domingo, 8 de novembro de 2020

Abrindo as velhas portas

Aprendemos a enxergar a realidade tal qual ela é...
 E, assim, vamos valorizar o que, realmente, importa... as pessoas, dotadas de astúcia e discrição, adquiriram essas qualidades, depois de muitas lágrimas e muitas noites de insônia... 
As melhores melodias do mundo foram escritas, na pauta, em um momento de melancolia... 
E as mais contagiantes poesias, em um período de muita saudade... 
Beethoven, quando escreveu a Nona Sinfonia, foi em um tempo de profunda tristeza e sofrimento...,
E Fernando Pessoa escreveu a maioria de seus textos, quando se sentia aborrecido, enfadado..., tudo isso leva-nos a pensar que as portas abertas tinham razão, quando nos mostraram as trilhas certas e enxugaram nossas lágrimas... 
Sem a alegria, a vida torna-se triste, mas, sem as horas de tristezas, não podemos ter a evolução emocional, em nossa caminhada pela vida afora... 
É preciso enxergar além do horizonte, bem atrás das nuvens e acreditar que a vida tem sua razão, quando nos dá a oportunidade de confiar que dias melhores virão... 
Superar os desafios impostos pela vida é ter o direito de saber ultrapassar as velhas portas abertas, e, por ela, ter a certeza de que o caminho é o certo, o da sabedoria... 




Marilina Baccarat de Almeida Leão, no livro "Velhas Portas"