quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Texto de Marilina Baccarat no blog "Pure Stayle"

Um poema que gosto muito da poetisa Marilina Baccarat de Almeida Leão 
no livro Colorindo a Vida:

Há quem diga que sonha em preto e branco, outros, que sonham colorido.
Sonhar colorido é muito mais interessante, pois tudo fica mais bonito...
Os sonhos estão aí para definir a vida em cores...
Os otimistas e sonhadores sempre vão dizer que a vida é colorível, mesmo 
que os sonhos sejam brancos e pretos...

A forma, pela qual todos veem a vida, não muda nada, o importante é que 
todos possam tornar a vida colorível, porque o que sonham, seja preto  e 
branco ou colorido, não importa...
O que realmente é importante são os acertos, para que a vida se torne 
colorida...Temos que viver colorindo a vida do nosso jeito, isto é, fazer 
com que a vida seja colorível. Assim, seremos  mais felizes..

A vida é muito mais que a exatidão de um preto e branco... 
Vai muito além da importância de torná-la colorida... 
Ela é uma dádiva e, viver plenamente,é um presente irrecusável, 
assim como é colorir um desenho...

Muitos diriam que, definir a vida em cores, para eles, ela seria 
preta e branca...Essas pessoas são muito calculistas, não se 
interessam muito em colorir a vida...
Os pessimista diriam que a vida é cinza, não haveria graça em tentar 
colori-la...
Mas os otimista e sonhadores diriam que a vida é para se colorir,então 
ela é colorível...

Podemos seguir nosso caminho, logo, podemos deixar, junto a estes 
caminhos,uma vida colorida...
Não é porque o papel é branco que deve permanecer branco...
As folhas brancas estão aí para serem coloridas... 
E assim é a vida, colorível...
Com os sentimentos de amor vem a bondade, a alegria e a vida se 
torna branda,bem colorida...São sentimentos que fazem com que a vida 
seja colorível...

A vida ganha cor para que possamos apreciá-la, para não olharmos para 
ela e nos sentirmos amargos e infelizes, pois as cores trazem a felicidade...
Se os nossos sonhos forem em preto e branco, devemos fazer com que 
a vida seja muito mais que em preto e branco...

Devemos dar cor à vida, porque ela á colorível... 
E ser colorível  é  poder  ter a oportunidade de colorir a vida...



Beijos, Beijos 

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Saudade


Poderia lembrar uma partida, uma dor, brisa fria, contudo, sou a saudade, que fica na lembrança. Posso ser branda e, também, como um vapor de luz, que passa, rapidamente, deixando, na lembrança, a saudade de alegrias ou de tristezas. Sou conhecida de muitos e desconhecida de alguns, porém, sou aquela, que habita em seu coração, deixando um rastro de lembrança, de tristeza ou de alegria, que ficou lá atrás. Sou confiável, entretanto, depende de quem eu habito... Posso vir escura, em sombra fria e, talvez, você nem queira me conhecer, mas, posso lhe guiar pelas lembranças do passado, que, em desertos sem sol, abafados, trazem lembranças. Sou a saudade, talvez seja um bom nome para me dar. Quando viajo pelas recordações boas, como saudade de um amor, que ficou na lembrança, todos me aceitam. Mas, quando entro em lembranças de tristezas, ninguém quer me conhecer. Contudo, quando a minha viagem for na memória de uma menina, venho travestida de fada, anjo, ou faço melhor, envio um príncipe encantado e as lembranças serão como ela imaginar, como possa pensar... Quando a minha viagem for nas lembranças de um menino, envio-lhe uma pipa, para ser levada pelo vento e ele se alegrará!
 Quando eu viajar nas lembranças de uma adolescente, virei travestida de sonhos, que vão aflorar a mente daquela jovem... Mostrarei, em suas lembranças, sonhos, que ficaram, quando ela se achava parecida com a Cinderela e perdia o seu sapatinho de cristal pelas escadarias do palácio...
 Ninguém nunca conseguiu determinar como sou e o que vem depois que chego ao caminho das lembranças, na mente de alguém. Algumas vezes, trago lembranças alegres, de festas de noivados, lindas, maravilhosas! Festas de aniversários de quinze anos, com a valsa dançada com o pai. Essa, sim, eu, com certeza, ficarei em sua memória...
Mas, em outras vezes, sem eu querer, posso trazer tristeza de alguém, que partiu e eu fiquei em suas lembranças... Nessa hora, sou a visita menos querida e sempre chego na hora errada, meu trabalho é pesado, não acho ser um castigo, o encaro como uma missão sem fim e, até no fim dos tempos, estarei em todas as lembranças. Sou assim, não gostaria, mas existo em quase todas as lembranças... Sou aquela, que faz renascer todas as lembranças, sejam de alegrias ou de tristezas. Seja do passado ou do presente... Estou na terra desde o começo dos tempos e ninguém, jamais, conseguirá determinar como sou e o que vem depois que chego ao caminho final. Ou seria o início de um novo?...
 Sou aquela, que se intromete em suas lembranças... Sou a Saudade!

Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Viajando nas Lembranças" pg.33

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

A mente reescreve

Às vezes, a mente reescreve as memórias, numa tentativa de fazê-las mais próximas dos sentimentos, que carregamos, dentro do nosso “Eu”... Logo, vemos-nos com lembranças imaginadas por nossa mente e as verdadeiras são relegadas a um espaço vazio, onde só há sombra... É desta forma que, muitas vezes, o nosso “Eu” sobrevive às saudades, aos medos e muitos outros sentimentos, que habitam em nós... Todo o mecanismo do nosso corpo nos diz isso... Somos feitos para fugir, para atacar, para amar... Para tentar sobreviver a qualquer custo... Somos criaturas, relativamente, simples, conhecemos o mais profundo do nosso “Eu”, seus possíveis riscos e, nesse fundo insondável, mudamos nossas reações... O nosso “Eu” nos presenteia com a intuição daquilo, que tem o poder de quebrar os grilhões de sentimentos torpes, que moram em nosso “Eu”... Se voltarmos o nosso olhar, para dentro de nós mesmos, vamos relembrar de cenas, que fazem o tempo parar de correr, que fazem com que esqueçamos tudo, à nossa volta... Viagens, que podemos relembrar mil vezes e voltar atrás e revivê-las, novamente...
Não haveria outra forma de viagem, outro jeito de imaginar como seria o nosso “EU”, se não pudéssemos vivenciar tudo, mas, tudo mesmo, como uma viagem sem fim... Escorregar para dentro de nós, pois, do contrário, não seria o nosso Eu a sentir... É como se estivéssemos em uma estação, à espera do trem, que nos levaria para dentro de nós mesmos... A mala, onde carregamos as recordações, o perfume, o som das vozes, na estação... Então, é quando tudo se faz silêncio e somente uma luz, acesa, nos lembra que estamos na estação e não há mais ninguém... Só nós, com os segredos de viagens, que levaremos para dentro de nós mesmos, no silêncio... Só nós e nossos segredos... Nosso “EU”, a nós, pentence, não haverá heideiros para as recordações, que há dentro dele... Uma pequena ponte nos levará até ele... Ela se oferece a nós, larga, aberta para que possamos entrar, e, no entanto, falta-nos a coragem, mesmo que fosse só para sentirmos um pouquinho da nossa essência, que habita em nós... A abertura oferecida. A possibilidade de irmos... Vamos dar o primeiro passo, para atravesá-la, em direção ao desejo de sentirmos, bem de perto, o nosso “EU”... Embora a porta aberta nos convide a entrar, parece que algo nos segura, como se ferros houvesse em nossos pés, a adentrar... Se não formos, não saberemos... Se ficarmos, não seríamos o “EU” de nós...
 Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "O EU DE NÓS"



Então, deixei os momentos irem, como pássaros que voam livres no verão e se protegem do frio no inverno... Deixei o passado cair como as folhas de uma árvore no outono, mas , tenho certeza de que na primavera elas voltarão... Voltarão como lembranças e assim, deixarei brotar o presente, tal qual as flores, florescendo e espalhando o seu perfume... Enfim, esperarei o futuro chegar, assim como os pássaros esperam o verão para voarem livremente,  e os bulbos entumecidos  que esperam a primavera para florescer e exalar o seu perfume. Assim somos feitos... Passamos pela  vida, que é feita de passado, presente, futuro, momentos, lembranças, verão, invernos, primaveras e outonos.
Marilina Baccarat (escritora brasileira) no livro E a vida tinha razão



quarta-feira, 5 de dezembro de 2018



A situação em que o mercado editorial está passando, levou-me a fazer esse vídeo.
Muitas livrarias fechando, editoras dispensando os melhores funcionários, para contratar outros com menor salário. A crise em que o Brasil se encontra é grande. Então eu convoco todos vocês, a entrar em uma livraria e comprar livros. Deem de presente neste natal, livros, assim, estaremos ajudando, para que o livro não morra, mas sobreviva a essa crise.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

O nosso Eu


Não haveria outra forma de viagem, outro jeito de imaginar como seria o nosso “EU”, se não pudéssemos vivenciar tudo, mas, tudo mesmo, como uma viagem sem fim... Escorregar para dentro de nós, pois, do contrário, não seria o nosso Eu a sentir... É como se estivéssemos em uma estação, à espera do trem, que nos levaria para dentro de nós mesmos... A mala, onde carregamos as recordações, o perfume, o som das vozes, na estação... Então, é quando tudo se faz silêncio e somente uma luz, acesa, nos lembra que estamos na estação e não há mais ninguém... Só nós, com os segredos de viagens, que levaremos para dentro de nós mesmos, no silêncio... Só nós e nossos segredos... Nosso “EU”, a nós, pertence, não haverá herdeiros para as recordações, que há dentro dele... Uma pequena ponte nos levará até ele... Ela se oferece a nós, larga, aberta para que possamos entrar, e, no entanto, falta-nos a coragem, mesmo que fosse só para sentirmos um pouquinho da nossa essência, que habita em nós... A abertura oferecida. A possibilidade de irmos... Vamos dar o primeiro passo, para atravessá-la, em direção ao desejo de sentirmos, bem de perto, o nosso “EU”... Embora a porta aberta nos convide a entrar, parece que algo nos segura, como se ferros houvesse em nossos pés, a adentrar... Se não formos, não saberemos... Se ficarmos, não seríamos o “EU” de nós...
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "O Eu de Nós"

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Divulgando Livros e Autores da Scortecci: Entrevista com Marilina Baccarat de Almeida Leão -...

Divulgando Livros e Autores da Scortecci: Entrevista com Marilina Baccarat de Almeida Leão -...: Marilina Baccarat de Almeida Leão Descendente de franceses, a escritora nasceu em São Paulo, Capital, onde viveu sua infância e juventu...

https://portaldoescritorscortecci.blogspot.com/2018/8/entrevista-com-marilina-baccarat-dehtml

https://portaldoescritorscortecci.blogspot.com/2018/8/entrevista-com-marilina-baccarat-dehtml

 

Book trailer do livro O EU DE NÓS, de Marilina Baccarat de Almeida Leão

Fases da vida


Somos  pessoas felizes por ter vivido bem cada etapa da nossa vida... De cada uma delas, saindo mais rica e mais forte, mesmo através do sofrimento... Algumas vezes, trôpegas, com vontade de desistir... Noutras, eufóricas, querendo permanecer, para sempre, em alguma fase vivida... Mas, seguindo em frente... 
Mesmo assim, por isso mesmo, aprendemos que tudo passa... O tempo não passa sozinho no relógio e na contagem desenfreada dos dias... Passa, tão rápido, e com ele passamos nós e tudo o que vivenciamos em nossa caminhada... Tentamos validar nossas experiências, a cada decisão tomada, a cada ação desenvolvida... Porque é preciso não perder o objetivo e esse objetivo é justamente saber usar todo o tempo que foi vivido, o conhecimento adquirido, a luz que não se apagou, que são os anos vividos e que carregamos... Tenhamos vinte, trinta, quarenta, cinquenta, sessenta, setenta, oitenta, noventa, cem anos, o que não é difícil chegar...ou mais, quem sabe... Pois, toda idade receberá, da vida, sua bagagem de informação. E o entrosamento, dessas noções, formará o Eu de Nós... Respeitar e procurar entender as razões de cada idade. Pois cada uma é diferente; se não reverenciarmos, não seríamos o Eu de Nós, pois, cada passagem da vida, é dessemelhante, assim como são as pessoas...

Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro   "O Eu de Nós" página 15.
Esse livro poderá ser adquirido nas seguintes livrarias:

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livraria asabeça.com.br
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sábado, 17 de novembro de 2018

Coisas boas Pedem férias


A medida que os anos passam a nossa bagagem vai aumentando, pois há muitas coisas que vamos colhendo pelo caminho de nossas vidas. Muitas preocupações e medos que angustiam. Porém, em um determinado ponto, fica insuportável carregarmos tantos problemas. Se insistirmos em viver alucinadamente, ou teremos um colapso ou a vida simplesmente vai passar despercebida. E qual é o verdadeiro propósito de tanta correria? Chegou a hora de escolhermos o que realmente preferimos carregar. Coisas boas pedem férias... Muitas vezes não podemos escolher o que tirar de nossos caminhos, mas podemos parar ao menos por algum tempo e transformar nosso dia em um dia ensolarado. Embora pareça pouco um tempo pequeno, que pede férias, já é suficiente para desacelerar o nosso coração. E, reduzindo o ritmo, recupera-se a energia. Coisas boas pedem férias... Esvazie a mente de todas as preocupações e medos que a angustiam. Sempre estamos com pressa, achando que algo que temos a fazer é mais importante. O tempo passa e assim não temos tempo para pensar na beleza das flores, no azul do céu... Pensamos: isso não tem importância, afinal, como todo minuto é sagrado, o melhor é nos dedicarmos aos negócios... Seguimos sem quase nem respirar direito, quando chegamos ao ápice do estresse, até tentamos pisar no freio e mudar alguns hábitos, mas já é tarde... 
Até que o corpo grita por socorro e, então, caímos doentes. Será que valeu a pena tanta correria? Experimentamos pouco a gratuidade dos fatos e só decidimos olhar o mundo com outros olhos, quando já desperdiçamos grande parte da vida...
Muitas vezes, precisamos descansar, pois coisas boas pedem férias. Soltar os ombros rígidos e não pensar em nada... Claro que sempre temos algo importante para fazer, mas isso não significa que devemos nos atropelar com tantos problemas. Todo mundo é capaz de reduzir as pressões do cotidiano, antes de adoecer, basta querer. Precisamos tirar férias... Mas será que descansar a mente da rotina é o suficiente para relaxar? Será que viajar representa sossego, a maior parte do tempo? É hora de escolher o que de fato você prefere carregar consigo, angustias, problemas, ou prefere refletir e pensar? Pensar é diferente de refletir. O pensamento fica dando voltas no mesmo lugar e só faz alimentar a angústia. A reflexão é calma, visa focar nas soluções... A vida não para e é preciso fazer escolhas. Mas o que tirar do caminho? ...Amizades, respeito ao próximo, nada disso atrapalha o seu caminhar, esses sentimentos só nos fazem bem. Temos que tirar de nossos caminhos a raiva, a incompreensão, o medo, o pessimismo e o desânimo. Coisas boas pedem férias... Na bagagem, no lugar das coisas ruins, você poderá colocar a esperança, a coragem, a tolerância... Leve consigo somente os bons sentimentos, aqueles que lhe levantam e deixam o seu dia colorido! Se prestar atenção e fizer um ligeiro retrospecto em sua vida, vai perceber que já passou por algumas situações em que se exasperou, não encontrava soluções para os problemas. E quando deu por si, os problemas, de uma forma ou de outra, já haviam se resolvido, sem sua interferência...   
nossa vida vai, aos poucos, se ajustando e encontrando soluções para tudo. Coisas boas pedem férias, portanto, tire férias das emoções que paralisam seus dias e deixe o que lhe causa dor e sofrimento para trás... Dê um tempo para você... Confie...

Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Colorindo a Vida" página 22,

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Quando todos se calam


Quando se calam todas as vozes, reflito sobre
mim, sobre o que me rodeia; sobre o que me faz rir
e, também, sobre o que me entristece.
É possível ouvir as palavras, que o coração
murmura, gosto de ouvir essas palavras. Olho no espelho
e me vejo. Não consigo fugir de mim mesma.
Descubro algumas de minhas qualidades, de meus talentos,
de meus dons. Não há como me esconder das
minhas dores e limitações. Não existem aparências,
não há posições sociais.
O valor das vozes, que me rodeiam, costumam vir
carregadas de verdades e leveza. O que é realmente importante
para mim? O que realmente me é edificante?
Gosto do meu silêncio, que está sempre comigo.
Amo as pessoas, que são colocadas na minha vida, mesmo
que sejam por breve tempo, são pessoas especiais!
Marco distâncias, planejo e organizo sonhos.
Chego a pegar carona nas asas da imaginação. Vou
longe e essas pessoas me acompanham nos sonhos,
até onde minhas asas alcançarem.
Escuto, ouço o meu silêncio, dizendo-me o que
fazer, por onde seguir, o que ser e o que devo mesmo
sonhar. Na voz do silêncio, encontro a direção certa.
Quando todos se calam, é o meu silêncio que me dá
forças para vencer os obstáculos e escalar montanhas.
Quando a noite chega, quando todos se calam,
sobram o meu silêncio e eu. Livres de qualquer barulho
insensato e desmedido, carregado de ilusões...
Não há mais ninguém.

Marilina Baccarat de Almeida Leão (escritora brasileira) no livro   "Escalando Montanhas" página 20

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Prejulgamento



   O prejulgamento é uma das atitudes mais perniciosas que o ser humano eventualmente possa ter, pois antecipar um fato fazendo um prejulgamento pode ser danoso, e, muitas vezes, pode trazer consequências e sequelas irreversíveis. Mas, muitas vezes, os julgamentos só existem na cabeça do prejulgador, criando, assim, uma tempestade em copo d’água.
      A melhor forma de não fazer o prejulgamento é manter sempre um comportamento transparente, que, somado com a humildade, empatia e respeito pelo próximo, jamais iremos prejulgar.
      Muitas vezes, fico irritada com certos prejulgamentos. Pessoas pensam que são melhores e mais inteligentes que outras, só porque incluem, em seu currículo de leitura, autores consagrados. Confesso que gosto muito de ler José de Alencar, Machado de Assis e gosto também de Jorge Amado, mas não podemos contestar e ter preconceito contra quem tem gosto diferente e prefere ler algo mais leve e não clássico.
      O poeta Oscar Wilde (1854-1900) disse: “não existem livros morais ou imorais”. Se você sentir vontade de ler palavras de autoajuda, romances, água com açúcar, leia. A leitura, antes de mais nada, deve proporcionar prazer ao leitor! Apontar o dedo ao próximo é fácil demais; difícil é se colocar no lugar dele, tentando saber as razões e motivos que o levaram a exercer tais ações.
      Assim, antes de fazer qualquer julgamento, é preciso pensar  e repensar muito.
      Fomos ensinados que somente os títulos clássicos deveriam ser lidos e até mesmo cultuados. E devem ser mesmo, afinal eles agregam conhecimento. Mas quem disse que outros gêneros literários são inválidos?
      É um erro crasso pensar que estamos no pódio para sempre...
     Já perceberam a quantidade de julgamentos e prejulgamentos, que fazemos o tempo todo, sem nos darmos conta?
    Como se isso fosse normal.Triste, não?  Pior ainda é ter a ilusão de que, só por estar no pódio, temos o direito de prejulgar alguém. Ledo engano. Importante na vida é atender ao próprio gosto. Se for do seu interesse ler outros gêneros, leia. Claro que eles valem! O seu gosto é o que importa...
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Escalando Montanhas" página 46   




terça-feira, 6 de novembro de 2018

COmeçar de Novo


Mudar nosso estilo de vida e a maneira de pensar é muitas
vezes difícil, mas não impossível... Mudar ou recomeçar
alguma coisa, geralmente, nos abala. A rotina, de certa forma,
nos dá segurança. Afinal, conhecemos os caminhos, os atalhos,
os desvios, as curvas a serem evitadas.
A expectativa de iniciar uma nova etapa nos faz sofrer,
temer, duvidar... Chega até a nos angustiar. Porém, a vida nos
impõe recomeços, simplesmente, porque ela desabrocha por
todos os lados e a todo instante. E avançar é preciso!
Um trecho de uma música de Ivan Lins diz: “Começar
de novo e contar comigo. Vai valer a pena ter amanhecido. Ter
virado o barco, ter me conhecido”. Portanto, devemos fazer da
decepção um caminho novo; da queda, um passo de dança; da
procura, um encontro.
Mudar nosso estilo de vida e a maneira de viver, com a
ajuda de alguém, seria ideal. Mas se pudermos começar de novo,
com nossas próprias pernas, vai valer a pena. Esquecer mudanças
que nunca dão certo não é o verdadeiro caminho. Podemos recomeçar com impulso, tal qual uma fonte jorrando água cristalina.
Devemos desenvolver o que já temos e produzir coisas
novas, sem medo de mudar, crescer e ir além.
Não podemos ficar presos ao passado, com receio de
nos abrirmos para o futuro. Somos feitos de rupturas, mudanças
e continuidades. Quando abandonamos de vez o alvo de
buscar mudanças, sentimos que deixamos de viver.
Viver é renovar sempre, é inovar, é se movimentar, é
recomeçar com verdadeiro sucesso. E vai valer a pena ter sobrevivido...

Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Colorindo a Vida" página 29

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

A música em nossa vida


Tudo na vida tem um fundo musical. A música faz
parte da vida. As lembranças, os momentos de uma pessoa,
não teriam sentido sem a música. Ela alegra a alma, acalma,
relaxa, até mesmo serve como um combustível diário, na
medida em que nos dá forças e esperança para crer em dias
melhores.
O que teria sido da nossa infância, se não houvesse
aquelas musiquinhas tão gostosas de cantar? E as cantigas
de roda? Como eram gostosas! Eram cantigas que ficaram
gravadas para sempre em nossa memória. Até hoje, adoro
o canto do bem-te-vi, porque, na infância, eu cantava
a musiquinha do canto desse passarinho tão interessante.
Quando o escuto cantar, tenho a impressão de que ele está
me vendo!
A música altera nosso estado de espírito. O corpo
reage às vibrações dos sons, que despertam emoções, que
interferem em nosso organismo. Sempre há, em nossa memória,
uma música que ficou guardada, decorando esses
momentos particulares. Charle Darwin (1809 – 1882) chegou
a declarar que a fala humana não antecedeu a música,
mas, sim, derivou dela.
A música é usada para exteriorização de alegria, prazer,
amor, dor, religiosidade e os anseios da alma. Quando ela é
suave, nos acalma e nos transporta a outro mundo!
Os poetas se inspiram na música para que sua poesia
nos toque a alma. Canções compostas por grandes músicos
nos levam às lágrimas.
E nós carregamos, dentro de nós, um instrumento
que nos foi dado gratuitamente, que é a voz. Portanto, cante,
expresse os seus sentimentos através da música. A música é
uma inspiração de vida, uma forma de expressão dos nossos
pensamentos. Ela se faz presente em todos os momentos de
nossa vida. Que assim, possamos abrir as portas dos nossos
corações e deixar a música invadir o nosso ser. Como os poetas,
que expressam, na música, as grandes melodias da alma...

Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Colorindo a Vida" página 25.
Esse livro poderá ser encontrado aqui:
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quinta-feira, 1 de novembro de 2018

A Ponte do Coração


Ao atravessarmos a ponte do coração, precisamos
nos sentir livres, fortalecidos o bastante, para
podermos superar a difícil travessia da ponte...Precisamos
ter intrepidez, deixar que a luz percorra todo o
nosso caminho, para que percorramos a travessia da
ponte do coração, revitalizados de nossas emoções.
Onde estarão as lamparinas, que iluminarão o
nosso caminho, tão longo, que vamos trilhar?
Precisamos vasculhar o nosso ser, onde se encontram
as nossas emoções, para que os nossos sentimentos
não adormeçam. Temos que deixar, para
trás, mágoas, tristezas, sofrimentos, que fazem com
que o nosso coração sofra. Ao atravessarmos a ponte,
só haverá alegria, tudo se renovará. Carregaremos
conosco, somente, coisas boas, que nos fazem felizes,
que nos vão deixar mais maduros, mais experientes.
Claro que, ao atravessarmos a ponte, seremos
açoitados, emocionalmente, mas, é só não lembrarmos
das magoas, pois, se assim o fizermos, estaremos
revivendo esse sentimento. Não sejamos inseguros, ao
atravessarmos a ponte, pois, do outro lado, as emoções
se renovarão, pois, só haverá alegria, paz e harmonia.
Temos que nos tornar doces, esquecer os sofrimentos,
do contrário, nos tornaremos amargos, desconfiados.
A ponte poderá estar escura, mas, caberá a nós,
acendermos as lamparinas e trazermos, de volta,
toda a esperança de boas experiências...Onde estão
as lamparinas? Estiveram, sempre, ao nosso lado, nós
é que não notamos...Temos que descortinar os nossos
olhos e abrir o coração para o novo, para novos
horizontes...Superar os medos e ir em busca de novas
alegrias,pois, todos nós somos merecedores de uma
nova chance.
Acendamos as lamparinas, atravessemos a ponte,
com altivez, para superarmos todos os medos. As
barreiras podem ter sido criadas por nós mesmos e
foram confundidas com obstáculos, que nos fizeram
tropeçar muitas vezes.
Atravessemos a ponte desbragadamente... Sejamos
felizes, ligando o nosso coração ao coração do
mundo em que vivemos...

Marilina Baccarat no livro "Atravessando Pontes" pg.192
Esse livro poderá ser encontrado nas seguintes livrarias:
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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Ontem e Hoje


Ontem e hoje.


Dentro de nós há muitos sentimentos que tentam se entender
emtre si. Há o fascínio pela vida, pelos filhos, pelas amigas.
Por termos a esperança, como um dos sentimentos,temos
fé em dias melhores...Isso não é conformismo, pelo contrário,
é um gesto de fé, nessa vida arredia, que insiste sempre em
nos surpreender.
Mora em nós o sentimento de querer amar, no sentido
dessa busca de harmonia com tudo e com todos que tanto
amamos.
Há um sentimento que quer correr atrás do tempo perdido,
descoberto só agora, coisas maravilhosas que podemos
fazer. Mas de alguma forma voltamos com forças, muitas vezes
pequenas, mas se lutarmos, conseguiremos torná-las grandes.
Há muitos sentimentos, em nosso ser,mas muitos morreram
ao longo do nosso caminho,morreu o sonho de voar,
aquele que fazia questão de dormir mais cedo para voar e sonhar!
Morreu a saudade, pois a fé faz com que saibamos conviver
com ela.
Só não morreu o sentimento do amor, que é um sentimento
nobre, que nasce e se cria para convergir no mesmo
caminho, rumo ao mesmo destino. Conhecendo muito
bem o amor, nada nos surpreende no mundo. Temos que
ter passos mais lentos, mais prudentes, mais seguros, porque
quando, em nossa inocência da juventude, nos atiramos para
a vida, os cacos são mais difíceis de se juntarem. O amor quer
soluções simples, mas muitos não se movem para buscar essas
soluções.
Temos que acreditar,porque muitas vezes nasce a desesperança,
mas lá no fundo, somos fortes como um chão batido
e pisado, que ficou assim justamente por estar batido e pisado.
Queremos, muitas vezes, deitar em uma sombra e ouvir
o silencio, ouvir o leve assovio do vento nas folhas, a canção
das folhas agitadas entre si. Acompanhar a dança e o destino
dos grãos de poeira correndo junto com o vento.Esse sentimento
quer brincar com o tempo, ao mesmo tempo em que
acompanha o grão de poeira.
Gostaríamos de juntar todos os sentimentos, mas eles
já conversam entre si, fazem concessões, radicalizam às vezes,
mas no final, sentimos que o diálogo está estabelecido.Há os
sentimentos mesquinhos mas também há os compassivos.
O que nos entristece são os sentimentos, que já morreram
e deixaram um espaço vazio entre os sentimentos de hoje.

Marilina Leão no livro "Colorindo a Vida" página 42

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

O fermento da Vida

O fermento da vida.

Estamos no Outono, estação em que os lírios, que estavam
adormecidos, surgem. Dizem que o lírio é a flor perfeita
dos idílios. Então se o lírio é a flor perfeita dos romances, o
amor tem que ser sagrado. Ele tem que ser perfeito para sempre,
até a eternidade...
Os pessegueiros também têm a sua florada nessa época
de outono. Quando é chegada essa época, não há seca ou
chuva que os faça desistir de florescer. Em outras estações,
eles ficam sem folhas, simplesmente adormecem para esperar
o Outono chegar...
Bom seria se tivéssemos essa serenidade na alma, a calma
que os lírios e os pessegueiros têm para esperar a estação certa.
Serenidade para aceitar o tempo e o medo de cada passagem.
O outono é o renovar da esperança em cada novo dia,
é a alegria que surge assim como surgem os lírios e os pessegueiros...
A festa dessas flores, que vem com o Outono, é o
que liga a serenidade e a alegria, como o fermento da vida. Se
agirmos com a serenidade, que há nos pessegueiros e o amor
que há nos lírios, teremos o verdadeiro tesouro, que é o contentamento,é a alegria...
Nosso contentamento deve ser tal qual o dessas plantas,
que têm a serenidade de ficarem adormecidas por longo período,
para florirem no outono...
Há tanto para comemorar: um dia para vencermos e
uma noite para amar. Há vida para se viver. É um novo tempo,
tempo de recomeçar, de levar adiante os velhos projetos, de
perceber que a alegria está aí, disponível para ser usada. Não
deixem que roubem a sua alegria! O certo é distribuir sorrisos,
gentilezas e ter serenidade, como os pessegueiros e os lírios
têm. Esse é o verdadeiro fermento da vida, que, se usado, vai
colorir a nossa vida, assim como os lírios e os pessegueiros
colorem o outono que está chegando...

Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Colorindo a Vida"

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Somos rio, somos mar


Somos rios e mares

É fácil, nos dias de primavera ou verão, deportar esse espectro das marés violentas, para as extremas fronteiras das nossas compaixões, pois somos como o rio, ele, também, tem suas lástimas...Suas águas são luminosas. Mas, quando o sol se afasta, ao findar do dia e o crepúsculo chega, com suas noites geladas, suas mágoas são profundas... Ele sente sua fragilidade, ao ver os barcos ancorados e tudo se torna nostálgico para aquele rio..
Assim, somos nós, sentimos a nossa debilidade,quando a gélida noite chega e nossos dós começam a mostrar-nos a triste cena da escuridão, em nossas vidas... Tudo, então, se torna mais difícil, somos tão frágeis quanto ao rio. Qualquer barulho, nessa obscuridade,transforma-  -nos em pedaços. Nossos corações se modificam em fragmentos de tristeza, pois a noite é melancólica...Somos como o rio, ele com suas águas estacadas e, nós, com nossos sangues parados em nossas veias, esperando a luz do raiar do sol...Assim como o rio, esperamos a luz tornar-se,então, nossa companheira, nossa amiga, nosso contraveneno...O rio e nós ficaremos com luminosidade até as tardes tornarem-se timidamente mais claras. Até que os pássaros comecem a cantar, despedindo-se do dia, que se finda...Livramo-nos, pouco a pouco, dos aniquilamentos, que se formaram em nossos corações, com a escuridão, sem a claridade das estrelas... Assim, o rio, também, se libera dos alagamentos e, na penumbra, espera o dia raiar...
Somos como o rio, com nossos olhares surpresos, mordazes, pareciam, certamente, que saíram diretamente do coração... Conforme a noite passava, procurávamos entender o que teria acontecido com o rio, pois tudo estava silencioso, somente o barulho dos barcos, batendo uns nos outros, quando passava uma rajada de vento...
Mas, ao amanhecer, suas águas começaram a se agitar, vindo com força da cachoeira. Então, os barcos, que, lá, estavam ancorados, começaram a navegar e tudo se fez novo, o dia e o rio...
Somos, também, assim... Quando o sol desponta no horizonte, iniciamos os nossos banzés, com nossas alegrias e sorrimos muito... O rio é belo e forte, com traços marcados e regulares, enquanto nós podemos dizer que somos atraentes, tal qual o rio e suas beiradas floridas...
Mas, somos, também, como o mar, que, em sua imensidão, recebe o rio com pompas e circunstâncias. Suas águas têm a cor da esmeralda, que representa a esperança... Ele tem a perspectiva de que o rio não falhe, que traga suas águas doces, para que se tornem salgadas... E o rio não pode falhar, quando desce pelo seu leito, com suas águas azuis e, ao se encontrar com o mar, a maravilhar nossos olhos, ao vermos a junção das duas águas. Uma parte azul, representando a calma, e a outra, cor da esperança, que é o que sempre desejamos...
Assim, somos nós, parte rio, outra mar, temos a calma, que nos acalenta, e a espera de sempre podermos alcançar o que desejamos... Quantas vezes, ficamos um bom tempo respirando fundo, ouvindo o reconfortante barulho da maré bater em suas pedras, como se estivesse tocando uma música, a nos acalentar, quando tanto precisamos de calma, para colocar nossos pensares em ordem...
Mas, quando suas ondas estão agitadas, nos remetem ao pavor, pois são gigantes e parecem querer engolir tudo, que encontra pela frente... Ele tem vontade própria... Sempre muda, uma hora está revolto, em outra, está tranquilo. Em certas horas, as marés resolvem mudar e, de fleumas, elas se tornam agitadas...
Assim como o mar, nós, também, mudamos com o tempo. Vamos deixando de escutar algumas pessoas, vamos selecionando as músicas, que queremos ouvir, onde queremos passear e nos divertir.... Mudamos nossa maneira de vestir-nos, o nosso modo de caminhar... Não nos importamos mais com as opiniões de quem não nos tem nada a acrescentar...
Transformamo-nos muito, adquirimos mais desenvoltura para tratar os assuntos, que a nós interessam. Escolhemos as trilhas, que devemos seguir, e com muito mais sabedoria... Por isso, somos como o rio e o mar... Conquistamos a nossa tão sonhada autossuficiência, assim como o mar e o rio usurpam as suas...
O rio tem a sua evolução, nasce calmo no alto da cordilheira e, ao descer, forma uma linda cachoeira, até desembocar em seu leito...
O mar, sendo imenso, evoluiu até aprender a conviver com suas maretas violentas, que, quando estão encapeladas, provocam o mar, para que ele fique agitado...
Assim somos nós, se somos açulados, ficamos revoltos. As ondas de tristezas não nos atendem para que se sosseguem e nos deixem sossegar, para que possamos viver acomodados, almejando a placidez...
Podemos comparar-nos com o rio e com o mar. Algumas vezes, somos um riacho de montanha, corremos afoitos, formando, dentro de nós, verdadeiras cachoeiras... No entanto, em alguns dias, somos mar, ora plácidos, preguiçosos... Em outros tempos, faremos muito barulho, quando as ondas de amarguras desejarem sufocar-nos...
Somos rio e, também, mar. Um rio, que poderá ser modesto demais, propagando a calma... E um mar, que poderá tornar-se rebelo, dando-nos a vontade de fugir para bem longe, a enfrentar as ondas de estorvos...
Marilina Baccarat de Almeida Leão, no livro  "Corre como um Rio" página 13

domingo, 7 de outubro de 2018

Preparar as Vitórias


                                                 Preparar asVitórias
                         
                                                                                          A vitória ela é mérito,
                                                                                                         
Na derrota é imperiosa
                                                                                          A serenidade no momento,
                                                                                                         Logo sentimos que é forçosa
                                                                                                  Marilina Baccarat


Preparar-se, para o processo de vitórias, é fundamental, assim, descobriremos o valor das pequenas conquistas, que, somadas, se tornam grandes...
Os triunfos são  adquiridos com o tempo e ele se transforma em serenidade, que é um estado de espirito, que se adquire...
Não é fácil ter placidez nos momentos em que sentimos a agressividade, a imcompreensão e a intolerância, vindo de encontro a nós...
É preciso aceitar que ninguém é capaz de controlar tudo. Em vez de questionar o porquê de as coisas não saírem do jeito, que desejaríamos, tentemos entender que elas acontecem nos momentos em que devem acontecer, quer queiramos ou não...
Para as conquistas chegarem, é como a história da formiguinha, trabalho, persistência e garra constante, sem deixar de nos lembrar da cigarra, que só desfruta dos prazeres que a vida oferece...Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar, mas, no equilíbrio constante  da vida...
Pense bem: -Se você, eu, ou qualquer outra pessoa estivessemos, sempre no controle de tudo, provavelmente, iríamos interferir demais nas situações e, naturalmente, iríamos querer acabar com tudo o que sucede de malfazejo...
Num primeiro instante, isso poderia, até, parecer maravilhoso, mas, que marasmo seria a vida...Viveríamos estagnados e os desafios passariam longe demais...
O processo de sucessos, tem que ser completo, com tudo o que temos direito: -Erros e acertos, pois eles nos tornam, mais eficazes, na busca da vitória pela tranquilidade...
Aceitar as coisas, que não são de nossa responsabilidade e cuja solução não está ao nosso alcance, é um sinal de amadurecimento e de  serenidade...
Experimentar a maturidade nos coduz à fleuma da nossa existência, fechando as velhas portas, que nos mostram novas trilhas, para que não nos levem  a inquietação constante...

 
No emudecer de nossas essências, as vitórias são mais do que necessárias, pois, somente com as palmas das derrotas, conseguiremos o triunfo...   


Marilina Baccarat de Almeida Leão, no livro "Velhas Portas"

sábado, 22 de setembro de 2018

Nunca desistirei do amor

Nunca desistirei do amor

Esse é o meu tempo de amar, de ficar mais doce,
apurar sabores, que vêm do fundo da alma, com sabor de amor verdadeiro...
Eis que entro em plena safra de afetos, sumarenta,
perfumada de mim mesma, a perfumar a noite...
Nesta noite chuvosa, gostaria de ser mimoseada
com afetos... Não deixar de fazer pequenos agrados a mim mesma... Presentear-me com amores possíveis...
Enquanto a chuva cai, lá fora, e o verão começa
a dar os ares de sua graça, gostaria de dormir e sonhar com o amor, nem que fosse eu mesma a inventar esse sonho...
Já que me faz tão bem amar, que eu possa sentir
esse amor, caminhar com ele e poder concretizar essa vontade de amar... Gostaria de me dar esse prazer...
Olhando a chuva, que cai, penso que a vida é
feita de amor, pois ele é fundamental, para que eu
viva...
Quantas vezes, por conta de um desprezo, desistimos de nossos amores e cometemos um engano,quando escolhemos recuar...
A decisão pode até parecer acertada, mas, logo
depois, vem o arrependimento e a certeza de que
jogamos fora a oportunidade de amar, obter a felicidade, naquilo que nos é importante. Afinal, desistir de amar é perder a luta sem, ao menos, tê-la enfrentado...
Muitas vezes, os problemas são mais ameaçadores do que reais. Portanto, não devemos entregar os pontos toda vez que algo não vai bem, correndo o risco de ficarmos parados e não amarmos...
Não podemos deixar as conjunturas nos fazer desistir de nossos amores...Temos que encontrar a solução para os problemas e continuar correndo atrás dos nossos apegos e não permitir que a vida passe em brancas nuvens...
Devemos enxergar a grandiosidade, que é a vida. Certamente, seremos mais felizes e entenderemos que amar á valiosíssimo e, portanto, vivê-lo é o que podemos fazer para agradecer o fato de podermos amar...
Quanto mais a gente busca o lado bom do amor, mais aprendemos e nos tornamos mais felizes. Pois, muitas possibilidades boas se abrem...Nunca desistirei do amor...
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro       "Sempre Amor"

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

andanças nas palavras






Andando Nas Palavras

Pelas andanças em livros, olhando, cada palavra, pude
perceber que palavras são passarinhos, que se soltam da gaiola
da minha alma e ruflam suas asas pelo pensamento afora.
Escuto todos os dias as palavras passarinhadas do bem-
-te-vi. A passarinha o chama passaritando, apenas, vi, vi... E a
sua angústia aumenta à medida que o macho não chega com
o alimento para os filhotes... Mas, quando ele chega, a festa é
geral, de longe ele vem passarinhando: Bem-te-vi, bem alto e
a alegria é geral, uma verdadeira festa na árvore, onde fizeram
o ninho.
Pois é, palavras são passarinhos, repare para você ver.
Eu quando sinto o peito a querer arrebentar, solto umas tantas
palavras, e, voejando as liberto, descanso um pouco do ruflar
inquieto de suas asas ansiosas, tal qual o bem-te-vi, quando
vem chegando ao encontro da sua família.
Assim, as palavras me libertam por consequência do
tanto que me sufocam. E, assim, posso imaginar o sufoco da
passarinha, que espera pelo seu lindo passarinho amarelinho,
que faz uma algazarra, quando chega, passarelando sem parar.
Só por alguns segundos, tudo se aquieta... Dali a pouco,
nascem outras palavras, dos ovos, que ficaram engaiolados.
Prenderam-lhe o peito, querendo sair e ruflaram suas asas, pelo
céu afora, passarinhando como só eles sabem passarinhar...
É por isso que digo que palavras são passarinhos, alma
engaiolada, que tem sede e fome de tudo
Nas andanças da vida, podemos observar o bem-te-vi,
que, com seu canto, solta palavras, vive passarinhando, não
se cansa de passarear... Será que se tivermos a oportunidade
de conversar, com ele, vai nos entender?... Creio que sim,
pois, como ele vive passarinhando, nós humanos vivemos
palavreando.
Palavras são passarinhos, que vivem presos nas gaiolas.
As palavras vivem presas no livro, esperando que as leiamos,
para que possam sair da gaiola, que é o livro e voar para nossas
mentes.
Passarinhos, palavras, palavrarinhos, almas engaioladas,
que têm sede e fome sempre... Nós, fome dos livros, queremos
soltar as palavras e prendê-las em nosso eu...
Os passarinhos, fome de se soltar das gaiolas,
passarinhar, ruflar as suas asas e cantar pelo 
mundo afora.
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Andanças pela Vida" página 19