sexta-feira, 27 de julho de 2018

Nunca haverá tristeza , se conseguirmos entender os caminhos da vida, com altivez. Poderão, claro, serem  confusos, mas conhecendo o verdadeiro sentido da altivez, jamais nos perderemos de nós mesmos...
Marilina Baccarat De Almeida Leão no livro "É Mais ou Menos Assim"

Caminhos da vida

Nunca haverá tristeza , se conseguirmos entender os caminhos da vida, com altivez. Poderão, claro, serem  confusos, mas conhecendo o verdadeiro sentido da altivez, jamais nos perderemos de nós mesmos...
Marilina Baccarat De Almeida Leão no livro "É Mais ou Menos Assim"
Um lindo final de semana gente amiga de todos os cantos!

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Dia do escritor 25/07/2018

Hoje, aqui no Brasil, se comemora o dia do escritor brasileiro no dia 25 de julho. Parabéns a todos (as) colegas das letras...

 Aqui vai minha oração em nome de todos os escritores.

Oh DEUS, livrai-me de todo mal!
Livrai-me da arrogância, das palavras dúbias, do mau português.
Livrai-me da ignorância, da mediocridade, das palavras vãs.
Livrai-me, ó Deus e a todos os escritores, da frase mal feita, dos sinônimos mal empregados, das palavras repetidas.
Livrai-me, meus Deus, da boçalidade, do rés do chão, da literatura rasa.
Lançai-me aos voos altos, aos sonhos, aos céus dos escritores, pelo menos, medianos.
Fazei-me enxergar o mundo com olhos perscrutadores. Que as perguntas nunca se calem.
Que as ideias sempre surjam.
Que eu sempre tenha pronta a palavra certa, a vírgula oportuna, o ponto final conclusivo.
Valei-me, meu Deus e a todos os escritores! Valei-me nos momentos de dúvida, de questionamento, de desilusão.
Não me deixeis  desistir da luta, por mais dura e inglória, por mais doída e incerta.
Dai-me um pouco, um ínfimo que seja, do cintilar da sabedoria.
Abençoai-me, hoje, sempre, eternamente com a clareza de pensamentos.
Que eu veja moinhos de vento e escreva sobre eles.
Que minha cabeça viva sempre entre nuvens, mas que meus pés nunca abandonem o chão onde piso.
Que meu solo sagrado seja o das páginas em branco, sempre a esperar pela minha letra, pela caligrafia incerta e insana, pelo dedilhar de meus dedos tresloucados.
Que eu cumpra meu dom.
Que eu seja abençoada em meu caminho.
Por vós, meu DEUS..
E que assim seja.
Amém!
Marilina Baccarat de Almeida Leão

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Do que somos feitos?

Do Que Somos Feitos?
Pelas andanças da vida, pergunto-me, hoje, do que somos feitos?
Somos feitos de memórias. Algumas, nem sabíamos que ainda estavam lá, intocadas. Talvez, alguma reminiscência atávica, que carregamos em nossos genes, memórias da infância, quem sabe?
Lembranças, que nossos ancestrais nos deixaram, gravadas em nós, como faz um canivete em uma pedra ou num tronco de árvore.
Quem somos nós, afinal? De que matéria somos feitos?
Somos feitos, sim, de esperança. De insondáveis desejos, muitas vezes, ocultos. Noutras, bem visíveis, estão eles lá, à espera de que o realizemos.
Somos feitos de sangue, suor, músculos, força de vontade.
Alguma desesperança, algumas decepções...
Mas, somos feitos, principalmente, de um material impalpável:-lembranças de nossas andanças, pela infância, juventude e, quando nos tornamos adultos, saímos pela porta da frente, com esperança no futuro.
Ou será que somos feitos do nosso mundo interno,
onde carregamos, na nossa inconsciência, memórias?
Não sou eu capaz de responder a essas questões, que me tenho feito ao longo das minhas andanças...
Mas, ando sendo capaz de pescá-las, eu mesma, lá, nesse fundo insondável, infinito e misterioso de mim mesma...
Porque somos feitos de memórias. Algumas, nem sabíamos que ainda estavam lá, intocadas.
Feitos, somos sim, de esperança e sonhos, de insondáveis vontades, de realizar nossos desejos, que, muitas vezes,estão ocultos. Noutras, lá estão eles, nossos desejos, bem visíveis,à espera de que os concretizemos.
Andamos à procura do que fomos, do que somos e do que seremos. Mas, não precisamos correr atrás para sabermos do que somos feitos...
Somos feitos de desejos, só não sabemos como resgatar o tanto de nós mesmos que ferimos e deixamos escondido...
Agora, é correr atrás do tempo perdido, procurando buscar, lá, no passado, o que ficou escondido e se transformou em dúvidas... Mas, agora, temos a certeza do que somos feitos...
Vamos continuar nossas andanças pela vida
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro          "Andanças pela vida"...


Aprendendo a Envelhecer


         ENVELHECER É BOM.

       Ninguém quer envelhecer. Todos querem viver por longo tempo. Mas o tempo passa e não há como fugir. Ser idoso, hoje em dia, não é nada fácil. Além das barreiras físicas, pelas quais passa o corpo, há o medo da solidão.
       Sempre foi uma aspiração, de todos, terem vida longa e viver bem. Todos querem viver mais, mas ninguém quer ficar ou ser considerado velho. Todos gostam de ser vistos como novos. Novos no corpo e novos na mente. Novos no coração e com capacidade de amar.
       Precisamos encarar cada fase da vida com coragem e alegria. Não se deve ter medo de ficar velho. Como em qualquer idade, novos desafios aparecerão. É importante que o idoso tenha sempre consciência de sua importância e saiba, que é nele, que mora a memória do passado, podendo desfrutar das recompensas e satisfações, que acompanham a maturidade, mesmo em uma sociedade obcecada pela juventude.
      É natural termos medo do avançar do tempo e, consequentemente, do fato de precisarmos um dia enfrentar as limitações da idade. Mas esse medo não pode ser grande o bastante a ponto de fazer com que a gente decida pendurar as chuteiras, quando os cabelos brancos começarem a aparecer. Ficar velho é só viver mais uma fase cheia de novos desafios. Basta observar as portas das escolas infantis. Quem leva as crianças e quem vai buscá-las? Quem as alimenta e cuida delas, quando os pais trabalham?
       O medo de ficar velho passa a ser contraditório, já que o medo de não envelhecer é ainda maior, em um mundo que tem a violência como um de seus principais problemas. Atingir a terceira ou quarta idade é uma recompensa, quando se pode colher os frutos das realizações que são adquiridas em fases anteriores da vida.
      A vantagem de amadurecer está justamente na arte de enfrentar, com sabedoria, as surpresas da vida. À medida que o tempo passa, nos tornamos ainda mais perspicazes...
   Pois é só envelhecendo que se aprende a envelhecer.  



terça-feira, 3 de julho de 2018

Convite da Academia de Letras do Brasil



Com muito orgulho, Marilina Baccarat de Almeida Leão, toma posse na Academia de Letras do Brasil-Rj.
 Convite para amigos, parentes e confreiras e confrades, que serão empossados como imortais.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Há musica no jogo!

A grande beleza do jogo, está em que ele adota uma música diferente para cada toque, que é dado na bola!  Há música e também há harmonia, mesmo quando ouvimos os gritos dos jogadores ... Parece-nos querer dizer algo:- Olhe bem dentro da rede, agora, vai sair um gol. há uma sonata, que ao chegar ao final, levá-nos as lágrimas e um adágio que nos angustia... 
Pois não é que parece uma música! ...Pois, quando o jogo termina,  vemos a satisfação no rosto de cada brasileiro, infinita música, que se chama alegria!!!... 
Marilina Baccarat De Almeida Leão

Posse na academia de Letras do Brasil v.g.


Marilina toma posse na academia de Letras do Brasil no dia 23 de julho de 2018 


Os rios não vão silenciar

                      COM O PASSAR DO TEMPO


                                           Os rios não vão silenciar    
                                           Eles seguem o seu curso   
                                          Me mostrarão meu caminhar    
                                         Que devo seguir com o calar
(Marilina Baccarat)





  Com o passar do tempo, aprendi a reconhecer os flúmenes, pelos  barulhos de suas águas, quando batiam nas pedras ao descerem com suas torrentes até o mar... Logo que os vejo surgir do alto das montanhas, percebo o peso de suas águas...São rios diferentes, assim como cada ser humano, também, é diferente em seu caminhar, rumo ao seu objetivo...
Em cada pessoa vislumbro um andar diferente, o que houve antes e o que poderá acontecer em seguida... Mas aqui, onde avisto os rios, surgiu em mim algo diferente...
Os longos dias de solidão, as noites silenciosas, a companhia única dos ruídos da natureza,  sintonizaram em mim, outro tipo de percepção...
Ouvindo as infelicidades das pessoas, muitas vezes me pergunto se elas estão contentes com o mundo de agora...Esse mundo sempre apressado, sobrecarregado de coisas... Prisioneiro de uma vulgaridade  que conspurga todo o respiro... Tenho certeza de que a primeira coisa a irritá-las, seria primeiramente o barulho...De todas as formas de violência, é a mais sutil, o mais devasatador...
É por isso, que temos de ensinar as crianças a ouvir... Se ensiná-las a ouvir, elas poderão ancorar, ali, alguma coisa...Mas, quando os ouvidos estão distraidos, então basta o mais tênue sopro de vento, para levar tudo embora... O silêncio que todos tanto receiam, na verdade não existe, cada ambiente tem sua própria voz...É preciso aprender a ouvir...
No mundo do imaginário do flumens, onde o aguçar do ouvir  me toca e meus  sentires vivem atentos,.é um mundo diferente... É com as crianças que precisamos recomeçar, se quisermos mudar o mundo... Lá, no descer do rio,  é um mundo, onde  o perceber apoderam-se do meu viver e viverei transitando com pessoas, que, como eu, conhecem o sentir, transitam, mas não habitam ali, naquele mundo...
Quem sabe não querem ter o trabalho de observar os diferentes flumens, os  barulhos de seus cantares. Mas, acontece que os conheceres podem ser prazerosos... Mas as crianças não são como os golfinhos, eles nunca escreveram a divina comédia...Se ensinarmos as crianças a ouvirem, os diferentes barulhos, que o rio faz, elas aprenderão e saberão distinguir...O rio não vai se calar...    Elas conhecerão quando o rio vem bem calmo e canta uma música como um adágio e outro como uma sonata, que ao chegar ao fim, nos emociona Com o tempo, quando soubermos distinguir um rio do outro, aprenderemos a escutar os seus barulhos... Uns descem apresados correndo, batendo em suas rochas e fazendo um tremendo de um barulho...Outros descem calmos, desviando dos obstáculos e sabendo contorná-los, até que suas águas cheguem ao oceano..     
Com o tempo, o prazer de possuir a felicidade, ao aprendermos a distinguir um rio do outro, vamos saber compará-los ao ser humano, que hora dimana como um determinado rio e, outras deslizam com a maior calma, até chegarem aonde desejam...
Alguns regatos ficam surpresos e ofendidos, pela reação do mar, porque não entende a sua boa vontade,seu desejo de fazê-los felizes...
Outros ficam ofendidos, porque o rio, pai de suas águas, só consegue  fazê-lo chegar até certo ponto, pois encontra muitos obstáculos pela frente... A partir dali, ele está sozinho, sabendo que naquela solidão teria de enfrentar as suas sombras, que as montanhas refletem em suas águas que estão tranquilas...
Assim é o nosso viver, agimos como os rios. Há o sentimento da felicidade, que nos leva até às alturas alcandoradas e nos trazem alegrias...Esses sentimentos de alegrias nos libertam, nos salvam das angústias e tristezas... Muitas vezes, com o tempo, acabo pensando na interligação dos rios com o mar e acabo pensando em seus barulhos... Não no que se transformou,  a  morte deles, quando pelo caminho, vão abastecer lagos e não o mar... Em algo diante do qual coloco um biombo ou algo parecido, para escondê-lo...Um fato quase, sempre consumado em absoluta solidão , um leito a ser limpo, a espera de ser ocupado por outro...
A loucura dos nossos dias, afinal, também tem tudo a ver com isso, um leito vazio e um espaço a ser ocupado... Há pessoas, que não entendem o correr do rio, não se conformam, quando eles transbordam, trazendo angústias e tristezas... Não entendem esse transcender do mundo imaginário dos flúmenes. Simplesmente, não enxergam, no sentido implícito, o mundo maravilhoso, quando suas águas carregadas de emoções, descem lentas ou agitadas...
Vivem a vida inteira sozinhas, não tendo com quem dividir seus espaços, por mais que queiram e se esforcem, nunca irão conseguir, por não acreditar...
Quando os rios chegam, ao londo de suas jornadas, mostra-me  um mundo tão diferente, que me completa, pois é um mundo de dúvidas, que chega  inesperadeamente, mas com a solução conclusa, com o passar do tempo...


Os rios, jamais, vão silenciar...No silêncio da minha alma, vão me ouvir...Eles seguem o seu curso  e me mostrarão o caminho que devo seguir com o passar do  tempo...      

       
       Marilina Baccarat no livro "Corre Como Um Rio"