domingo, 30 de abril de 2017

Eloisa Aranda comenta sobre "A VIDA É COLORÍVEL"


Cada um tem suas características e mecanismos para tornar a vida prazerosa mesmo diante das adversidades. Minha amiga Marilina Baccarat De Almeida Leão soube falar disso como ninguém.
Assim vivo eu.E vc?

A VIDA É COLORIVEL

"Há quem diga que sonha em preto e branco, outros, que sonham colorido. Sonhar colorido é muito mais interessante, pois tudo fica mais bonito. Os sonhos estão aí para definir a vida em cores. Os otimistas e sonhadores sempre vão dizer que a vida é colorível, mesmo que os sonhos sejam brancos e pretos.
A forma, pela qual todos veem a vida, não muda nada, o importante é que todos possam tornar a vida colorivel, porque o que sonham, seja preto e branco ou colorido, não importa. O que realmente é importante são os acertos, para que a vida se torne colorida.
Temos que viver colorindo a vida do nosso jeito, isto é, fazer com que a vida seja colorível. Assim seremos mais felizes.
A vida é muito mais que a exatidão de um preto e branco. Vai muito além da importância de torná-la colorida. Ela é uma dádiva e, viver plenamente, é um presente irrecusável, assim como é colorir um desenho.
Muitos diriam que, definir a vida em cores, para eles, ela seria preta e branca. Essas pessoas são muito calculistas, não se interessam muito em colorir a vida. Os pessimistas diriam que a vida é cinza, não haveria graça em tentar colori-la. Mas os otimistas e sonhadores diriam que a vida é para se colorir, então ela é colorivel.
Podemos seguir nosso caminho, logo, podemos deixar, junto a estes caminhos, uma vida colorida. Não é porque o papel é branco que deve permanecer branco. As folhas brancas estão aí para serem coloridas. E assim é a vida, colorível. Com os sentimentos de amor vem a bondade, a alegria e a vida se torna branda, bem colorida. São esses sentimentos que fazem com que a vida seja colorivel.
A vida ganha cor para que possamos apreciá-la, para não olharmos para ela e nos sentirmos amargos e infelizes, pois as cores trazem a felicidade.
Se os nossos sonhos forem em preto e branco, devemos fazer com que a vida seja muito mais que em preto e branco. Devemos dar cor à vida, porque ela é colorivel e ser colorivel é poder ter a oportunidade de colorir a vida."

Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Colorindo a vida"
 — 
Eloisa Aranda



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LENTO É O TEMPO




Lento é o tempo
Vivemos banhados por nuances e pinturas, que se desenham ao longo de nossas vida... Sentimos, em alguns momentos, tristezas, em outros, alegrias... Amores, desamores e, assim, será até que a última página de nossa vida termine de ser pintada, escrita e lacrada... Sabe quando as horas não passam, os dias não correm... Bem, correm sim, passam sim, nós é que não vemos o tempo passar... Ficamos tão absortos, nessa busca do tempo, esperando que ele nos traga algo novo, durante as nossas caminhadas pela vida, que até achamos que o tempo não passa... O tempo se desenha, à nossa frente e, às vezes, gostamos tanto do desenho, que o tempo faz, que corremos para guardar aquele desenho, antes que o tempo resolva apagar e não nos deixe ver a linda tela, que ele desenhou da nossa vida... O tempo é sábio, ele não deixará ficar telas ou papéis em branco, pintará a vida, seja ela vivida em um mar revolto ou numa calmaria de um céu azul e, com um arco-íris, a enfeitá-lo... O tempo desenhará, com suas cores variadas, a vida, com as cores da primavera, do verão, do outono, ou seja, também, do inverno... Mas, nesse vai e vem de cores, o tempo vai, lentamente, pintando as nossas caminhadas, colocando flores em nossos caminhos... Muitas vezes, o céu poderá escurecer, mas o tempo, esse senhor, que nos acompanha, lentamente, saberá colorir o céu... A natureza manda chuva, manda sol e nós, aqui, esperando, impotentes, tendo que segurar nosso choro, nossa vontade, nosso afã... A vida passa e aqui ficamos a postergar, aguardando respostas, que não dependem de nós e que só o tempo trará... Bela é a vida, temos é que saber vivê-la, banhada por nuances e pinturas, que o tempo desenha, não deixando, jamais, que a pintura se transforme em um borrão... O sol forte, muitas vezes, poderá castigar a pintura... Então, o céu, que estava pintado de azul, ficará borrado de nuvens cinzas, que parecem pesadas de toneladas de chuvas, que poderá desabar e estragar o colorido, que o tempo pintou... O tempo é sábio, quando não há cor, os ponteiros do relógio parecem ir e vir em milésimos de segundos, que duram uma eternidade...
Os pensamentos pesam toneladas e nos deixam cansados por não vermos as cores... Mas, chega o tempo trazendo, com ele, uma brisa, que não balança uma folha sequer e o céu, com suas nuvens pesadas, parecem querer desabar... O tempo, com seus passos lentos, com suas telas e os pinceis em punho, coloca o cavalete, abre as tintas, coloca a tela no cavalete e começa a colorir a nossa vida... Manda, para bem longe, o cinza, em que o céu se transformou e embala a nossa vida com nuances, que só ele, o tempo, sabe nos proporcionar... O mundo, lá fora, gira, roda, acontecem coisas, pequenas e grandiosas... Mas, quando a gente sente, pressente, que algo muito grande, muito forte está chegando, não sabemos se é porque queremos, muito, que ficamos achando que estamos tendo pressentimentos... Só queremos, muito, que o tempo passe, que as folhas do calendário virem e o tempo deixe de ser lento... Temos pressa, temos urgência, mas, sentimos que, realmente, o tempo está lento, nós é que não percebemos... Precisamos mergulhar os nossos olhos em sua beleza, que o tempo pintou, para esquecer, por alguns segundos, que só o tempo nos dirá o que não sabemos... Andamos, assim, querendo tudo para ontem, queremos mais, queremos muito...
Andamos, nesse mau humor, por quê? Nessa vontade de que o tempo ande rápido, mas também devagar... Vontade que respostas sejam dadas, medo de quais serão elas... Uma preguiça indizível, uma falta de vontade, pois, o tempo não passa para nós... E, ao mesmo tempo, uma sofreguidão, uma ânsia, uma vontade enorme de sentirmos o tempo passar... Gostaríamos, insuportavelmente queríamos, que, por uns dias, apenas, não sermos... Quem sabe, o tempo, que é lento, nos reservará, uma pintura em sua tela, guardada pelo acaso... Assim, teremos lindas pinturas, com pedaços de nós, que voltaram diferentes no tempo... Seremos banhados por nuances e pinturas, que, somente, o tempo saberá desenhar, enquanto estivermos caminhando, nas trilhas da vida... E, assim, será, até que a última página da nossa vida termine de ser desenhada, pintada e fechada pelo tempo...

Podemos até estar tristes, mas o tempo, ainda que seja lento, colorirá de alegrias, as nossas vidas
Marilina Baccarat no livro É mais ou menos assim"

terça-feira, 18 de abril de 2017

Marulhando a alma

Quando estamos à beira do rio, observando as flores em seus contornos e a água se desviando dos obstáculos, estamos marulhando a alma...                                    
         Logo que a alvorada começa a tingir o céu com suas cores, tomo o café da manhã e sigo até as margens do rio...   Ali, não vou fazer nada, apenas ficar em suas bordas marulhando a alma...As horas passam e não nos damos conta de que elas passaram, pois, marulhando o corpo, é estarmos maravilhando a alma... 
Marilina Baccarat de Almeida Leão - no livro "Corre como um rio" 

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Solidão

Sejamos amigos da solidão... Aceitar seus convites, para um passeio, com ela, no bosque, desde que não seja no bosque em que a chapeuzinho-vermelho encontrou o lobo mau... Estará tudo certo... Desmistifiquemo-la... Não podemos correr dela, não tenhamos medo de sua sombra... Mesmo que ela seja fria... 
Arriscar-se à solidão é permanecermos em ótima companhia... Que seria a nossa própria... 

Marilina Baccarat de Almeida Leão - no livro "É mais ou menos assim", que já se encontra nas livrarias Asabeça, Cultura e Martins Fontes em São Paulo - Em breve chegará na livraria Curitiba do shopping Catuaí em Londrina

sábado, 15 de abril de 2017

REMAR CONTRA

Difícil é remar contra.
Mais difícil, que iniciar, é continuar. De começos,
o mundo está cheio. Há quem inicia um curso,
uma atividade física, mas, só fica no começo. Muitos
acham que começar algo é o mais fácil, ledo engano,
o mais difícil é continuar.
Complicado mesmo é ir adiante, insistir no
propósito de fazer algo, até o fim. É preciso muita
persistência e muita força de vontade, para colocar o
barco no mar e remar até o fim.
Levar o barco já é difícil, imagine continuar a
viagem pelo mar, remando até chegar aonde se quer
chegar. Se tiver que remar contra a maré, aí, sim, é
que vai ser difícil continuar.
Sonhar é fácil, difícil é correr atrás dos sonhos,
sem se importar com os tombos, que vamos levar até
conquistar o que se quer.
Já avistei, pelo caminho em que passei, pessoas
sem coragem e que pareciam estar vivas, somente,
pela metade, porque não tiveram a ousadia de correr
o risco, apenas, começaram, não souberam continuar
uma caminhada rumo ao objetivo desejado.
Aconteça o que acontecer, jamais devemos perder
a vontade de continuar. A nossa paz interior deve,
sempre, permanecer com a chama acesa, pois, é ela
que nos dá a força necessária para continuarmos,
quando iniciamos algo. Essa paz interior é que vai nos
ajudar a enfrentar as piores ondas do mar, as mais
violentas tempestades da vida.
Todos os dias, somos obrigados a iniciar algo, a
enfrentar situações, nem sempre tranquilas. E é nessa
hora que não podemos perder a serenidade. Afinal,
ficar ansioso só torna as coisas mais difíceis, para encontrarmos
um rumo e continuarmos.
Não podemos ir ao embalo dos desesperados,
temos que optar, para continuar, se tivermos iniciado
um projeto. Temos que impedir que as dificuldades
surjam. Escutar, apenas, as palavras de esperança é
o que devemos fazer. Não podemos deixar a insegurança
falar mais alto.
Iniciar algo é muito fácil, continuar é que é difícil.
Mas temos que nos lembrar de que um sorriso, em
nossos lábios, derruba qualquer barreira e transforma
tudo o que iniciamos em continuação permanente
Marilina Baccarat de Almeida Leão - no livro
               "Atravessando Pontes"

quarta-feira, 5 de abril de 2017

transformar nossos passos em caminhos floridos

As odisseias poderão ser um desafio, se ficarmos perdidos em nossos pensamentos, mas se alinharmos os nossos passos, no meio de todos, que por ali passam, conseguiremos transformar nossas romagens em caminhos floridos e coloridos, sem desalinharmos nossos passos, o nosso caminhar... Muitos pensam em desistir de suas caminhadas, floridas e coloridas, por encontrarem o caminho obstruído, mas, deveriam mudar a estratégia e fazer toda a diferença, seguindo por outros caminhos...


Marilina Baccarat no livro "É Mais ou menos assim"
 

sábado, 1 de abril de 2017

Manter-se jovem

Manter-se jovem não é escolher, sempre, a opção mais segura e, sim, enfrentar as dificuldades com a ousadia da juventude... Estar jovem vai além de se sentir bem. É, simplesmente, não deixar de fazer o que tem vontade só porque se acha maduro demais para isso... 

Marilina Baccarat no livro  "É Mais ou menos assim"

domingo, 26 de março de 2017

Gosto de me espelhar em uma criança, que tanto nos ensinam e tornam a nossa vida cheia de felicidade, graças à inocência de suas almas e o entusiasmo de seus olhares.Ah, quem dera se todos os adultos cultivassem a alegria de viver de uma criança!
Elas pulam ,correm pra lá e pra cá, dão risada até deitar e rolar, enquanto nós, adultas, geralmente só de levar um tropeção na vida, já nos sentimos desanimadas, machucadas e irritadas.
Por isso, quando os problemas surgirem, aja com essa sabedoria infantil e não esperneie tanto. Faça como os pequenos que, ao caírem, podem até chorar, mas, em instantes, logo esquecem a dor e já se colocam de pé, prontos para correr novamente com a mesma coragem de sempre.
Revelar seu lado infantil é uma ótima maneira de deixar de lado a velha mania de carregar o fardo do estresse e das preocupações.
Brinque mais com a vida, ria de você mesma!

Marilina Baccarat de Almeida Leão

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terça-feira, 21 de março de 2017

O que vivemos é eterno

Para onde vai a absoluta intimidade, que se teve com o outro, a atenção, a dedicação, evaporaram? Talvez, em alguma nuvem, onde armazenaram tudo o que viveram e o que sonharam... Tão reais e etéreas, como só as nuvens podem ser... Eternas, sempre... 
Mas o que viveram, as horas em que passaram juntos, que foram sublimes, não podem se acabar... Algo, que fica armazenado, e que, mais do que nos faz lembrar, nos acolhe, nos envolve e confirma... As nuvens, que são eternas, guardam o rescaldo de um tempo, que sobrevive aos acordos rompidos, às bênçãos desfeitas, às juras esquecidas... Somente ficam o sumo, o substrato, a força do projeto, que um dia foi compartilhado, pelos dois... 
Não mais, ficam o afeto espontâneo, o registro das intenções sinceras, da vontade de acertar tudo...

segunda-feira, 13 de março de 2017

FESTA DE GALA NO ANIVERSÁRIO DA REBRA

No aniversário de 18 anos da REBRA, Marilina Baccarat de Almeida Leão, recebeu o óscar, por serem as suas obras, juntamente com outras escritoras que fazem parte de REBRA - rede de escritoras brasileiras, as melhores obras deste século...
         Bruna Lonbarde foi a mestra de serimonia.
        Recebi das mãos da Bruna Lonbardi, o meu óscar.
                Marilina e José Almeida Leão

            Marilina e José Almeida Leão


     Marilina encaminhando o esposo José almeida Leão, para receber o titulo de "Mulher honorária da REBRA", que é oferecido aos que se destacaram em seus setores. Ele completou 50 anos de advocacia.
      Recebeu a placa das mãos de Bruna Lonbardi
 Depois do prêmio, pousando para a posteridade
 Marilina e a amiga Lionizia Goyá, grande artista plástica.
                       Marilina Baccarat
A presidente Joyce Cavalcante usando da palavra, depois de outogar o titúlo..


 O casal Almeida Leão, com a equipe da Editora Scortecci.
O editor da editora Scortecci com duas grandes cooperadoras e o casal Almeida Leão
               
Marilina Baccarat com Fernanda de Sá


 Minhas amigas, também escritoras, Lionizia Goyá, Christina Fernandes e Mirias Menezes, que também receberam o óscar.
              Auditório completamente lotado
Flores que recebi da minha prima Marilena Baccarat
 Minha amiga Lionizia Goyá, artista plástica, ofereceu um quadro para a deputada federal Mara Gabrilli, que também pertence a REBRA.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Fragilidade

Mergulhei  no tempo, revendo minhas fragilidades,ainda que em pensamento... Em silêncio, mergulho nas  minhas sutilezas, como durante toda a minha vida...Continuo, sigo... Permaneço sendo frágil... 
Marilina Baccarat no livro "Corre Como Um Rio"

 

Ausência

 A fenda da ausência, é isso que torna todos extraordinariamente frágeis...É como se estivéssemos em um labirinto, com ruas escuras sem possuirmos uma lanterna em nossas mãos... Lá estava eu procurando entender ...
 Marilina Baccarat no livro "Corre como um Rio"

sábado, 11 de fevereiro de 2017



Não vou contar o tempo, nem os passos, quero apenas que chegue aquele abraço, que fica entre o nó e o laço. Entre o ficar e o depois. Não quero medir o espaço, entre o esperar e o cansaço...Quero corrigir todos os traços, vindo de um abraço...

Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Pelos Caminhos do Viver! 
Esta foto foi tirada em 2014 na Bienal do Livro em São Paulo, quando encontrei uma amiga da juventude, que não a via há mais de 40 anos! 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

colorindo os nossos passos





Mas, vamos colorindo os nossos passos, com o verdadeiro sentido da autoestima... Transformando, todo passo dado, em tranças, que se cruzam nas andanças, enlaçando-se e criando história, pelos caminhos...
Nunca haverá tristeza, se conseguirmos entender os caminhos da vida, com elação. Poderão, claro, ser confusos, mas conhecendo o verdadeiro sentido da soberba, jamais nos perderemos de nós mesmos, nesses trajetos, que a vida nos mostra... 
Marilina Leão no livro " É Mais Ou Menos Assim "

domingo, 5 de fevereiro de 2017

O tempo passou

"A felicidade mora dentro da gente ou não, ninguém nos fará feliz se não quisermos, a felicidade é uma propriedade sua. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina se acomode e que o medo a impeça de ser feliz".(Marilina Baccarat De Almeida Leão)
"O tempo passou, as palavras adormeceram, mas o vento, este ainda tem o mesmo perfume que nos faz dar uma volta ao passado".(Marilina Baccarat De Almeida Leã
o)

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Com o Pensar

"Com o meu pensar, muito mais que palavras ditas, eu consigo ter imaginações que não as teria falando. Com o pensar, muitas vezes, até as lágrimas rolam pela minha face, dando-me pensamentos que me levam para bem longe, que a gente não encontra na inquietude das palavras".
(Marilina Baccarat De Almeida Leão).

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Às vezes será necessário esvaziar-se dos medos e anseios. É preciso nutrir-se da seiva que fornece o fôlego para continuar vivendo, como água fresca que irriga a alma".(Marilina Baccarat De Almeida Leão)

sábado, 28 de janeiro de 2017

MARILINA BACCARAT DE ALMEIDA LEÃO´É EMPOSSADA NO NUCLEO DE LETRAS DE LISBOA

A escritora brasileira Marilina Baccarat de Almeida Leão,com vários prêmios no exterior e no  Brasil. Agora é empossada em Portugal. Casada  com o advogado e professor universitário José Almeida Leão, é Paulistana radicada em Londrina desde 1964.




Empossada no dia 21 de janeiro em Lisboa-Portugal,  no nucreo de letras de Lisboa com muita emoção.
Jornal de Portugal

Somos todos fainha das mesmas letras... da mesma lingua

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Solidão

Na solidão, me esqueço. E nos silêncios com as noites sôfregas, que são povoadas de desejos ávidos, me olho no espelho e me acho dentro do isolamento...
         Não percebo os estímulos, não acalanto a ternura, que mora em mim... Não aquieto os meus temores de ser só... Com a solidão, poderei sair por aí, caçando afetos, aceitando sobejos, confundindo não estar só... Trocarei, em sonhos, bilhetes tristes e acordarei vazia de mim mesma... Me perderei na fragilidade, que é o lugar onde encontro a mim mesma...
      
    Sairei, com os pés descalços, braços bem abertos, desviando-me do tempo,  buscando por ternura, acolhendo afetos mendigados, para não estar sózinha...
      
    Só para ludibriar o tempo, tendo a bravura, me manterei transtornada, só para enganar o momento e não ter que esperar a vida passar, assim  mesmo...

Marilina Baccarat no livro "É Mais Ou Menos Assim"
Que poderá ser encontrado aqui: www.livrariascuritiba.com.br
ou: www.asabaça.com.br

domingo, 8 de janeiro de 2017

Mundo estranho

Nesse mundo tão estranho, ali, habita os pesares de dor, de saudade, que vamos ter que aprendermos a conviver com eles, não é fácil, mas é possível, apesar da saudade ter um olhar muito triste em nossa direção...Mas, apesar de tudo, é possível ver a minúscula chama e fazer o viável, para que ela não se apague...

Marilina Baccarat escritora brasileira




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Hoje quero flores

Hoje, pelas andanças do viver, gostaria de caminhar,onde houvesse flores, muitas flores, colorindo o meu caminhar,enfeitando e perfumando cada pedaço do caminho em
que eu passar... Enchendo minha alma de cheiros bons, vindo da terra e das flores, que ainda estão brotando...
A tristeza está indo embora, não sinto saudades dela,pois andava cansada de presenciar a sujeira, que ela fazia, essa mania que ela tem de se meter em nossa vida e sujar tudo de preto... Pisando em silêncio, amassando a grama verde, com
seus pés enormes e pesados...
Começo a vislumbrar a mim mesma, a alegria se aproximando e servindo de passaporte para a felicidade, nos caminhos floridos das minhas andanças...
Aprendi, com a dor, a respeitar a dor alheia. Mas, caminho inteira pelas andanças, ainda que em pedaços costurados do meu ser, pequenos remendos, aqui e acolá...
Hoje, quero colher flores, rosas perfumadas e trazê-las para junto ao meu peito, não mais o sufocamento, a sensação de estar morta em vida... Quero vida, quero flores...
A dor, vez em quando, ainda pode aparecer, mas, agora, sei como curá-la. Colhendo flores pelas andanças, com perfume de amor e amizade...
Não há remédio melhor para a dor da alma, poder andar pelas andanças da vida, colhendo flores e sentindo o perfume,que vem de amizades distantes, mas, que podemos sentir o seu perfume bem perto...
Quero andar em minhas andanças, trazendo, sempre,em minhas mãos, flores, muitas flores, para enfeitar o meu caminho...
Com o caminho todo enfeitado de flores e perfumes, não haverá tristeza, somente alegrias... Atravessarei as andanças da vida, sumarenta, perfumada de mim mesma, atirando sementes ao solo, para que brotem e, na próxima caminhada
pelas andanças, possa eu colhê-las e me alegrar...
Quero flores, todos os dias, em minhas andanças, elas representam a felicidade, a alegria. E é disso que eu preciso,ser feliz, feliz, feliz...
Todos, que passarem pelas andanças da vida, sentirão o perfume das flores, que foram semeadas por mim, assim,sentirão o grande sentimento, que é a felicidade...
Para a tristeza, não abriremos espaço, pois ela, com seus grande pés pesados, iria amassar as flores e sujar tudo. Ela não terá vez em nossas caminhadas...

Texto do livro "ANDANÇAS PELA VIDA" editado pela editora Scortecci ISBN 976-85-366-3740-2
Poderá ser encontrado nas livrarias Cultura, Martins Fontes e, também aqui:
www.livrariascuritiba.com.br
www. asabeça.com.br

A MENINA QUE UM DIA EU FUI

A MENINA QUE UM DIA EU FUI

A menina, que fui, era sábia, vivia a se encantar com as
belas histórias e a vida se alegrava na sua voz de criança...
A menina que, um dia, eu fui, entretanto, ficou adormecida,
cerrou os olhinhos, abraçada ao tempo, que lhe fora de
sonhos e canções... Fechou seu livro de histórias e calou-se na
quietude do tempo. Mas ainda brilha, em sua essência, esperando
que a vida lhe traga doçura e lhe devolva, simplesmente,
o seu bem maior, sua condição de menina.
A menina, que, um dia, eu fui, sorri para mim e me ensina
que a vida é fácil, os obstáculos podemos vencer... É só
deixar a alma falar... Como o dom da escrita, como o vento
que embala a flor...
A menina, que, um dia, eu fui, caminha agora comigo, e
é, de novo, o meu alento, minha melhor forma de expressão...
minha fé de continuar a sonhar com histórias de príncipes e
princesas!
A fé dessa menina, que, um dia, eu fui, me contagia!
Sigo de mãos dadas com ela e, em mim, sinto sua melodia,
a sua alegria, minha melhor forma de expressão...
E é, na sua alegria, que continuo a ser aquela menina...
Agora ela caminha junto a mim e nela repouso as minhas
recordações.

Marilina Baccarat, escritora brasileira, no livro "Caminhos do Viver"
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ATRAVESSAR O DIA

Atravessar o dia

Durante o dia, é impossível caminhar, sem que haja, em nosso caminho, algum empecilho.
Sempre vai haver algo a nos acalentar, por causa do obstáculo, que, em nossa frente, encontramos, que nos causou dor e angústia.
Inexequível percorrer o dia, sem que existam flores pelos caminhos, sem pensar no passado, sem cogitar com o futuro, que está próximo.
Esse é o curso do dia, quando o sol rebrilha, as flores lançam seus perfumes e, nós, perfumadas de nós mesmas, sumarentas, como uma fruta bem madura, adentramos pelos andamentos do dia e acendemos a chama da alegria.
É importante o que acontece, quando atravessamos o dia. E, muito mais edificante, é como vamos reagir, tentando realizar os alvitres do dia.
Quando não perdemos a esperança de poder concretizar tudo o que desejamos, vamos crescer com a realidade e teremos orgulho de viver.
Abarcando o dia e aceitando o que ficou para trás, em outros dias, em outros tempos, procurando construir o que ainda temos pela frente.
Assim, vamos crescendo, tendo a oportunidade de abrir caminhos, que nos levarão a assimilar
experiências, semearmos raízes, impondo metas, sem nos importarmos com o dia, que transpomos.
Continuamos cruzando o dia e o inverno aborda. As árvores perdem suas folhas, mas, quando a primavera se aproxima, tudo volta a ser verde e as flores nascem dos tubérculos adormecidos.
Então, prosperamos quando colhemos as flores. Mesmo que elas tenham espinhos, seremos capazes de nos perfumar, sem nos esbagoar.
Muitas vezes, achamos que sulcar o dia seja difícil, em outras tantas vezes, tortuoso.
Claro que não é fácil mesmo, mas, aqueles que nunca se acomodaram e correram para percorrer o dia, ah, esses sim! Cresceram muito. Porque sair de um dia confortável, para enfrentar a luta, amedronta...
Mas, se quisermos seguir pelos alvitres do dia e ter o ensejo de alcançar nossas absorções, devemos abraçá-las com toda a coragem, que temos.
Para que isso aconteça, necessário se faz termos iniciativa e ir  à luta. Pois, só conseguiremos alcançar nossos objetivos, quando eles forem focados em nossas iniciativas diárias, transformando qualquer dia, seja de sol, ou de chuva, em oportunidade.
Planejar o caminho, a percorrer, não é difícil, é só atravessar o dia e sair em busca dele, quando o sol despontar no horizonte.

Esse texto se encontra no livro "Musicalidade Colorida" editado pela editora Scortecci.
ISBN 976-85-366-4431-8
Poderá ser encontrado nas livrarias Cultura e Martins Fontes.
Também aqui: www.livrariascuritiba.com.br
www.asabeça.com.br



sábado, 7 de janeiro de 2017

O amor que lhe desejo

O amor que lhe desejei
O amor sempre esteve presente no silêncio da nossa alma...Já lhe desejei que a vida lhe traga delicadeza e beije a sua face com ternura, no desejo silencioso da minha alma...
Esse anseio de sentir o silêncio do amor, para dormir e sonhar, para despertar-se por dentro ao acordar... Vontade de que você tenha o silêncio, para olhar para trás e refletir sinceramente, como a vida foi generosa, enviando no silêncio da madrugada, o
amor, que lhe desejei...
Amor que lhe aspiro, para que a saudade de tempos queridos e de todos os silêncios que se foram
das nossas vidas...Silêncio para colher palavras ditas no passado, gestos e discernimentos do amor, que no silêncio, gritou ao seus ouvidos...
Desejo-lhe, silêncio para se emocionar e aquietar a alma, que se abate dentro de seu peito...
Almejo-lhe, o silêncio no amor, para que possa enxergar melhor, sentir mais amor, mas, acima
de tudo, silêncio para fazer as pazes com problemas que foram mal resolvidos, com os barulhos do amor,que vieram com sombras negras, com seus dias de tormenta, seus malvados instantes de claudicações e incerteza...
O amor que lhe desejo é que haja silêncio para que possa compreender, que vivemos o nosso amor, da melhor maneira possível, fizemos o que foi de melhor para ambos...
Na vida, não há ensaio e apreendemos o melhor, dentro do silêncio de nossas forças... Acertamos, erramos e recomeçamos tudo novamente...
A alegria pode até ser barulhenta, mas o contentamento é silencioso. A comemoração poderá ser ruidosa, mas a felicidade é silenciosa... Pois no silêncio da alma, estamos a recordar...
A hilariante emite som, mas o sorriso é silencioso... O querer é um lugar acomodado e silencioso dentro de nós, e que ele passe por aqui esta noite...
Esse é o amor que lhe desejo, no silêncio dessa noite escura e céu sem estrelas, a embalar o silêncio de nossas almas...

No livro "Sempre Amor" , eiditado pela editora Scortecci, ISBN 976-85-366-4770-4
Poderá ser encontrado nas livrarias Cultura e Martins Fontes.
Também aqui: www.asabeça.com.br
Livrarias Curitiba: www.livrariascuritiba.com.br
No shopping Catuaí em Londrina, na livraria Curitiba, na ala de  "literatura brasileira"

A música em nossa vida

A música em nossa vida

Tudo na vida tem um fundo musical. A música faz parte da vida. Tudo é música no viver...
As lembranças, os momentos de uma pessoa, não teriam sentido sem a música...
A música alegra a alma, acalma, relaxa, até mesmo serve como um combustível diário, na medida em que nos dá forças e esperança para crer em dias melhores, sem tempestades...
O que teria sido da nossa infância, se não houvesse aquelas musiquinhas tão gostosas de cantar? E as cantigas de roda? Como eram gostosas! Eram cantigas que ficaram gravadas para sempre em nossa memória, jamais esqueceremos...
A música altera nosso estado de espírito...
O corpo reage às vibrações dos sons, que despertam emoções em nosso ser, que interferem em nosso organismo, nos dando a sensação de conforto...
Sempre há, em nossa memória, uma música que ficou guardada, decorando esses momentos particulares...
Charle Darwin (1809 – 1882) chegou a declarar que a fala humana não antecedeu a música, mas, sim, derivou dela. E pode ser quem sabe...
A música é usada para exteriorização de alegria, prazer, amor, dor, religiosidade, até da tristeza, que às vezes aparece. E também os anseios da alma...
Quando a música é suave, nos acalma e nos transporta a outro mundo, até às alturas alcandoradas...
Os poetas se inspiram na música para que suas poesias nos toque à alma, nos transporte ao infinito...
Canções compostas, por grandes músicos, nos levam às lágrimas, muitas vezes... Nos emocionam...
E nós carregamos, dentro de nós, um instrumento que nos foi dado gratuitamente, que é a voz. Portanto, cante, expresse os seus sentimentos através da música, ela pode fazer isso...
A música é uma inspiração de vida, uma forma de expressão dos nossos pensamentos...
Ela se faz presente em todos os momentos de nossa vida. Que, assim, possamos abrir as portas dos nossos corações e deixar a música invadir o nosso ser. Como os poetas que expressam, na música, as grandes melodias..
Façamos, da caminhada da vida, uma sonata, que só é bela, quando chega ao fi nal... Tal qual uma sonata, sejam os nossos caminhos...

Texto do livro Musicalidade Colorida, que poderá ser encontrado nas livrarias Cultura, na Martins Fontes, na livraria asabeça: www.asabeça.com.br
E nas livrarias Curitiba: www.livrariascuritiba.com.br.
ISBN 976-85-366-4430-8 - Editora Scortecci

Encanto em cada Idade

Encanto em cada idade.
Esse encanto de viver é maravilhoso! Somos engraçados.
Quando crianças, queremos crescer logo,
para poder ser jovens.
Quando jovens, reclamamos da liberdade cerceada
pelo controle dos pais, temos que dar satisfação
dos nossos atos, cumprir nossas obrigações e queremos
sair logo da juventude e nos tornarmos adultos.
Já, na maturidade, conforme os anos vão passando,
ficamos angustiados e gostaríamos que o tempo voltasse,
ou mesmo estacionasse, para não envelhecermos.
Mas o tempo é inexorável e democrático,ele passa,
igualmente, para todos! Não dá para entender porque
há pessoas, que gostam de diminuir a idade.
Dizer a idade, para mim, nunca foi problema,
pois, adoro fazer aniversário, é sinal de que o tempo
está passando e eu continuo caminhando, pelas veredas
da vida, atravessando pontes floridas e indo ao
encontro de mais um ano de vida!
Sempre pensei assim. Se temos sessenta anos
e dizemos que temos cinquenta, as pessoas podem
pensar: “Nossa, como ela está envelhecida para os
cinquentinhas, que ela diz ter! Se, ao contrário, dissermos
a idade real, as pessoas poderão dizer: “Nossa,
como ela está bem para a idade que tem”, apesar de
pensarem que, aparentamos ter muito mais.
Mas, realmente, a idade que dizem que tenho,
eu não a tenho, pois, conto meus dias, não por anos,
mas, sim, por felicidade e bem estar.
Eu tinha uma amiga, que não contava sua idade,
nem para mim. Um belo dia, ela foi fazer um curso
para poder perder a timidez, pois, era muito tímida.
Durante o curso, um jornal foi fazer uma entrevista
com os alunos, pois, todos eram tímidos e queriam
perder a timidez. Tiraram várias fotos e foram, à secretaria,
pegar os dados dos alunos, que tinham sido
entrevistados. Resultado: no dia seguinte, estava no
jornal, nome, sobrenome e idade dessa amiga, ela ficou
até doente!
Há pessoas, que, todos os anos, no seu aniversário,
fazem, sempre, a mesma idade. Conheço algumas,
que já estão no quinto ano, que comemoram
seus aniversários, mas, não saem dos cinquenta anos!
Cada idade tem o seu encanto. Para que esse
medo de envelhecer? É claro que traz certas limitações
e a nossa imagem, no espelho, já não é aquela
dos áureos tempos de mocidade...Mas, vamos adquirindo
sabedoria, ao longo do tempo e conquistamos
mais qualidade de vida.
Esse encanto de envelhecer, sabendo ser jovem
por dentro, é bom por demais. A juventude renasce
em nós e tudo pode suceder,até desembocarmos em
um sonho, onde a juventude caminha, lado a lado,
com o envelhecer, aprendendo a valorizar o presente,
aproveitando cada momento, pois, a vida tem o
seu encanto.
Aprendendo a envelhecer, alegremente, sabedoras,
que somos, que, os melhores vinhos, são os das
safras antigas, vamos aprender a sorvê-los vagarosamente,
aproveitando a beleza da vida.

Texto do livro "Atravessando Pontes"
ISBN 978-85-366-3399-2
Editora Scortecci

Poderá ser adquirido nas livrarias Cultura e Martinsfonte.
Também aqui: asabeça.com.be tel (11) 30313956
Ou nas livrarias Curitiba www.livrariascuritiba.com.bs
para quem mora em Londrina, no shopoing Catuaí, há a livraria Curitiba. 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Longe da juventude

Sinto saudades da minha juventude, o tempo passa muito
rápido como se fosse um foguete e não percebemos que
temos mais passado que futuro.
Está chegando meu aniversário e eu ainda estou aqui,
longe dos abraços e felicitações.
Cada vela que coloco no meu bolo de aniversário todos
os anos, fico mais exigente, pois cada vela representa mais um
ano que eu ganhei de vida!
Os anos voam e me fazem lembrar quem eu sou e quem
eu fui quando jovem. Sinto falta... Muita falta de ter minhas
frases completas antes mesmo de eu saber o que ia dizer. Ah!
Como a juventude é gostosa! Sinto falta das conversas repetidas,
das mesmas histórias, dos medos de sempre. Falta das
amigas que nunca mais eu vi. Falta do futuro, pois o passado
é bem mais longo que o futuro.
Sinto falta de casa, do cheiro de café, do colo, do riso,
sinto muita falta do eco que as alegrias daquela época faziam,
alegrias antigas. Sinto falta da porta da rua, por onde eu, ainda
jovem, saltava sem medo para o futuro! Sinto falta da jovem
que eu sabia ser. Sinto falta da conversa no portão, das
brincadeiras no quintal de casa. De não ter medo e desejar
fazer de tudo!
Sinto falta das vozes de crianças correndo na rua. Da
minha criança que correu e ficou jovem. Sinto falta do cheiro
de menina, falta do grande aconchego com os pais.
Falta de saber os percursos da cidade em mim, que eu
conhecia como a palma da minha mão, como se a qualquer
momento fôssemos voltar naquele tempo e voar por onde outrora
andei na juventude. Como se a qualquer momento fosse
colocar o meu mundo no lugar. Sinto muita falta da minha
juventude! É... Está chegando meu aniversário e eu estou aqui
longe de mim, longe da minha juventude!