quinta-feira, 25 de outubro de 2018

O fermento da Vida

O fermento da vida.

Estamos no Outono, estação em que os lírios, que estavam
adormecidos, surgem. Dizem que o lírio é a flor perfeita
dos idílios. Então se o lírio é a flor perfeita dos romances, o
amor tem que ser sagrado. Ele tem que ser perfeito para sempre,
até a eternidade...
Os pessegueiros também têm a sua florada nessa época
de outono. Quando é chegada essa época, não há seca ou
chuva que os faça desistir de florescer. Em outras estações,
eles ficam sem folhas, simplesmente adormecem para esperar
o Outono chegar...
Bom seria se tivéssemos essa serenidade na alma, a calma
que os lírios e os pessegueiros têm para esperar a estação certa.
Serenidade para aceitar o tempo e o medo de cada passagem.
O outono é o renovar da esperança em cada novo dia,
é a alegria que surge assim como surgem os lírios e os pessegueiros...
A festa dessas flores, que vem com o Outono, é o
que liga a serenidade e a alegria, como o fermento da vida. Se
agirmos com a serenidade, que há nos pessegueiros e o amor
que há nos lírios, teremos o verdadeiro tesouro, que é o contentamento,é a alegria...
Nosso contentamento deve ser tal qual o dessas plantas,
que têm a serenidade de ficarem adormecidas por longo período,
para florirem no outono...
Há tanto para comemorar: um dia para vencermos e
uma noite para amar. Há vida para se viver. É um novo tempo,
tempo de recomeçar, de levar adiante os velhos projetos, de
perceber que a alegria está aí, disponível para ser usada. Não
deixem que roubem a sua alegria! O certo é distribuir sorrisos,
gentilezas e ter serenidade, como os pessegueiros e os lírios
têm. Esse é o verdadeiro fermento da vida, que, se usado, vai
colorir a nossa vida, assim como os lírios e os pessegueiros
colorem o outono que está chegando...

Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Colorindo a Vida"

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