Para onde vai a absoluta intimidade, que se teve com o outro, a atenção, a dedicação, evaporaram? Talvez, em alguma nuvem, onde armazenaram tudo o que viveram e o que sonharam... Tão reais e etéreas, como só as nuvens podem ser... Eternas, sempre...
Mas o que viveram, as horas em que passaram juntos, que foram sublimes, não podem se acabar... Algo, que fica armazenado, e que, mais do que nos faz lembrar, nos acolhe, nos envolve e confirma... As nuvens, que são eternas, guardam o rescaldo de um tempo, que sobrevive aos acordos rompidos, às bênçãos desfeitas, às juras esquecidas... Somente ficam o sumo, o substrato, a força do projeto, que um dia foi compartilhado, pelos dois...
Não mais, ficam o afeto espontâneo, o registro das intenções sinceras, da vontade de acertar tudo...
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