, verão, invernos, primaveras e outonos.
Marilina Baccarat (escritora brasileira) no livro E a vida tinha razão



quarta-feira, 5 de dezembro de 2018



A situação em que o mercado editorial está passando, levou-me a fazer esse vídeo.
Muitas livrarias fechando, editoras dispensando os melhores funcionários, para contratar outros com menor salário. A crise em que o Brasil se encontra é grande. Então eu convoco todos vocês, a entrar em uma livraria e comprar livros. Deem de presente neste natal, livros, assim, estaremos ajudando, para que o livro não morra, mas sobreviva a essa crise.