Conselhos para novos escritores, que desejam participar dessa estrada maravilhosa, que é a literatura.
1) Marilina Baccarat de Almeida Leão, escritora brasileira, escreve pela madrugada adentro, até as 4h00... Quando o sol desponta no horizonte, ela já escreveu e, dorme até ao meio dia. Escrever pela madrugada, ou, pela manhã o rendimento é melhor...
2) As redes sociais e o celular, são os maiores aliados da procrastinação, por isso, Marilina Baccarat desconecta-se de todas as suas redes sociais durante as horas em que se dedica a escrita.... É claro que, a vontade de checar as novidades do facebook, do twitter, do Instagram, as fotos de nossos amigos é uma vontade, mas, se o escritor quiser realmente ser um escritor de sucesso, o autocontrole, a disciplina e o compromisso com o trabalho, devem vir em primeiro lugar.
3) Cobrir-se de doses diárias de novas ideias, este é um dos segredos da escritora brasileira Marilina Baccarat, manter um fluxo constante de pensamentos...
4) A escritora aconselha que todos os escritores iniciantes, separem alguns minutos do dia para um relaxamento, antes de começar o trabalho. Uns minutos de reflexão, onde devemos rever tudo o que está a nossa volta e, aliado à sua criatividade e imaginação. Construir um universo que será posteriormente materializado pelas suas palavras...
5) Escrever todos os dias, mesmo quando não tiver veleidade para escrever.... Não deixe de exercitar constantemente a sua escrita.... Pois, a cada escrita, surgem novas nuances, novas perspectivas e passamos a enxergar com os olhos da alma...
Pensamento do escritor Russo Tolstói:
“Devo escrever a cada dia sem falhas, não tanto pelo sucesso do meu trabalho, mas para não sair da minha rotina”
Tolstói (escritor Russo, que distribuía seus livros de graça para o povo Russo)
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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021
quinta-feira, 11 de novembro de 2021
A ROSA SONHADORA
A rosa tinha muita inveja das outras flores, pois, quando passava pelos jardins e observava as flores, dançando ao bel-prazer do vento, que ora soprava em brisa leve e, em outras passava com rajadas fortes, fazendo-as rodopiar...
A rosa indócil, somente queria pertencer àquele mundo, que ela admirava, mas desconhecia o porquê de haver espinhos em seu caule e não tinha como dançar com as outras flores, quando o vento chegava...
Certo dia, a rosa determinou, sem muito raciocínio, extrair todos os seus espinhos. E, mirando-se, no espelho, sem perceber o sangue, que escorria, pensou: – Estou com ar mais aprazível, um verdadeiro porte de rainha, agora poderei dançar...
E, assim, aproximou-se das outras flores, toda faceira, com um sorriso. Mas sua surpresa foi grande, quando, todas as outras flores, lhe apontaram os dedos, mostrando-lhe o sangue, que escorria em seu caule. Não era o que ela esperava... Afinal, ela era a rainha das flores, justamente pelo perfume e os espinhos...
As flores, virando-se, para ela, perguntaram, em uníssono: Retirar seus ilustres espinhos, por quê?... Eles lhe faziam, além da sua beleza insólita, a tão respeitada rainha de todas nós...
Agora, somos flores sem reinado e sem rainha, não temos a quem idolatrar e você está ferida!
A coitada da rosa, ferida, agora, sem reinado e sem coroa, por querer ser igual às outras flores, que não tinham espinhos e, sem eles, elas dançavam ao desejo do vento, livres e soltas, como ele gostaria...
Jamais seria igual às outras flores, pois tinha espinhos, mas era a rainha, com certeza, de todas elas... Não perdeu a sua altivez, não mais seria rainha, porque o que a diferenciava, das outras, era o mais importante, aos olhos de todas as flores... Os espinhos, que ela havia retirado é que a tornavam diferente...
Naquele mesmo dia, a rosa, que sentia muita dor, por causa da retirada dos espinhos, morreu... A noite se findou, um novo dia raiou, com um maravilhoso sol e outra rosa nasceu, bela, cheirosa e com todos os seus espinhos, sendo eles a sua coroa...
As flores ganhavam, agora, uma nova e reverenciada rainha... Haviam esquecido a rosa sonhadora...
Marilina Baccarat de almeida Leão, no livro "É Mais oui Menos Assim
sábado, 30 de outubro de 2021
Aonde Recordações nos Levam
Aonde Recordações Nos levam
Existe o momento em que as memórias passam pelo tempo, não
são percebidas, mas, ainda assim, são eternizadas, muitas vezes em lágrimas ou
risos...
Assim
era a vida de Heloisa e suas retentivas. Escrevia por horas, dias, meses e
assim formava seus contos, escrevendo com sua caneta dourada...
Cada letra escrita se transformava em
palavras, vidas, que se trançavam, cruzando páginas e mais páginas com sua
caneta dourada, onde as Reminiscências a levavam... Tudo, o que por aquelas
páginas se escrevia, se enlaçava em suas recordações... Confusa, por vezes, Heloisa ficava
tentando voltar, desfazendo o que já havia escrito...
Mas, aos poucos, ela ia percebendo que, o que
parecia estar errado, naquelas folhas, davam uma beleza ao seu escrito, que lhe
dava personalidade...
Para
sua alegria, observou que, ali, suas Impressões estavam sendo relatadas como,
realmente, o eram, sendo levada pelos lembretes...
Parecia que iria atingir o mundo com seus
escritos, que, por vezes, pareciam flores, ou estrelas, que acentuavam o
trabalho de uma vida e de longo tempo...
As lágrimas de Heloisa faziam com que as
páginas se tornassem um desafio à sua caneta dourada, que rangia ao forçar a
letra entre suas lágrimas. Com seu sorriso, enxugava as páginas, e continuava
seu trabalho, sendo levada por todas as suas ideias...
Vez por outra, ela percebia um fio caído na
página e sorria, era um cílio, tirava, colocava na palma da mão, fazia um
desejo e contava quantos tapas deu na mão, para que ele se soltasse, o número
indicaria o tempo do desejo se realizar e, sorrindo, voltava a escrever...
Perdida, em suas nostalgias, ali ficava, ao
lado de sua caneta dourada, com os olhos desejosos, para terminar de alinhar
tudo e desalinhar o pensamento de quem iria ler...
Heloisa, apenas, sorria, como se soubesse das memórias
de cada um... Escrevia aqui, arrumava ali, e, assim, continuava a colocar no
papel, em branco, todas suas recordações...
Conhecimentos, que a levassem por caminhos
floridos, caminhos do coração...
Muitos caminhos de suas tradições eram
formados de pedra batida e seca, caminhos desertos, onde a solidão, vez ou
outra, aparecia...
Mas, Heloisa achava interessante a solidão,
que muitos sentiam, de caminhos incertos e sem razão...
Pois, muitas vezes, gostava de ficar sozinha,
mas, jamais sentia solidão...
Parava,
por alguns instantes, segurando sua caneta dourada e pensava: Caminhos são
escolhas, que cada um faz, nesses caminhos poderemos nos perder, ou, quiçá, nos
encontrarmos com nossos alvitres...
Heloisa continuava, pois, o seu sorriso era
puro, sua felicidade seria capaz de iluminar todo o mundo. Pois, sabia ser
liberta das sugestões tristes, sendo, extremamente, feliz...
O
tempo de suas invenções retratava lugares reais ou imaginários, tramas,
romances e outros tantos...
Suas invenções não traziam nada de mistério,
apenas lembrava de passagens reais, que ficaram em sua memória
e as colocava no papel. Sempre usando a
sua caneta dourada...
Saía,
sempre, em busca de algo, que encontrava em seu passado, buscando algo difícil
de se perceber que sempre existe e existirá.Indiques, que podem, muito bem, ser resolvidas...
Sempre, as propostas levavam Heloisa, por uma
busca de algo difícil de ser encontrado, mas, tinha a certeza, de que, sempre, estiveram lá...
-Onde
nossas reminiscências nos levam? Pensava ela, mas, logo recordava de histórias,
que estavam guardadas em suas memória e que, agora, poderiam ser relembradas...
Seus anseios a levaram para bem longe, onde
podia recordar de um homem, que vivia solitário com seu cachorro, cada qual no
seu canto, na varanda de uma casa, que ficava no meio da devassidão de uma
floresta...
Seus
olhos distantes, olhando além da janela, lembrou-se dessa cena, que havia visto
no passado, de um homem e seu cachorro...
Dias e noites passavam e tudo permanecia como
de costume, calor, frio, não se percebia o som da música, que o vento,
cuidadosamente, trazia, o cheiro da primavera e nem as cores que generosamente
se desdobravam para chamar a atenção,
daquele homem, quase que gritando: Oi, é chegada a primavera!
Nada parecia despertar a atenção do homem e
seu cachorro. Só reclamava do inverno, essa estação fria, que parecia despertar
os dois de uma inércia irritante...
O homem, com frio nos ossos, do cobertor
velho, surrado, da pouca comida... O cão uivava, quando ia urinar nas árvores,
que o ignoravam por completo...
Entretanto, o homem nunca prestava atenção no
que estava logo, ali, bem à sua frente. Poderia ser uma cena alegre ou triste,
para ele tanto fazia...
La estavam dois amigos, que não sabiam viver, um
não falava, outro não latia, tudo era silêncio, sem vida e, assim, poderiam se
passar muitos anos...
O fogo estalava a brasa, que, leve, ficava
pairando, dançando na fumaça quente, que aquecia o velho e seu cachorro...
Passou o inverno e veio a primavera, algo
quebrou aquela melancolia. Pois o clima mudou, as flores brotaram e tudo ficou
mais alegre...
O velho já não sentia mais frio e o cão se pôs
a caminhar pelo terreno, em volta da casa... O cão, que, sempre, mantinha a cabeça baixa,
não resistiu e começou a farejar, com o rabo em riste...
Depois de muito esforço por querer chamar a
atenção do velho, saiu um latido rouco, o homem arregalou os olhos, ajeitou a
roupa, esfregou as mãos e, como o cachorro, respirou, profundamente, para
sentir algum cheiro diferente...
Resolveu ir investigar, chamou o cão e lá
foram os amigos, mais assustados do que curiosos...
Seguiram
bem devagar, pois as pernas do velho, já estavam ficando travadas. Passava
fome, frio e a comida, ele não a tinha todos os dias...
Depois de uns trinta minutos, mais ou menos,
pararam... O homem não acreditou! À sua frente, estava se erguendo uma enorme e
linda casa!
Deu a volta no local e lá, em uma linda placa,
estava escrito: “A felicidade mora neste Chalé”. Ficou olhando o desenho da
placa, maravilhou-se com aquilo, pois sabia que a felicidade existia ...
Há anos, não via algo tão lindo, uma casa,
pessoas sorrindo, guarda-sóis brancos, cadeiras confortáveis, pensou: - Quanta felicidade! Se deu conta de que nem
se lembrava mais de que essa palavra existia...
Ficou
por alguns minutos admirando aquela casa, as pessoas sorrindo, conversando e
lembrou-se de quando tinha sua família, mulher, que já havia morrido há anos e
filhos, que hoje
não os via mais, nem sabia onde estavam...
Chamou o cão e voltaram, mais uma vez, em
silêncio. Na clareira, se deteve e olhou para sua casa. Lembrou de quando ela
era pintada de branco, a grama verdinha, os filhos correndo e brincando em
volta da casa...
Continuou
imóvel na clareira, contemplou sua casa descascada, velha, sem pintura, a
cadeira já bem velha com assento fundo e gasto, o tapete do cachorro mais fino
ainda. Marejaram-se os olhos de
tristeza...O cão assustou-se e uma lágrima caiu na roupa do homem...
Heloisa
voltou para sua escrita, pegou sua caneta dourada e escreveu: Recordações nos
levam para onde, muitas vezes, nem queremos ir...
terça-feira, 26 de outubro de 2021
Passagem do Tempo
Passagem
do Tempo
O flamejar
de uma
flama,
Que foi
acesa no caminho,
No tempo certo que aclama,
O Sumo que ficou no tempo.
Marilina Baccarat
Jogando, pelas veredas, o dissipar-se
que restou do tempo inútil...
Isso é o reverberar de uma chama
dourada, que foi acesa em nossas vidas, flamejando, em nós, a luz de uma tocha,
que um dia foi crescida e, jamais deveremos deixa-la expirar...
Na passagem do tempo, seguimos assim,
carregando, em nossas mãos, uma archote,com a expectativa de alcançarmos o
pódio e vencermos o andamento...
Um facho, que, ao passar pelas mãos de
todos, ao chegar em nossas mãos, contiuamos levando-o, e ele chegará ao pódio
com a vitória do sucesso, vencendo o momento em nós mesmos...
Nós mulheres, quando nos olhamos no
espelho, vemos como estamos lindas, não há uma que não se ache bela, radiante,
pronta para uma nova vida, repleta, plena de amor próprio, como merecemos,
fulgurantes e lutadoras, sempre...
Ao vermos o lampadário aceso, nosso
olhar fica mais brilhante, nossa luz irradiante, a cada vez que sor- -rimos,
pois é o reflexo dessa chama, que, um dia, carregamos e jamais poderá
apagar-se...
Ao olharmos o dia nascendo, com todos
os seus lampejos, é motivo de muito orgulho e imensa alegria e gratidão, à
vida, por termos o cintilar de uma tocha, que um dia apagou-se, mas, novamente,
se acendeu...
Daí para frente, não permitiremos que a
chama feneça, seguiremos firmes, sem jamais deixar que a luminosidade, desse
candelabro, se apague algum dia...
Esse lampadário sofreu alguns
acidentes, quando alguns obstáculos surgiram em nossas veredas, nos quais
poderia ter-se esvaído...
Mas não feneceu, seguramos firmes nele
e seguimos pelos sentidos da vida...
Mas, após esses empecilhos,
recuperou-se e voltou a ser uma tocha maravilhosa, de uma luz radiante...
Que, ainda, vai iluminar, por muito
tempo, os nossos caminhos, na passagem do tempo, que nos deu tempo, para
podermos seguir adiante...
O resplandecer, dessa flama, é como se
fosse um novo dia, onde realizamos um sonho, que já era acalentado, há alguns
anos, a passagem do tempo...
Sem vacilar, corremos, para podermos
chegar ao pódio e colocar a tocha na pira e sermos produtivas, com o tempo, que
a nós foi dado...
Esse tempo, que nos deu tempo, para
seguirmos, com o brandão em nossas mãos, até chegarmos ao pódio do tempo e lá colocá-lo, sem que
apagasse...
Ali chegamos...Com a chama em nossas
mãos, lutadoras que somos...
Colocamos a tocha na pira do momento,
como vencedoras, que sempre fomos....
Agora, é só aguardar para que a luz
dessa tocha ilumine nossos caminhos...
Para o desfecho, que já vislumbramos e
temos a certeza de que tudo se firmará...
Pois a chama dessa tocha alumiará
nossos passos e chegaremos bem sucedidas ao final...
Assim como o rio, que reverbera o
reflexo do sol, nós, também, reverberaremos o nosso amor pelo tempo, com essa
tocha, que, em nossas mãos, estava e conseguimos vencer o tempo, chegando lá...
Ela, para nós, representa nossos
luzires, graças ao rebrilhar dessa chama...
Soubemos vencer todos os percalços da
vida com sua luz, a alumiar os logradouros...
Saímos mais fortes de qualquer
conjuntura, pois vencemos o tempo e chegamos até o final da luta, vitoriosas...
Pois, sempre, fomos lutadoras, e, ali,
chegamos...
Não deixamos a chama, dessa tocha,
fenecer...
Essa luz, que um dia quis se apagar,
mas, agora, reverberá-la-emos...
Pois ela acendeu, em nós, a chama da
esperança, que se havia enfraquecido...
Passamos, pelo tempo, mas, o tempo não
passou por nós...
Pois, desviou por outra trilha, poque
tínhamos a chama acesa em nossas mãos,
justamente para enfrentarmos o tempo e sermos vencedoras...
Na passagem do tempo, somente as
corajosas saberão enfrentar...
Atiramos, pelo caminho, as horas
inúteis do tempo, aguerridas, que somos...
Sabemos que o valor da chama não está
no tempo em que dura, mas na intensidade com que tudo acontece, em nossas
vidas...
Saímos mais fortes de qualquer
conjuntura, pois vencemos o tempo e chegamos até o final da luta...
Assim fizemos: jogamos pelo caminho, as
folhas douradas do tempo, e, corremos para atingirmos o pódio o mais cedo
possível...
Pois, recebemos, tudo isso, de quem
reverberou em nós e acendeu a tocha, para iluminar nossos caminhos... E,
seguindo pela passagem desse tempo, jamais deixaremos que essa chama feneça...
domingo, 24 de outubro de 2021
Sentimentos Compreendidos
entimentos Compreendidos
Sentimentos são assim,
Tentam se entenderem,
Como
tinta de nanquim,
Hulhas que
jamais forjem.
Marilina Baccarat
Por termos a esperança, como um
de nossos cálices, temos fé em dias melhores. Os sentimentos procuram se
entender, mas, muitos deles não se misturam, como tinta de nanquim...
Temos o fascínio pela vida,
pelas manhãs ensolaradas, onde o nosso astral parece estar lá em cima... então
surge o sol e essa esperança aborda... Isso não é conformismo, pelo contrário, é um
gesto de perspectiva, nessa vida arredia, que insiste sempre em nos
surpreender...
Há um sentimento que quer
correr atrás do tempo perdido, descoberto somente agora, coisas maravilhosas,
que temos a capacidade de fazê-las...
Mas, de alguma forma voltamos
com forças, muitas vezes pequenas, que, se lutarmos, conseguiremos torna-las
grandes...
Há muitos sentires, em nosso
ser, dos quais muitos morreram ao longo do nosso caminho: -morreu o sonho de
voar... feneceu a saudade, pois a nossa fé, fez com que aprendêssemos a
conviver com ela...
Muitas
vezes nasce a desesperança, mas lá no fundo, somos fortes como um chão batido e
pisado, que ficou assim, justamente por estar batido e esmagado...
Queremos,
muitas vezes, deitar em uma sombra e ouvir o silêncio, escutar o leve assovio
do vento batendo nas folhas das árvores...
Essa
canção que as folhagens cantam, harmonizadas, entre elas, quando passa uma
rajada, a parecer um lamento, querendo que as comiserações se completem, que se
entendam entre elas...
Acompanhamos
a dança e o destino dos grãos de poeira correndo junto com o ventar, muitas
vezes, formando nuvens de poeira, impedindo-nos de admirar o dançar e o cântico
das folhas, cuja, cuja fugacidade é quem rege essa orquestra...
Essa
sensibilidade quer brincar com o tempo, ao mesmo instante em que acompanha o
rodopiar da varredura, a parecer querer que não se finde, para que não se
aperfeiçoe o completar do sentir... então os sentimentos se compreendem, apesar
de não ser simples, pois são como tinta de nanquim...
Biografia:
Marilina, nascida Baccarat, descendente de
francês, nasceu em Paulo-Capital.
Musicista com especialização em órgão pela Universidade Columbia em New York.
Colunista da revista Varal do Brasil.
quarta-feira, 13 de outubro de 2021
Fracassar Jamais
Fracassar, Jamais
Fracassos
podem tornar impossíveis,
Se caminharmos
pelas conquistas,
Com certeza, tudo sera
plausíveis,
Na
vida somente há vitórias.
Marilina Baccarat
As conjunturas irrompem o fracasso,
para fazer, da natureza da vida, conquistas, que desejamos...
Os caminhos, simplesmente, não são,
apenas, o que concebem de nós mesmos. Mas, o que desejamos ser, no íntimo de
nós próprios...
Esse é o princípio da nossa existência,
dentro de nossa essência...
Nas caminhadas da vida, não há
angústia, muito menos fracasso, se soubermos caminhar, olhando para dentro de
nós mesmo, com o olhar no horizonte...
As ansiedades então, estarão lançadas e
entregues ao determinismo de nós outros, que podemos tornar possíveis ou
impossíveis as nossas iniciativas...
Essa aleatória é o livre-arbítrio, com
relação aos nossos passos, por onde andamos. Mas, somente o acaso é quem vai
decidir...
Ficamos aparvalhados, quando queremos
triunfos e o frustrar-se não nos deixa caminhar livremente, rumo às usurpas...
Não escolhemos nossas trilhas pela vida
afora, são elas que escolhem a nós. O atalho que devemos tomar, nosso eu,
sempre ele, é quem nos dirigirá, por essa ou aquela azinhaga..
Estamos, sempre, procurando as melhores
veredas e, muitas delas, não aparecem, ficam em um canto qualquer de nós
mesmos, até que, um certo dia, resolvem aparecer...
Mas, a cada dia, vemos que as sendas estão
mais libertas, aparecem em nossa frente, sem que queiramos...
Quando surgem nossos sucessos, muitas
vezes, mudamos o nosso logradouro, queremos agir diferente daquilo, que está
dentro de nossa essência...
Começamos, então, a enxergar, somente,
o fracasso em nossas andanças. Tanto que, às vezes, não nos reconhecemos...
Quem sabe, talvez, o que tenha mudado
não tenha sido nós, mas, a forma como enxergamos, hoje, o desprovido, dentro de
nossos acontecimentos...
Mas, temos plena consciência de que o
nosso bem-estar, nossa integridade dependem, unicamente, de nós mesmos e não do
fracasso de nós...
Hoje, sabemos que as conquistas, muitas
vezes, estão, realmente, escondidas em algum canto de nós mesmos. Estamos à
espera delas, por nossa conta e risco...Temos que ter a calma, como o sol, que pacientemente,
espera pelo alvorecer....
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Enquanto Espero o Sol" página 135