domingo, 7 de abril de 2019

As Estações da vida





                     AS  ESTAÇÕES       

    A alegria é a nossa companheira, pois tem que ser, sem ela, jamais teríamos vivido a felicidade, durante toda a vida, desde a hora em que nascemos...       
          Passando pela infância, juventude e chegando, na fase adulta, ultrapassamos a porta da rua, sem medo de enfrentar a vida com seus percalços...
         Nascemos, na primavera da vida. Por essa estação, só pensávamos em brincar. Para nós, não havia o futuro, depositávamos esperança, no verão, que seria a juventude...Ah... como gostaríamos que o verão chegasse logo, para podermos curtir essa estação...
         Adentrando na juventude, ou seja, no verão da vida, depositávamos, ali, a espera de que a fase adulta logo chegasse; o outono da vida, em nós... 
         Pensávamos, como toda jovem pensa, que a fase do outono vai chegar e iríamos nos casar...
     
        Somente imaginávamos, adentrando a nave de uma igreja, com aquela marcha nupcial linda tocando... As pétalas de rosas sendo jogadas e os convidados a nos admirar...Esquecemos de pensar é que poderíamos tropeçar no véu de noiva e irmos ao chão...     
          Não gostaríamos que houvesse aquelas promessas todas, pois, se o amor é autêntico, adoraríamos, se só existisse a festa, tanto na igreja, como no buffet, sem aquele acordo todo, recheado de promessas, que, muitas vezes, não são cumpridas...        
        Os sacerdotes só esquecem de fazer-nos prometer que, depois que a vida terminar, continuaremos a amar por toda a eternidade...Deveriam incluir isso...
          Iríamos nos divertir muito mais... Os convidados não ficariam cansados à espera da cerimônia terminar... Riríamos muito e nos tornaríamos, dali, para a frente, casadas e realizadas, para sempre...       
          Seguiríamos pelos caminhos das estações da vida, retirando os espinhos das rosas e enfeitando nossos caminhos, apenas com suas pétalas perfumadas... 
          Não permitindo que os espinhos  ferissem os nossos pés, e, portanto, caminharíamos tranquilas... 
          E de tal modo, prosseguiríamos, até que a velhice chegasse, ou seja, o inverno da vida, mas, já maduras e sabendo o que queríamos da vida,   aproveitaríamos, muito mais, essa estação gostosa...    
         É  a  síntese  da mulher, que soube construir, ao longo dos anos, fases nas estações da existência...
         É a substância, que fica, em nossa essência,  depois que passamos por todas as estações da vivência...
        Amantes e esposas do homem a quem amamos durante toda a nossa vida e até a eternidade...

 Marilina Baccarat de Almeida Leão, no livro "É Mais Ou Menos Assim" página 22



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