quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Posse na Academia Francesa

MARILINA BACCARAT DE ALMEIDA LEÃO, TOMOU POSSE COMO EMBAIXADORA CULTURAL, NA LUMINESCENCE ACADÉMIE FRANÇAISE DES ARTS LETTRES ET CULTURE, EM 15/10/2018 COMO ACADÊMICA E EM 13/09/2019 COMO EMBAIXADORA. 

No Presente

Aqui no presente
                                                                                                 Nas esquinas do presente,
                                                                                                         Cá existem histórias,
                                                                                                           Quando nos faz coerente,
                                                                                                                  Dando-nos as vitórias.
                                                                                                                           rilina Baccarat


 Virando as arestas do contemporâneo, percebemos que é um outro mundo, muito diferente das quinas, que volvemos no passado... Percebemos, então, que por elas passam pessoas, que, iguais a nós, se cercam de sombras, dentro de seus pensamentos, não compreendem, seu transcender no presente, pois não sabem enxergar, nas entrelinhas, suas maneiras de entender o tempo atual...
Essa gente passa parte da vida perdida, nos cunhais do passado. Dividem seu transposto com o mundo da realidade, onde tudo parecia ser sonho... Histórias, que os levaram a dobrar certos cantos e, assim, experimentaram e sentiram o acertar no presente...
 São momentos tão diferentes das esquinas, que dobramos no atravessado, que ficaram gravadas em nossas memórias para sempre... Vértices diferentes, as quais contornamos, agora, no atual presente... As curvas do passado, passamos tão rápido que não nos damos conta do tempo..., tantos fatos aconteceram e, ao mesmo tempo, parece que foi ontem, em que contornamos esses cunhais..., atravessando o tempo, até chegarmos ao moderno período, em que vivemos...
Quando falamos do passar da época, sentimos que a vida se assemelha a um filme em câmara lenta, uma longa-metragem, que não vai ter fim... Mas, com certeza, fazem parte de nossas vidas, é um somatório de recordações, do que fizemos e do que aprendemos com a vida... Somos o ontem, carregamos suas marcas deixadas em nós, seus perfumes, suas doçuras. Trazemos, em nós, tudo o que nos aconteceu e até o que nunca vimos, mas, sentimos... Mas, para nós, o nosso tempo é de muitas ementas, pelas quais passamos. O nosso tempo é o amanhã, por isso, guardamos, em nossas memórias, tudo o que já passou...
 Queremos impregnar, em nós, o que fomos, o que tivemos e, assim, seguirmos leves, pelas esquinas do coevo, sempre, sem nunca esquecermos do acontecido, que foi uma longa-metragem, quando volvemos nossos olhares para trás... Claro que temos ansiedades, que ainda não conseguimos expurgá-las, são muitas tristezas, que gostaríamos de esquecê-las... Vamos para o nosso futuro, carregados de boas recordações, pois, elas nos levam, como plumas, a voar para além das nuvens, sem que esqueçamos as vísporas, que um dia suportamos...
 Nosso caminhar é o virar dos vértices, mirando um mundo do intangível, em outro, chegamos até o passado, lembrando da infância... Nas arestas da vida, não há conclusões, pois, tudo já ficou no passado, apenas, perguntamos, questionamos, como no voo de um pássaro, que chega pelos cantos das recordações...
 E nós conciliamos nossos olhares do passado, aguçados em nossas mentes, salvando-nos da consternação... Recolhemo-nos nelas, procurando, dentro delas, as passagens, que nos foram bastantes agradáveis, pois nos salvaram das esquinas incertas, que ficaram lá, bem distante, em um transcorrido, que não volta mais...
 No silêncio, continuamos atravessando as quinas do tempo recente, como uma chuva, que cai de mansinho a nos preencher de nós mesmos... Continuamos, seguimos, volvendo aos cunhais, pois nem mesmo os solitários, que nunca voltaram seus olhares para trás, não deixaram de dobrar as perfeitas arestas do passado...
Não importa onde estejamos, em que trilha, agora, andamos, no tempo hodierno. As esquinas, em que passamos, estarão, sempre, junto à nós, mesmo que nos levem para outras paragens... As quinas do tempo foram feitas para, por elas, passarmos, não importa se são pontas rotineiras, do passado ou do presente. Somos um ser despreparado para aceitar a vida sem recordações: – Juntá-las será sempre o nosso querer...
 Nunca soubemos ficar sem nos lembrar das arestas do acontecido, queremos tê-las, sempre, bem lembradas, pois foi um passar-se que teve predicado... Como conciliar as esquinas, que já passaram, com a realidade do recente, sem poder lembrar-nos delas, que, em um certo dia, passamos...
Há pessoas, que não querem se adaptar às intempéries da vida, não querem se lembrar das esquinas pelas quais passaram. O vento levou-as a se esconder, atrás dos cantos, não querendo lembrar do advindo...
Os vértices, em que volvemos na juventude, fazem-nos recordar de fatos delirantes, que fizeram com que fossemos felizes... Das arestas, por onde passamos, para seguirmos novos caminhos, novos mundos...
Há dias em que, contornando as esquinas do coevo, as recordações chegam com mais força. Em outros, menos, mas, somos felizes assim mesmo... Mas, lembrar o influído, caminhando alegre no contemporâneo, com o olhar voltado para o futuro, é querer continuar..., é dobrar as esquinas do tempo, no atualizado, vislumbrando, sempre, o herdado...

As esquinas da vida prática, do dia a dia, são passagens mágicas, pelas quais temos atração..., mas, seguir o presente, com os olhos bem abertos, é pensar em querer continuar, com orgulho...

Marilina Baccarat no livro "Vértices do Tempo" página 17
Editado pela Editora Scortecci- São Paulo-Capital


quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Marilina Baccarat lança mais um livro "Vérttices do Tempo"

Marilina Baccarat de Almeida Leão, lança mais um livro: -Vértices do Tempo, editado pela editora Scortecci, uma editora que, não imprime somente livros mas, sim, emoções

Aqui no presente




 Nas esquinas do presente,
 Cá existem histórias,
 Quando nos faz coerente,
 Dando-nos as vitórias.
   Marilina Baccarat


Virando as arestas do contemporâneo, percebemos que é um outro mundo, muito diferente das quinas, que volvemos no passado... Percebemos, então, que por elas passam pessoas, que, iguais a nós, se cercam de sombras, dentro de seus pensamentos, não compreendem, seu transcender no presente, pois não sabem enxergar, nas entrelinhas, suas maneiras de entender o tempo atual...
Essa gente passa parte da vida perdida, nos cunhais do passado. Dividem seu transposto com o mundo da realidade, onde tudo parecia ser sonho... Histórias, que os levaram a dobrar certos cantos e, assim, experimentaram e sentiram o acertar no presente...
 São momentos tão diferentes das esquinas, que dobramos no atravessado, que ficaram gravadas em nossas memórias para sempre... Vértices diferentes, as quais contornamos, agora, no atual presente... As curvas do passado, passamos tão rápido que não nos damos conta do tempo..., tantos fatos aconteceram e, ao mesmo tempo, parece que foi ontem, em que contornamos esses cunhais..., atravessando o tempo, até chegarmos ao moderno período, em que vivemos...
Quando falamos do passar da época, sentimos que a vida se assemelha a um filme em câmara lenta, uma longa-metragem, que não vai ter fim...
Com certeza, fazem parte de nossas vidas, é um somatório de recordações, do que fizemos e do que aprendemos com a vida... Somos o ontem, carregamos suas marcas deixadas em nós, seus perfumes, suas doçuras. Trazemos, em nós, tudo o que nos aconteceu e até o que nunca vimos, mas, sentimos... Mas, para nós, o nosso tempo é de muitas ementas, pelas quais passamos. O nosso tempo é o amanhã, por isso, guardamos, em nossas memórias, tudo o que já passou...
 Queremos impregnar, em nós, o que fomos, o que tivemos e, assim, seguirmos leves, pelas esquinas do coevo, sempre, sem nunca esquecermos do acontecido, que foi uma longa-metragem, quando volvemos nossos olhares para trás... Claro que temos ansiedades, que ainda não conseguimos expurgá-las, são muitas tristezas, que gostaríamos de esquecê-las...
 Vamos para o nosso futuro, carregados de boas recordações, pois, elas nos levam, como plumas, a voar para além das nuvens, sem que esqueçamos as visporas, que um dia suportamos...
Nosso caminhar é o virar dos vértices, mirando um mundo do intangível, em outro, chegamos até o passado, lembrando da infância...
Nas arestas da vida, não há conclusões, pois, tudo já ficou no passado, apenas, perguntamos, questionamos, como no voo de um pássaro, que chega pelos cantos das recordações... E nós conciliamos nossos olhares do passado, aguçados em nossas mentes, salvando-nos da consternação... Recolhemo-nos nelas, procurando, dentro delas, as passagens, que nos foram bastantes agradáveis, pois nos salvaram das esquinas incertas, que ficaram lá, bem distante, em um transcorrido, que não volta mais...
No silêncio, continuamos atravessando as quinas do tempo recente, como uma chuva, que cai de mansinho a nos preencher de nós mesmos... Continuamos, seguimos, volvendo aos cunhais, pois nem mesmo os solitários, que nunca voltaram seus olhares para trás, não deixaram de dobrar as perfeitas arestas do passado... Não importa onde estejamos, em que trilha, agora, andamos, no tempo hodierno. As esquinas, em que passamos, no passado, estará, sempre, junto à nós, mesmo que nos leve para outras paragens... As quinas do tempo foram feitas para, por elas, passarmos, não importa se são pontas rotineiras, do passado ou do presente. Somos um ser despreparado  para aceitar a vida sem recordações: – Juntá-las será sempre o nosso querer...
Nunca soubemos ficar sem nos lembrar das arestas do acontecido, queremos tê-las, sempre, bem lembradas, pois foi um passar-se que teve predicado... Como conciliar as esquinas, que já passaram, com a realidade do recente, sem poder lembrar-nos delas, que, em um certo dia, passamos... Há pessoas, que não querem se adaptar às intempéries da vida, não querem se lembrar das esquinas pelas quais passaram. O vento levou-as a se esconder, atrás dos cantos, não querendo lembrar do advindo... Os vértices, em que volvemos na juventude, fazem-nos recordar de fatos delirantes, que fizeram com que fossemos felizes...
Das arestas, por onde passamos, para seguirmos novos caminhos, novos mundos... Há dias em que, contornando as esquinas do coevo, as recordações chegam com mais força. Em outros, menos, mas, somos felizes assim mesmo... Mas, lembrar o influído, caminhando alegre no contemporâneo, com o olhar voltado para o futuro, é querer continuar..., é dobrar as esquinas do tempo, no atualizado, vislumbrando, sempre, o herdado...
As esquinas da vida prática, do dia a dia, são passagens mágicas, pelas quais temos atração..., mas, seguir o presente, com os olhos bem abertos, é pensar em querer continuar, com orgulho...

Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro Vértices do Tempo página 17