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segunda-feira, 29 de março de 2021
É importante valorizar cada ano conquistado, lembrando-se de que o que nos faz mais belas como pessoas é a experiência, o nosso conteúdo.
Faça uma comparação entre a mulher que você foi há 10 ou 20 anos atrás e a que se tornou hoje. Não se prenda ao campo físico, mas sim das emoções, da inteligência e da competência e veja sua evolução...
A sua idade agora é sempre a melhor idade, porque é tudo que você tem, o presente...
Marilina Baccarat de Almeida Leão
sexta-feira, 5 de março de 2021
O SÓTÃO COM SUA MUSICALIDADE
O SÓTÃO COM SUA MUSICALIDADE
De repente, o surpreendemos, tocando em nosso ser, de leve, almejando a sua vez de tomar a nós..., assim é o livro “O Sótão”, que coloca em seu texto uma verdadeira musicalidade...
Outras ocasiões, ele passa por entre nossas amarguras, querendo expurgá-las para bem longe. Surpreende-nos, na musicalidade que há em seus textos, com cadencias e respeitando as sincopes, como se estivéssemos dentro de um libreto de uma ópera singular...
Os personagens, olhando-nos de esquinado, aguardando-nos, para que, virando as páginas dessa partitura, eles passem por nós outras vezes, em outros espetáculos, fazendo- nos sentir o verdadeiro sentido do ser humano...
Há uma placidez em nosso ser, bem diferente de ser apenas uma literatura, bela e, escrita para teatro..., mas, com musicalidade contida dentro desse texto de Ivan Sarney...
Em sua profundidade, há a sagacidade de um encantar, como um pianista em seu concerto, que no momento da apresentação, vai até as alturas alcandoradas...
Marilina Baccarat de Almeida Leão
(escritora brasileira)
segunda-feira, 1 de março de 2021
O Sótão
domingo, 14 de fevereiro de 2021
terça-feira, 2 de fevereiro de 2021
Valorizo
cada minuto da minha vida, como se fosse o último.
E sou
feliz por poder ter, sempre, um sorriso no rosto.
Sinto-me feliz, porque sou feita com a beleza da vida.
E, enquanto viver, minha
felicidade me moverá.
Marilina Leão escritora brasileira
En la Fuerza Aérea Argentina, recebendo o título de embaixadora da paz.quarta-feira, 9 de dezembro de 2020
A vida
domingo, 8 de novembro de 2020
Abrindo as velhas portas
sábado, 31 de outubro de 2020
A Santista Maria Arruda Baccarat
MARIA BACCARAT, A PRIMEIRA ADVOGADA SANTISTA
A revista Flamma, circulante em Santos entre os anos de 1921 e 1956, sempre dedicou bastante espaço para o universo feminino, servindo como importante meio de comunicação para este público, exaltando ainda a beleza e a capacidade da mulher santista. Entre as muitas curiosidades estampadas em suas páginas, foi motivo de destaque, na edição nº 10, de outubro de 1940, a conquista da jovem Maria Arruda Baccarat, considerada a primeira mulher santista graduada em ciências jurídicas na história da cidade.
Formada pela Faculdade de Direito de São Paulo (Largo de São Francisco) na turma de 1939, Maria Baccarat obtia seu ingresso na 2ª subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em setembro de 1940, motivo pelo qual a revista decidiu fazer uma homenagem a esta pioneira do Direito santense. Dizia a nota de uma página sobre a jovem:
“Flamma presta, hoje, justa homenagem à primeira santista formada em ciências jurídicas e sociais. Maria Baccarat, advogada nos auditórios desta comarca, tem um nome a zelar. Seu pai, Samuel Baccarat, foi um dos mais ilustres e ardentes causídicos que militaram no cível e no comercial, conseguindo os mais belos triunfos nas lides forenses desta cidade. Vereador laborioso, político inflamado, tornou-se no seu tempo, elemento indispensável ao nosso meio, que ele soube dignificar com a sua nobreza de caráter.
É o patrimônio desse nome ilustre que a Doutora Maria Baccarat tem de respeitar e defender, na sua nobre e elevada carreira. E estamos seguros de que s.s., com o brilho do seu talento, com a luminosidade da sua simpatia, com a intrepidez de sua juventude, tudo fará para conservar a aureola de fama e de glorificação que rodeou a vida agitada e exemplar de seu progenitor.
A mulher santista terá, assim, para representa-la no setor da vida do foro local, uma legítima glória, moça que nasceu na princesa do mar, a quem o poeta das Cantigas teceu as mais afinadas estrofes nos seus magníficos poemas de romantismo e sentimento.
A doutora Maria Baccarat, ilustrando com a sua mocidade a página de honra da Flamma, consagra-se desta forma, na genuína embaixatriz da mulher santista, no posto de ardente defensora do direito e da justiça. E a nossa revista, ao prestar-lhe esta prova de simpatia e admiração, cumpre um dever e homenageia a mocidade feminina na pessoa dessa intrépida e inteligente conterrânea, exemplo de cultura, coragem e esforço”
Maria Baccarat militou na comarca santista por alguns anos. Também contribuía com textos dramáticos para as novelas produzidas pela Rádio Atlântica, de sua família. Em 1953 prestou concurso público para trabalhar na área jurídica do Ministério da Educação e Cultura. Atuou com diversos ministros, destacando-se, entre eles, Ney Braga e Jarbas Passarinho. Angariando experiência a cada ano, a santista passou a ser convidada para dar aulas inaugurais em diversas universidades pelo país, especialmente no campo do Direito da Mulher.
Em 1972, Maria Baccarat foi uma das integrantes da delegação brasileira participante da Conferência Interamericana Especializada em Educação Integral da Mulher, realizada em Buenos Aires, sob o comando da Organização dos Estados Americanos. Na qualidade de assistente jurídica do Ministério da Educação, a santista dissertou sobre os aspectos da reforma do ensino brasileiro, comandando os painéis “Educação e Aspectos Jurídicos” e “A Formação Cultural da Mulher”, mostrando o quanto elas, no Brasil, já participavam ativamente da vida cultural e intelectual do país, quer como docentes ou discentes.
Em meados dos anos 1970, após obter seus direitos de aposentadoria, mudou-se para o Rio de Janeiro, indo morar no bairro de Campo Grande. Na capital carioca atuou como procuradora-geral da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Nesta época passou a utilizar suas horas vagas para dedicar-se à literatura, lançando dois livros de poesias, todos com a temática feminina: “Versos de Maria” e “Mulher Intemporal”. Em 1994, já passando da casa dos 70 anos de idade, a grande santista lançava um romance intitulado “Mulheres de Outrora”, que discutia o papel feminino nas sociedades dos séculos 18 e 19. O evento de lançamento aconteceu no auditório do Palácio Gustavo Capanema, do Ministério da Educação e Cultura, no Rio de Janeiro.
Maria Baccarat não se casou e não teve filhos. Seu falecimento aconteceu antes de 2005, como apurou o colaborador do Memória Santista, Vicente Vazquez, que encontrou um acórdão do Tribunal de Contas da União, na análise das contas da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Em determinado trecho do documento, o texto é claro: “16.4 Por fim, transcreve trecho atribuído a Gaston Gèze, citado pela saudosa Consultora Jurídica do MEC, mais tarde Procuradora-Geral da UFRRJ, Maria Arruda Baccarat, em estudo sobre o art. 5º. da LICC, intitulado ‘Exegese da Lei’, publicado por aquela Universidade em 1991” .
Filha de Samuel Baccarat, autor do livro “Capacetes de Aço” e eminente político
Maria era a filha caçula, a quinta do casal Alda Arruda e Samuel Baccarat. Ele fora um grande advogado, formado em Direito no Largo São Francisco em 1915. Ingressou na política local e chegou ao posto de deputado estadual entre 1925 e 1927. Lutou na Revolução Constitucionalista de 1932, sobre a qual escreveu o livro “Capacetes de Aço”. Acabou exilado pelo governo Getúlio Vargas e acabou morrendo em 21 de março de 1934 na cidade francesa de Marselha, vítima de apendicite.-
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
A menina que vive em mim.
terça-feira, 18 de agosto de 2020
SER E VIVER
SER E
VIVER
Uma das maiores artes, de ser e viver, é saber abrir mão das realidades, que não servem mais, como o rancor, a inveja, para receber com gratidão uma nova realidade, e, depois abrir o coração para se doar com amor...
É estar aberto para receber e reconhecer as pequenas e grandes coisas, que chegam ao nosso caminho, com gratidão, mesmo que não estejam dentro das expectativas...
Procurar dar atenção, carinho, uma palavra amiga, sem esperar nada em troca...
O dia se inicia, quando acordamos, qualquer que seja o horário...Nunca é cedo, jamais é tarde; simplesmente é o tempo...
O passo atual é o mais importante, pois não há o último passo...,o próprio elo da vida, que é o amor e a paz, é mais importante, vital e livre...
Quando começamos a nos doar em amor e dar atenção, para os outros, começa a paz de ser e viver. Ouvimos, com o coração, alguém, que esteja precisando de algo, sentimo-nos útil...
No final do dia, quando a noite chega, antes de colocarmos nossas cabeças em nossos travesseiros, experimentamos a paz, sobre tudo, como os momentos e oportunidades em que permitimos ofertar o nosso tempo, com carinho...
Depois, poderemos dormir com alegria e paz no coração, pois praticamos a arte de se doar e, de fato, somos privilegiados...
Afinal, as pessoas especiais não têm medo de ser vulneráveis, não temem dividir conhecimentos, compartilhar sonhos, ideias e alacridades..., sabem que não são únicas, mas que fazem parte de um todo..., elas têm prazer em estender as mãos...
A qualquer hora, dia ou lugar, podemos agir com o coração, e, tendo a certeza de que o amor e a paz, são o que faz a vida ser maravilhosa...
Texto de Marilina Baccarat de Almeida Leão, que foi publicado na antologia da Academia de Letras do Brasil.
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terça-feira, 4 de agosto de 2020
Na partitura da vida
sábado, 25 de julho de 2020
Dia do escritor
segunda-feira, 20 de julho de 2020
Medo da Solidão
Necessitamos, muitas vezes, estarmos sós, para vivermos isolados e poder elucubrar sobre a vida, quando temos a isolação, a nos acompanhar...
Sem o retraimento não me atiro, não me arrisco, não me camúflo... Dissolvo-me, espalho...
Na solidão, esqueço-me. E nos silêncios com as noites sôfregas, que são povoadas de desejos ávidos, olho-me no espelho e me acho dentro do isolamento...
Não percebo os estímulos, não acalanto a ternura, que mora em mim... Não aquieto os meus temores de ser só... Com a solidão, poderei sair por aí, caçando afetos, aceitando sobejos, confundindo não estar só... Trocarei, em sonhos, bilhetes tristes e acordarei vazia de mim mesma... Perder-me-ei na fragilidade, que é o lugar onde encontro a mim mesma...
Sairei, com os pés descalços, braços bem abertos, desviando-me do tempo, buscando por ternura, acolhendo afetos mendigados, para não estar sózinha...
Só para ludibriar o tempo, tendo a bravura, manter-me-ei transtornada, só para enganar o momento e não ter que esperar a vida passar, assim mesmo...
Sem a penumbra, atraiçoarei meus desejos, gracejarei sem achar graça... Só para não ter que me refugiar na solidão... Acobertarei os meus lamentos e recolherei o meu pranto, para que ninguém pressinta...
Caminharei por caminhos áridos, tendo como companhia a audácia... Afastar-me-ei de mim mesma, perder-me-ei nas trilhas da solidão, pois, é ali, que me encontro, de onde observo um jardim secreto, com acesso ao templo, que há em mim...Medo?... Sim, o tenho...Mas posso perfeitamente entender, que o pavor mora lá e a coragem vive em mim, dentro desse templo, para sempre...
Transformá-la, em serenidade, é atitude da assisada que posso ser... Pois, nesse mundo, onde tudo é efêmero, a valentia pode ser um suavizo e não afadigo...
A ousadia de sentir a solidão poderá ser resgate da coragem. Jamais equívoco do medo...
Em um mundo deslumbrado. por juventude e sucesso, a solidão poderá ser livre-arbítrio, não desapossado, em nós...
Quero abraços, para esquecer a solidão, mas, ainda assim, preciso aprender a ter coragem, alumiar a essência, para clarear os seus contornos e esquecer o medo...
quinta-feira, 11 de junho de 2020
O Envelhecer
quarta-feira, 20 de maio de 2020
Não quero guardar desejos apagados
sábado, 9 de maio de 2020
As mães não morrem
quarta-feira, 29 de abril de 2020
Patria Amada
Tenho pensado no Brasil como Povo, como Nação, como Pátria minha. Como um somatório de muitos, de cada um de nós.
Esta pátria, da qual nos orgulhamos principalmente para quem já morou fora deste país enorme, quase um continente, que vemos ser vilipendiado, por nós mesmos, pelos outros e nos calamos aquiescentes, coniventes.
Falamos mal do vizinho quando sabemos que ele deu propina ao guarda para que não o multasse, mas faz o mesmo quando o caso é com ele... Falam mal da mãe de quem para o carro com as duas rodas, em cima da calçada, mas, quando não encontra vaga por perto, faz pior:- joga o carro com as quatro rodas por cima da mesma calçada.
É a tal estória:- “todo mundo faz, também vou fazer”... Não sei de onde vem isto. Se foi o tipo de colonização a que fomos sujeitos que gerou esse descompromisso, esse pouco caso com o outro, com a cidade, com o estado e consequentemente com o país. Onde erramos, como nação? Ao escolher os nossos governantes? Ao sermos corruptos e corruptores também?...Corrupção há em todo lugar, mas nos outros lugares há a punição. Aqui não, a certeza da impunidade é que faz a criminalidade crescer a cada dia. E não me venham dizer que é a miséria ou a pobreza a causadora disto tudo. Não, isso é cultural e ancestral, carregamos em nossos genes o desejo de se locupletar mais, sempre que possível, pouco se importando com o resto do país. Pensamos que há um Brasil, para cada um de nós. Um Brasil moldável, adaptável aos nossos próprios interesses, um interesse, em detrimento do TODO!
Temos que pensar em começarmos a construir a ideia de que somos todos nós, juntos, quem formamos a Nação.
Não só quem legisla, não só quem executa as leis, não só quem as faz cumprir. Mas o povo, tendo em quem se espelhar, vendo exemplos de amor à pátria, para nossos filhos e netos. Comecemos a construir, dentro de nós, a autoestima necessária para que se AME uma Pátria Amada. Brasil...
sábado, 25 de abril de 2020
Ostentada Viração
Há ventosidades, que são exibidas, quando resolvem correr, virando as esquinas com a máxima velocidade, fazem tanto estardalhaço que parecem querer levar o que encontram pela frente, a nos envolver junto a elas...
Certos ventos chegam com calma, não fazem muito barulho, e nos deixam maravilhados, ao senti-los que estão a acariciar nossas faces... Mas, há sopros, que se acaçapam e se misturam às folhagens do outono, como se estivessem fazendo as folhas dançarem; batem no solo e jogam poeira em nossos olhos, e, ao sermos açoitados por eles, não conseguimos compreender o porquê da agressão...
Existem virações antigas, que, ao longo da nossa vida, dobramos as arestas a favor delas. Elas sopram, com tanta força, que parecem dar o tom, para que um coral entre e entoe lindas canções, com várias vozes, sempre arrumando uma maneira de ventar, sempre, a nosso favor...
Há ventos recém-chegados, que parecem deixar suas bagagens no chão, e correm para nos abraçar, pois já nos conhecem há muitos anos, chegam com uma brisa bem leve e logo se transformam em uma ventania, batendo direto em nossa alma...
Esses são ventares, que são velhos conhecidos nossos, sabemos, até, o tempo em que eles aparecem, como gostam de caminhar, e a quanto costumam correr. São sopros quase sem surpresa, sopram contra nós, com a mesma mania de nos incomodar...
Constituem em uma ventania, da qual nós reconhecemos o cheiro, quando se aproxima, o barulho dos seus passos aproximar-se, a atmosfera, que lhe antecipa a chegada... Uma rajada, que bate de frente, olhando em nossos olhos, e perguntamos sem eufemismo: – Você, novamente? – Outra vez? Pois é, ele de novo, é um favônio que, às vezes, parece que não vai passar nunca... Há dias em que gostamos, outros não... O que não sabemos a respeito daquela ventosidade, era o porquê de soprar tanto, abrindo, assim, uma dor que ela mostrava existir..., que amargura era aquela que se estendia, em um vaivém cada vez maior, para tantos pontos de nós...
Mas, em uma certa manhã bem fresquinha, com o céu azul, a enfeitar o dia, de repente, o sol se esconde por detrás das nuvens escuras, que pareciam estar cheias de chuva, parecendo uma dança simultânea, entre eles e tudo que se passava em nosso íntimo...
Lá estava ele, de novo, o velho vento conhecido nosso... Mas, agora, foi surpreendente, pois não ouvimos os seus passos, não sentimos o seu cheiro, apenas sentimos, em nossas faces, a forte brisa, que parecia trazer uma mensagem:
– Olhe para os seus sentimentos, eles os acompanharam durante toda a vida... Era uma lufada, onde não cabiam palavras, apenas um entendimento, que só acontece, quando é possível sentir a harmonia daquele momento... Tivemos a percepção de que estávamos em um ambiente completamente escuro, onde as cortinas se abriam e uma grande orquestra iniciava uma sonata... Para nós, parecíamos estar dentro de um adágio, numa busca em que nos sentíamos desesperançados, onde os maiores vendavais não seriam capazes de nos ajudar a sair daquele lugar...
Até que a refega se acalmou, chegou o momento em que conseguimos alcançar a claridade, naquela escuridão e pudemos entender o que a ventania queria nos dizer... Entendemos o porquê daquele zéfiro exibido, que soprava tão forte... Ainda, ali, parados, sentindo a luz do sol, que despontava no horizonte, desejávamos desistir da companhia do estadeado vento, ao qual nos apegávamos, pois, já conhecíamos a sua fragilidade... Na expectativa, acompanhada da frustração, em que ele nos envolvia, tentamos encher aquele espaço vazio, com tantas emoções incapazes de preenchê-lo, manter aberta as janelas, até que ele pudesse voltar e com calma, em uma brisa suave, acariciar as nossas faces e curar o pavor, que sentíamos desses furacões...
Não, aquele ventar, que aguardávamos, chegando e arrancando as grades das janelas, entrando, trazendo, com ele, todos os anseios, não viria mais... A possibilidade desse exibido chegar, viria somente com a nossa aceitação. Do nosso desapego e do nosso autopreenchimento, de nós mesmos... Naquele momento, aceitamos que o exibido voltasse, escolhemos não desistir. Deixamos as janelas abertas, para que ele entrasse. Ainda não sabíamos, exatamente, como iriamos fazer, contudo, estávamos confiantes de que, de alguma maneira, ele voltaria...
A noite já havia jogado o seu manto estrelado, sem o vento e sem a lua, mas foi a primeira vez que o vento levou nossa ilusão de termos a felicidade... Mas, sabíamos, demoraria um pouco para que ele viesse novamente, sanar a falta que sentíamos desse ostentado vento, como, sempre, acontecia...
Naquele tempo, sentimos que o sol voltaria a aparecer junto com a aragem, embora fosse provável que ainda demoraria atrás de algumas nuvens...
Entre tantas ventanias ostentadas, experimentamos um afetuoso apreço, pela capacidade que a vida tem de se renovar, mesmo quando é passado algum tempo, sem que tenhamos o estadeado vento, a arrancar as grades das janelas...
Texto de Marilina Baccarat de Almeida Leão, no livro "Vertices do Tempo" página 26
domingo, 19 de abril de 2020
Minuto presente
Preste atenção ao que está fazendo.
O ontem já lhe fugiu das mãos.
O amanhã ainda não chegou.
Viva o momento presente, porque dele depende todo o seu futuro.
Procure aproveitar ao máximo o minuto do minuto em que está vivendo, tirando todas as vantagens que puder, para seu aperfeiçoamento.
Marilina Baccarat de Almeida Leão ( escritora brasileira)
No livro "Vértices do Tempo "