sexta-feira, 23 de junho de 2017

Minhas retentivas

Minhas retentivas me mostram belezas inigualáveis, de tempos passados... E...em outras tantas, construídas pelo meu consciente, recém restaurado por meu pensar e sentir, como se fosse uma nuvem a me em cobrir e, juntas, caminharmos de volta ao passado, onde, em um simples retrato, se inscreveu toda uma verdadeira
formosura, que se passou...

 Minhas espécies respiram o ar puro do meu pensar, das minhas caminhadas, por elas, ao avistar, pelo caminho, orquídeas, ou, simplesmente sentar-me em um dos seus bancos toscos e ficar ouvindo o silêncio...
Marilina Baccarat no livro "O Eu de Nós" 

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Pois corre em nossas veias, um rio que  sabe sobreviver as tempestades e, quando desembocamos no mar da vida, sabemos vencer as mais violentas ondas...Somos rio, somos mar, mas, sabemos vencer todas as desditas, que por acaso aparecerem em nossas velejadas pela vida...

                                               
 

sexta-feira, 16 de junho de 2017

autosuficiência

Transformamo-nos muito, adquirimos mais desenvoltura para tratar os assuntos que a nós interessa. Escolhemos as trilhas que devemos seguir, e com muito mais sabedoria...         Por isso somos como o rio e o mar...Conquistamos a nossa  tão sonhada autossuficiência, assim como o mar e rio Usurpam as suas...

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Tudo é mais ou menos assim... Para onde vai tudo que se viveu, a mágica de certos instantes, a cumplicidade de dividir o tempo... Para onde vão os momentos, que caminhamos no passado... Para onde vai o presente, que se vive,  hoje... Talvez, em alguma nuvem, onde todos os sonhos, que tivemos, tão reais e etéreos, como o tempo  e,  ali,  ficaram... Tudo é mais ou menos assim... Somente, ficam o sumo, a essência, a força, que tivemos de viver... Não podemos esquecer o passado, e aceitar o presente é inevitável, pois tudo é mais ou menos assim... Tudo que vivemos e sentimos vira acervo; é nosso para sempre, guardado no inventário da vida... É fundamental que cuidemos da nossa história. Tendo somente coisas lindas, sem desesperança... Pois tudo é mais ou menos “ASSIM”...
Marilina



Marilina Baccarat de Almeida Leão - Descendente de franceses, a escritora nasceu em São Paulo, Capital, onde viveu sua infância e juventude. Seu avô, José Baccarat, foi delegado e prefeito de Santos (SP), na década de 1940. Foi professora de música clássica e canto erudito, com especialização em órgão. É afiliada à REBRA – Rede de escritoras brasileiras e membro da ALG – Academia de Letras de Goiás. Recebeu, no dia 17 de janeiro de 2015, o Prêmio Luso-Brasileiro, de poesias, na Ilha da Madeira – Portugal. É acadêmica imortal da Academia de Ciências, Letras e Artes de Vitória – ES, tendo uma das cadeiras patronímicas em seu nome. É, também, acadêmica da ALAF – Academia de Le-tras de Fortaleza. No dia 28 de fevereiro de 2015, recebeu, da Associação Internacional de Escritores, o prêmio de escritora destaque de 2014. É acadêmica na Academia de Letras, Música e Artes de Salvador – BA. Acadêmica fundadora da Academia Mineira de Belas Artes (MG). Recebeu, no dia 23 de janeiro de 2016, da Associação Internacional de Escritores, a medalha Luiz Vaz de Camões, por sua contribuição à cultura. No dia 27 de fevereiro de 2016, recebeu o prêmio de melhor cronista de 2015/2016 da Prefeitura de Ouro Preto (MG). No dia 5 de março de 2016, recebeu, da Academia de Letras de Fortaleza, a medalha Raquel de Queiroz, por sua contribuição à cultura. Recebeu, no dia 28 de março de 2016, na Maison Baccarat, em São Paulo, a comenda de acadêmica imortal da COMBLA – Confederação Brasileira de Letras e Artes. Da mesma Confederação Brasileira de Letras e Artes, recebeu a comenda de “Comendadora”. Recebeu, no dia 28 de maio de 2016, em Goiânia, o troféu Cora Coralina da Academia de Letras de Goiás. No Memorial de Curitiba, em 06 de agosto de 2016, das mãos do secretário de Cultura, recebeu o troféu “Melhores do Ano”, por sua ativa e valorosa contribuição à cultura lusófona. No dia 5 de agosto de 2016, recebeu a medalha Fernando Pessoa, por sua dedicação e liberdade de expressão e de efetividade em benefício da sociedade lusófona. Em 23 de Maio de 2017 recebeu a comenda conde de Cheverny na França, no castelo de Cherveny, por sua contribuição à cultura.  Pertence à Academia de Letras de Valparaiso – Chile. Reside em Londrina – PR, chamada de pequena Londres.
Serviço:
É Mais Ou Menos Assim
Marilina Baccarat de Almeida Leão

Scortecci Editora
Crônicas
ISBN 978-85-366-5107-1
Formato 14 x 21 cm
208 páginas
1ª edição - 2017

Mais informações:
Para comprar este livro verifique na Livraria e Loja Virtual Asabeça se a obra está disponível para comercialização.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

AMIZADE

A amizade deveria ser algo completamente sem interesses, como nossos olhos. Eles piscam juntos, eles se movem juntos,
eles choram juntos, eles veem coisas juntos e eles dormem juntos, embora eles nunca vejam um ao outro estão sempre juntos...



Marilina Baccarat de Almeida Leão

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Marilina Baccarat lança o livro "É Mais ou Menos Assim"



É MAIS OU MENOS ASSIM / Marilina Baccarat de Almeida Leão
Vida, aqui vou eu... Sobre o querer e o conseguir, sem precisar mostrar, aos outros, coisas, que não consegui... Tudo é mesmo assim... Ninguém, realmente, consegue o que tudo quer... É mais ou menos assim... A não ser com muito esforço, conversando consigo mesmo, sozinho, cara a cara, com seu consciente... Tudo é mais ou menos assim... Lutamos porque queremos conseguir tudo que almejamos e, assim... O querer é verdadeiro, lutamos até conseguir... Ninguém, realmente, consegue o que quer sem esforço... É mais ou menos assim... Só conseguimos com muito esforço, conversando com a gente mesma, cara a cara com o nosso consciente... Lutamos porque queremos conseguir tudo que almejamos e, assim, alçamos voos altos, até às alturas mais longínquas. Até conseguirmos atingir o que tanto desejamos...
Marilina
Tudo é mais ou menos assim... Para onde vai tudo que se viveu, a mágica de certos instantes, a cumplicidade de dividir o tempo... Para onde vão os momentos, que caminhamos no passado... Para onde vai o presente, que se vive, hoje... Talvez, em alguma nuvem, onde todos os sonhos, que tivemos, tão reais e etéreos, como o tempo e, ali, ficaram... Tudo é mais ou menos assim... Somente, ficam o sumo, a essência, a força, que tivemos de viver... Não podemos esquecer o passado, e aceitar o presente é inevitável, pois tudo é mais ou menos assim... Tudo que vivemos e sentimos vira acervo; é nosso para sempre, guardado no inventário da vida... É fundamental que cuidemos da nossa história. Tendo somente coisas lindas, sem desesperança... Pois tudo é mais ou menos “ASSIM”...
Marilina
Marilina Baccarat de Almeida Leão - Descendente de franceses, a escritora nasceu em São Paulo, Capital, onde viveu sua infância e juventude. Seu avô, José Baccarat, foi delegado e prefeito de Santos (SP), na década de 1940. Foi professora de música clássica e canto erudito, com especialização em órgão. É afiliada à REBRA – Rede de escritoras brasileiras e membro da ALG – Academia de Letras de Goiás. Recebeu, no dia 17 de janeiro de 2015, o Prêmio Luso-Brasileiro, de poesias, na Ilha da Madeira – Portugal. É acadêmica imortal da Academia de Ciências, Letras e Artes de Vitória – ES, tendo uma das cadeiras patronímicas em seu nome. É, também, acadêmica da ALAF – Academia de Letras de Fortaleza. No dia 28 de fevereiro de 2015, recebeu, da Associação Internacional de Escritores, o prêmio de escritora destaque de 2014. É acadêmica na Academia de Letras, Música e Artes de Salvador – BA. Acadêmica fundadora da Academia Mineira de Belas Artes (MG). Recebeu, no dia 23 de janeiro de 2016, da Associação Internacional de Escritores, a medalha Luiz Vaz de Camões, por sua contribuição à cultura. No dia 27 de fevereiro de 2016, recebeu o prêmio de melhor cronista de 2015/2016 da Prefeitura de Ouro Preto (MG). No dia 5 de março de 2016, recebeu, da Academia de Letras de Fortaleza, a medalha Raquel de Queiroz, por sua contribuição à cultura. Recebeu, no dia 28 de março de 2016, na Maison Baccarat, em São Paulo, a comenda de acadêmica imortal da COMBLA – Confederação Brasileira de Letras e Artes. Da mesma Confederação Brasileira de Letras e Artes, recebeu a comenda de “Comendadora”. Recebeu, no dia 28 de maio de 2016, em Goiânia, o troféu Cora Coralina da Academia de Letras de Goiás. No Memorial de Curitiba, em 06 de agosto de 2016, das mãos do secretário de Cultura, recebeu o troféu “Melhores do Ano”, por sua ativa e valorosa contribuição à cultura lusófona. No dia 5 de agosto de 2016, recebeu a medalha Fernando Pessoa, por sua dedicação e liberdade de expressão e de efetividade em benefício da sociedade lusófona. Pertence à Academia de Letras de Valparaiso – Chile. Reside em Londrina – PR, chamada de pequena Londres.
Serviço:
É Mais Ou Menos Assim
Marilina Baccarat de Almeida Leão
Scortecci Editora
Crônicas
ISBN 978-85-366-5107-1
Formato 14 x 21 cm
 208 páginas
1ª edição - 2017
Mais informações:
Catálogo Virtual de Publicações
Para comprar este livro verifique na Livraria e Loja Virtual Asabeça se a obra está disponível para comercialização.
http://www.scortecci.com.br/catalogo/detalhes.php…

terça-feira, 6 de junho de 2017

O fluir da água

Aqui, nestas beiradas, só estávamos nós três, as tiorgas, os peixes e nós... Era como se os nossos três olhares estivessem abarcando todo o universo, como se por um instante, os fragmentos de nossas vidas tivessem se recomposto...
Havia perguntas e respostas, todas reunidas num único sopro de vida... Quantos acontecimentos de nós não lembramos, havia o presente e o futuro, que seria o que nos anos vindouros construiríamos...
Tudo o que acontecera antes não tinha a menor importância, tínhamos certeza de que tudo superaríamos. Qualquer obstáculo seria fácil para nós...
Isso para nós nunca seria azucrinante. Tudo seria apenas natural, pois seríamos como o fluir da água...
 


Marilina Baccarat no livro "Corre como um Rio"

                                       
     

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Decidir o caminho


Somos humanos e é por isso que temos o direito e o dever de crescer todos os dias...
Posso deixar para trás caminhos, que sempre percorri, mas posso aprender a trilhar um novo caminho...Entretanto, só eu posso decidir por este renascer diário...
No livro "Pelos Caminhos do Viver"


  

sábado, 27 de maio de 2017

Há Mares e Marés

                     MARES  E  MARÉS                       
 Navegando, pelos mares, quando ele está calmo e o sol batendo em suas águas serenas, sentimos uma tranquilidade, que ignoramos e julgamos não haver elucidação...  Uma  calmaria, que nos dá conforto...  
  Mas, quando estamos no meio do oceano e a maré se torna revolta, é como se sentíssemos o mar agitado, com ondas de mais de setenta metros de altura, a acabar com a nossa quietude, diante da revoltada maré, que bate no barco, querendo alterar o nosso rumo...  Transportando-nos  para outra direção...                   

Quando o mar se arruaça, é hábil, para acabar com toda a nossa  perspectiva, de podermos navegar por suas águas abrandas, sem que sintamos o pavor da rebeldia do mar, a querer fenecer com a nossa miragem, de que tenhamos uma maré de paz e  pacífica...        
Há marés na vida de todos nós... As marés  são refluxos, que nos trazem aquela 
calmaria, exatamente, quando, a tendência do mar agitado, fica  plácida...
Muitas vezes, após o mar se insurrecionar, com suas ondas gigantescas, a bater nas pedras, parecendo requisitar o seu lugar; a nossa maré pessoal poderá ser abalada. Pois, a violência de suas maretas levam nossas alegrias, deixando-nos em um mar de tristeza e agonia...
 Como se fosse uma conflagração em nosso ser, ele irritar-se por muito tempo, até que as ondas se acalmem e o mar se tranquilize... Mas, temos que enfrentá-lo e deixar que as marés da expectativa, com suas marolas, de calmarias, voltem a ocupar toda a nossa essência...
 O mar, quando está  crespo, as ondas nos horripilam, o céu se cobre de véus cinzentos. Não temos escapatória...  Roubando-nos a alegria, as ondas continuam a bater nas pedras e, com isso, sentimo-nos impotentes...
 Mas, ele pode abrir caminho para uma maneira nova de sentir a beleza da maré, quando  ela quer  mostrar-nos a sua rebeldia...  Nessa hora, o mar nos acalma e podemos observar a beleza que há, em seu balé, que, como se fossem passos de dança, vai e volta, batendo nas rochas ... Então... elucubramos: “Há mares e marés”...
Mares, que parecem querer-nos engolir com toda a sua força... E marés, que resolvem bailar e encantar-nos...
O mar, com sua imensidade, nos arrepia, principalmente, quando estamos no meio do oceano e não enxergamos nada, a não ser  a vastidão dele e, muitas vezes, enxergamos o céu cinza... Mesmo assim, com um mar encapelado, podemos bispar, em seus marouços imensos, a perfeição que há dentro deles...   Se ouvirmos a sua música, quando açoita, ficaremos mais calmos... Pois elas parecem até querer se exibirem, almejando aplausos...
Carregamos toneladas de veneno em nossas veias, pois sentimos medo das colossais ondas...
 Quando a maré se acalma e o mar fica sereno,  instala-se  a bonança, para nos acalentar...  E, assim, ficamos adocicados pelo alívio, que, em nós, se instala, devolvendo-nos a paz tão almejada...           Não nos importaremos de carregarmos toneladas de açúcar, para adoçar a nossa vida, logo depois que o mar se abranda... As ondas se transformam em marolas adocicadas, onde poderemos nadar com segurança...
Os tumultos podem até ser bastante agitados, um tipo tenebroso mesmo, que poderá nos apavorar... Mas não abalará o nosso eu...Não fomos culpados... Quem sabe foi o vento, ou a tempestade...
Então, instala-se a calmaria em nosso ser... E, assim, ficamos adocicados pela fleuma, dulcificados de nós mesmos, pela tranquilidade, que se fez...
Seja o encapelado mar bastante violento, tenebroso mesmo, com suas ondas violentas a nos apavorar... Mas não abalará a nossa quietude...Jamais...
Os nossos sentimentos, talvez, tenham sido cúmplices dessa revolta toda do mar...  Mas, se mantivermos a quietude, conseguiremos passar pelo mar e vislumbrar, dentro dele, a maravilha que há, quando a maré está  agitada e suas ondas bem altas...   Cúmplices, talvez, fomos nós, de toda essa rebeldia do pélago...Mas, nossas alegrias resistem, guardando, em paz, a beleza, que há em suas marés...E, se olharmos, ao redor, vamos ver que estávamos protegidos, dentro daquelas cenas, que nos amedrontaram...  As ondas são altas, o mar se revolta e não temos como acalmá-lo...Seja o encapelado mar, o calmante para o nosso  ser...  Talvez, muitas vezes, esqueçamos cedo demais, que, dentro de nós, sobrevive o mar e as marés... Todo o mecanismo do nosso corpo nos diz isso: Há mares e marés, que podem  nos  apavorar...Nossas desordens de sentimentos são riquezas poderosas, que guardamos, dentro de um tesouro, que, no fundo do mar, está... Assim, é  a maré alta, ora fazendo com que o mar fique revolto, em outras, sossegado, como os ensejos de nossos anseios...
Seria caricato ficar culpando os nossos sentires,  pelo que aconteceu... O mar encapelado, levando nossa alegria e dando lugar à angústia, em nossas comiserações...O resgate de nossa prosperidade, após o passar das furiosas correntes, em nossos cálices, como se elas fossem culpadas pelo mar convulso, que houvera  em  nossas  piedades,  devem ser abdicados...Vivemos culpando as marés, que, por nós, passaram, no resgate do sofrido, arrasando com o nosso ego e atravessando o nosso peito, como uma flecha...É chegada a hora de repensarmos nossos feitos, que, no ocorrido,  ficaram...                                      As ondas estupras, altas, que fizeram com que as preamares enfurecessem o mar, a nós não mais raiarão...Cá dentro de nós, há mares de prazeres e marés de vencedores e não perdedores...Derrubar, por terra, o conceito ultrapassado dos ensejos intranquilos, que, por nós, aqui, passaram  e que, às vezes, ainda, teimam em querer aparecer, por aqui...Depois que o mar se acalma, reconstruir-nos-emos, buscando, sempre, as correntes, em que o mar leva o nosso barco...  Agora, não há mais angústia...Esse mar de agitação, que, muitas vezes, passa, em nossa vida, não vai conseguir, jamais, levar a beleza da nossa alegria pela vida...                                                                                                       Nossos sentires são nobres...Sabemos enfrentar o medo   de um mar revolto, ainda que as marés estejam   apavorando-nos  e inundando nosso eu  de pavor...                                 As compaixões nascem, dentro da beleza da maré, quando ela está calma...serena...            Avistamos, em suas maretas, a tão desejada quietude...  E não há mar insurreciono, que possa acabar com a felicidade da nossa existência... Rebelo, mares passam e as alacridades ficam, para nos mostrar a força, que temos, de poder vencê-los...  E essa mistura de angústia e belezas, que as ondas dançam, quando o mar está sublevo, é um mistifório, com a força, que há, em nós...                                                                                               Pois há mares e marés...  Os mares, com sua calmaria, nos dão o alento e as marés a desesperação, quando, revoltas, estão...  Se hoje, por um acaso, mares barulhosos surgirem, em nossas vidas, sejam as ondas fortes ou fracas, podemos demonstrar, em nossas faces, mais uma vez, que os ensejos, que vivem dentro de nossas vidas, havemos de vencê-los, em um mar tranquilo...
 Q
ue as marés, que vivem em nós, transportem-nos, para o lugar seguro...  É o que desejamos...

O que somos e demonstramos, mais uma vez, é que saberemos enfrentar os mares agitados, com as marés, que caminham junto à nós... Pois, dentro delas, existe a força, que temos, em saber enfrentar o mar, mais violento que houver...                                                                                                                Marilina Baccarat  no livro "É Mais ou Menos Assim"



quinta-feira, 25 de maio de 2017

Viva a Vida!

      Quem tem medo de gastar sentimentos, pode ter certeza, eles vão faltar mais adiante...                           Não é nada agradável ficar colhendo migalhas de afeto. Amar a vida é não ter vergonha de gritar para o mundo todo que ama viver!...                                                                                                                 Basta sentir, nas interações do dia a dia, esse gosto gostoso de saber amar e respeitar a vida. Podemos sentir a vida, ouvindo o cantar dos pássaros, uma música tão melodiosa, que muitas vezes, mesmo sem demonstrarmos sentimentos, temos uma vontade imensa de pedir para que eles continuem cantando...                                                                                                                                      A admiração, pela vida, pode caber em um pequeno intervalo, entre uma inspiração e outra. Ouvimos uma música, que nos toca e sentimos vontade de cantar juntos! Temos milhares de erros, mas, os melhores acertos, são acreditar na vida. Sim, acreditar na vida, nos sonhos, em dias bonitos, em finais felizes, em anjos, em tudo que faz o nosso coração acalmar...                                                       Se alguém disser que acreditar na vida é bobagem, para mim, é um ser que não existe e que não sabe amar. Amar a vida, com coragem, é situação de defesa, que a gente cria ao longo do caminho e não podemos deixar que essa sensibilidade se desfaça, pois só servirá para nos afastar da vida e de nós mesmos. Borde delicadezas nos caminhos da vida que, muitas vezes, se tornam ásperas, mas temos que procurar reverter isso. Fazer com que a vida se torne maravilhosa depende de nós...                 Não deixe para depois. Depois é um tempo duvidoso, é distante de nós! Não perca tempo. Sorria assim que acordar, porque o dia não vai parar para dar motivos para sorrir. Brinque, cante. Ria sozinho, você vai achar engraçado lembrar algo que passou e foi agradável. Escute uma música bem antiga, que faça você cantar junto no refrão. Veja as fotos bem antigas. Lembre-se de um dia que você gostaria que se repetisse. Saia de casa, saia da rotina, saia de você mesmo. Não há motivos para ficar sentado, esperando a vida passar. Sinta-se vivo...  Viva a vida!                                                                                                                                                                                                                                              Marilina Baccarat no livro "Pelos Caminhos do Viver"

quinta-feira, 18 de maio de 2017

SONHAR ALÉM DA CONTA

Sonhar além da conta
Bebi, além da conta, sorvendo o vinho do sonho
e do Alentejo, entre o sono e a lucidez...
Dentro de um sonho maravilhoso, com conversas
entre amigas, no liminar, quando tudo parece claro
e ao mesmo tempo confuso, onde a vontade de sonhar vem como um relâmpago em dias de tempestades, e eu, precisando dela, ela chega para latejar em meus sonhos, em minhas noites sonhadoras, a ânsia, que tenho em meus pensamentos, de sonhos do viver...
Careço dessa força, desse pulsar em meus sonhos,
buscando, lá no passado, os sonhos, que ali
ficaram... Como se não coubesse em mim, essa inebriante leveza, que os sonhos me trazem...
Parada diante de mim mesma, do que sou, embriagada de mim mesma, por ter bebido o vinho do sonho, sorvendo, em pequenos goles, o desejo da
minha alma, de transitar pelos caminhos, que há no
sonho, o desejo de sonhar por toda uma noite.
Na escuridão da noite, revejo tudo o que quero,
o que preciso, buscar, dentro do sonho, o encanto de sonhar...
A porta, que me leva ao sonho, está aberta, não
sei se saio ou se fico... Vou retroceder com meus passos, fechar os olhos, para continuar a sonhar, para que eu, dentro do sonho, tome forma e me torne a mim.
Bastaria um caminhar trôpego, um passo, apenas,
para adentrar num mundo onde tudo é verdade...
O que o meu imaginário guardou durante tempos,
agora o sonho me mostra claramente, me fazendo
adentrar por suas portas, onde ali, naquele mundo
do sonho, vemos tudo diferente, onde relembramos
o passado como uma luz a clarear os caminhos do
sonho...
Um passo, apenas, mas não em falso, nos leva a
passear por esse mundo encantado do sonho, onde
só há verdade, mentiras ali não entram, pois ele mostra, com clareza, tudo o que se passou nos sonhos do passado...
Bebi, além da conta, o vinho do sonho e a noite
foi longa, com longos sonhos me levando a rever o
passado, de uma maneira maravilhosa, talvez por ter
a necessidade de sonhar e poder, dentro do sonho,
rever a infância e juventude, que me foram belas...
Além da conta, ou talvez, aquém da conta, na matemática louca, insana, santa, que é a conta sem nota fiscal do nosso viver.
Na contagem regressiva do sonho, além da conta, o
sonho me mostra todo o meu viver, dentro de seus vales, seus rios, que, ao descer, com a correnteza, vai levando com ele todos os momentos tristes e só deixando, em sua margem, os momentos felizes, que, além do sonho,
ficaram aquém de mim mesma.
Marilina Leão no livro "Em Busca dos Sonhos"

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Os sonhos estão no ar

Os sonhos estão no ar
Com nossas tarefas diárias e a falta de tempo
livre, esquecemo-nos de sonhar, de cuidar da nossa
essência e nos preocupamos, apenas, com as
obrigações.
Corremos no transito, porque queremos chegar
logo e não contemplamos a paisagem do caminho,
mergulhamos no trabalho e esquecemos de reservar um tempo para sonhar.
Há muita coisa boa em nossos sonhos, que podemos aproveitar...
 Há sensações, que vêm de dentro e que precisam ser colocadas para fora.
Assim, os dias passam e o nosso prazo de validade
diminui velozmente.
Nós deveríamos celebrar a vida diariamente,
procurando sonhar mais. Portanto, viver com mais
calma e cultivar o respeito pelo tempo de sonhar.
Compreender que não é possível ter e fazer tudo
agora, neste dia, neste momento.
Muitas vezes, ao tomarmos uma chávena de
chá, sentimos um gosto amargo, mas, depois que tomamos
o chá amargo, verificamos que o açúcar estava
no fundo da xícara. Bastava mexer para que o chá
ficasse adoçado.
Assim, devemos fazer com os sonhos em nossas
vidas. Quando sentirmos um gosto amargo é preciso refletir, revirar muitas coisas boas, que há dentro de nós, dentro de nossos sonhos e deixar de fazer careta porque os sonhos estavam amargos.
Quando achamos que os sonhos estão amargos,
e a vida também, não enxergamos o sorriso de
uma criança, não ouvimos o cantar dos pássaros,
nem sentimos o perfume das flores.
Lembrar que os sonhos estão no ar e esquecer
aquele ditado: “de amarga basta a vida”. É ter tempo e olhos para curtir e ver o que de fato tem valor, isso, sim, é saber sonhar e viver bem.
A vida é doce e ela se torna ainda mais deliciosa
à medida que enfrentamos e sorrimos.
Como já disse que há sensações que vêm de
dentro, também há sensações que vêm de fora e que precisam ser interiorizadas.
Se o caminho, que planejamos é muito longo,
não podemos nos desesperar com a distância, que
ainda falta para chegar, temos que concentrar-nos no primeiro passo e caminhar firmes, rumo aos nossos sonhos.
Podemos hoje mesmo começar algo novo, que
começa aqui, dentro da gente... Iniciar algo novo, não há desculpas novas para o que deixemos de sonhar.
Silenciosamente, enquanto organizamos nossos
pensamentos, para mais uma noite, está no ar novos sonhos, para podermos cuidar da nossa essência.
Há sonhos no ar para que possamos aproveitar...

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Não existe obstáculo, nesta vida, que o ser humano não seja capaz de superar...
Muitas vezes, as pessoas costumam se esconder atrás de suas limitações e sentimentos, impedindo que os outros possam, realmente, entender o que se passa com elas. Por isso, as aparências nos enganam. Que bom seria se cada um tivesse a coragem de ser o que, realmente, o é e de dizer o que, realmente, pensa, colocar para fora o que, realmente, sente. O mundo, com certeza, deixaria de ser, apenas, aparência e mostraria a essência. Para sermos essência, precisamos mostrar quem somos, mas, na maioria das vezes, não agradamos. Então temos que viver da aparência, mesmo contra nossa vontade, infelizmente. Somos o verdadeiro sentido de tudo aquilo que queremos ser...
 Ao acordarmos, pela manhã, escovamos os dentes, já pensando na roupa que iremos vestir. No banho, não sentimos o toque da água em contato com nosso corpo, porque estamos pensando no trabalho, que nos está esperando. Tomamos nosso café da manhã, sem perceber seu gosto, pensando nas contas, que iremos pagar. Mal sentimos o calor do abraço, que nos é dado pela manhã, porque estamos imaginando todos os telefonemas, que precisamos fazer.
Assim o dia segue, até que chega a noite. Deitamos em nossa cama e sentimos um enorme vazio, uma estranha sensação de não estarmos vivendo a vida e, sim, a vendo passar!
 É justamente isso que está acontecendo, a vida está passando e estamos nos esquecendo da essência, pensando, apenas, na aparência... 
É chegada a hora de tomarmos alguma atitude e revertermos tudo isso. Precisamos começar a prestar atenção em tudo aquilo que fazemos, mecanicamente, todos os dias...
Ao entrarmos no banho, pela manhã, temos que sentir o toque da água no nosso corpo. Tomar o café percebendo seu sabor. Do abraço, que recebemos pela manha, temos que sentir o calor que dele nos envolve. Trazer toda a nossa atenção para o momento presente. Quando estivermos no transito e depararmos com um congestionamento, não devemos nos estressar. Quando estivermos caminhando, temos que sentir o sol na nossa pele, observar os nossos passos, o caminho, as outras pessoas. Com o tempo, vamo-nos acostumando e percebendo mais a essência da vida que é o viver. Vamo-nos sentindo mais presentes e o nosso eu interior terá uma sensação de que estamos vivos de verdade!
 Assim, aprenderemos a sentir a essência da vida e não nos preocuparemos tanto com a aparência
Marilina Leão no livro "Pelos Caminhos do Viver"

domingo, 7 de maio de 2017

mergulhar no tempo

Mergulhei  no tempo, revendo minhas fragilidades,ainda que em pensamento... Em silêncio, mergulho nas  minhas sutilezas, como durante toda a minha vida...Continuo, sigo... Permaneço sendo frágil... 
Marilina Baccarat no livro "Corre Como Um Rio"

O COMPORTAMENO
Quando o comportamento de alguém lhe fizer mal, não tente mudar a pessoa, esse é o pior caminho, mais sofrido, mais tortuoso, mais custoso, mais escuro. Olhe para dentro de si e perceba quais são as emoções, que você sente. Dê atenção ao seu Eu interior, você perceberá que seu emocional foi danificado por atitudes alheias, julgadas, por você, como destoantes, como as mágoas e conflitos. Viva bem com o mundo, você perceberá uma mudança drástica, na qualidade de sua vida interior e exterior. Não seja uma modeladora de pessoas, seja uma modeladora de suas emoções! Transforme a intolerância em tolerância, pautadas no amor e, consequentemente, na verdade, amando o próximo.








Aprender a mudar.
Somos humanos e é por isso que temos o direito e o dever de crescer todos os dias. Posso deixar para trás caminhos, que sempre percorri, mas posso aprender a trilhar um novo caminho. Entretanto, só eu posso decidir por este renascer diário. Mudar, de fato, não é fácil. Experimente fazer um novo trajeto para chegar até a sua casa. As dificuldades surgirão, pois desconhecemos o novo caminho, é claro, mesmo que o caminho seja mais curto, vamos achar pior do que o anterior. Enquanto isso, a vida passa e nós que temos um sol, renascendo todos os dias, no horizonte, vamos perdendo a oportunidade de percorrer o novo caminho. Isto nos tira o valor maior da possibilidade de renovação, papel que, ao que parece, é fundamental para nós. Se você perder o ônibus, isso não a impedirá de correr atrás do próximo, que vier. Mudar e refazer um comportamento,é da natureza humana. Até a felicidade é fruto de nossa decisão de sermos felizes. Já notaram como existem pessoas, que fazem opção pela infelicidade? Elas têm vergonha de ser felizes! Como é que vão explicar para o mundo, que sempre as viu, carrancudas e mal humoradas, que agora são sorridentes e alegres? Renascer para a alegria não significa matar a tristeza. É uma mudança que temos que enfrentar. Os resistentes, às mudanças, sempre olham com um olhar de quem duvida. Dizem: Sempre agi assim e vou continuar.
Mudar não significa desconhecer os valores do passado, mas, sim, melhorá-los. A própria trajetória da vida é um processo de mudança. Reinvente, mude sempre, pois todas que souberam mudar tiveram sucesso. Não perca, pois, a oportunidade de crescer, de mudar todos os dias e de buscar a mudança, sem medo. Você verá que é esta a verdadeira delícia de se viver

VENCER A TRISTEZA

Tristeza por quê?
Vinicius de Moraes estava certíssimo quando escreveu a música: “Tristeza por que Tristeza”. 
É pura verdade!...Num dia maravilhoso de sol por que estar triste? Mas ele também estava certo quando diz em outra música: ”Tudo é alegria”.
A vida não é só alegria, os percalços hão de surgir e isso faz parte de todo o caminho que temos que percorrer.                                                                A vida, como a música, tem momentos de alegria e momentos de tristeza. Se colocarmos as duas em uma balança é possível ter esperança, sim, porque para escrever uma linda música é preciso ter um pouco de tristeza, faz parte da vida.
O poeta quando escreve uma alegre poesia,tem na alma um pouco de tristeza. A alegria é como uma manhã de sol, que a brisa bate em nosso rosto e sentimos o sabor da alegria naquela manhã repleta de felicidade, por mais um dia...                    Temos que ter um pouco de tristeza para que a alegria se manifeste logo a seguir. Se as manhãs forem sempre ensolaradas, com brisas a tocar as folhas e que dá uma vontade imensa de viver,
algo está errado. Temos que ter um pôr do sol triste e nublado também. Assim é a nossa vida, temos manhãs ensolaradas e também temos pôr do sol triste e melancólico.Particularmente não gosto do pôr do sol, acho muito triste.
Tom Jobim era um mestre da harmonia, quando escuto a música Luiza, tenho a impressão de que ele estava muito triste, quando a compôs. Mas da tristeza ele fez a alegria, pois essa música é linda e alegra o coração! Gosto quando ele diz numa de suas músicas: “Assim como o poeta só e grande se
sofrer.” E é pura verdade, sofrendo é que chegamos à alegria.
Só há arte porque existe a tristeza. Não podemos é deixar que as manhãs de sol radiante se transformem em um entardecer melancólico. Temos que trazer a alegria de volta.
A vida caminha assim, ora tristeza, ora alegria. Não podemos deixar que a tristeza tome conta das manhãs de alegria e nem do entardecer. Então, tristeza, por quê?
Seja alegre tanto nas manhãs ensolaradas quanto no entardecer nostálgico. 
Vença a tristeza dando espaço para a alegria!



domingo, 30 de abril de 2017

Eloisa Aranda comenta sobre "A VIDA É COLORÍVEL"


Cada um tem suas características e mecanismos para tornar a vida prazerosa mesmo diante das adversidades. Minha amiga Marilina Baccarat De Almeida Leão soube falar disso como ninguém.
Assim vivo eu.E vc?

A VIDA É COLORIVEL

"Há quem diga que sonha em preto e branco, outros, que sonham colorido. Sonhar colorido é muito mais interessante, pois tudo fica mais bonito. Os sonhos estão aí para definir a vida em cores. Os otimistas e sonhadores sempre vão dizer que a vida é colorível, mesmo que os sonhos sejam brancos e pretos.
A forma, pela qual todos veem a vida, não muda nada, o importante é que todos possam tornar a vida colorivel, porque o que sonham, seja preto e branco ou colorido, não importa. O que realmente é importante são os acertos, para que a vida se torne colorida.
Temos que viver colorindo a vida do nosso jeito, isto é, fazer com que a vida seja colorível. Assim seremos mais felizes.
A vida é muito mais que a exatidão de um preto e branco. Vai muito além da importância de torná-la colorida. Ela é uma dádiva e, viver plenamente, é um presente irrecusável, assim como é colorir um desenho.
Muitos diriam que, definir a vida em cores, para eles, ela seria preta e branca. Essas pessoas são muito calculistas, não se interessam muito em colorir a vida. Os pessimistas diriam que a vida é cinza, não haveria graça em tentar colori-la. Mas os otimistas e sonhadores diriam que a vida é para se colorir, então ela é colorivel.
Podemos seguir nosso caminho, logo, podemos deixar, junto a estes caminhos, uma vida colorida. Não é porque o papel é branco que deve permanecer branco. As folhas brancas estão aí para serem coloridas. E assim é a vida, colorível. Com os sentimentos de amor vem a bondade, a alegria e a vida se torna branda, bem colorida. São esses sentimentos que fazem com que a vida seja colorivel.
A vida ganha cor para que possamos apreciá-la, para não olharmos para ela e nos sentirmos amargos e infelizes, pois as cores trazem a felicidade.
Se os nossos sonhos forem em preto e branco, devemos fazer com que a vida seja muito mais que em preto e branco. Devemos dar cor à vida, porque ela é colorivel e ser colorivel é poder ter a oportunidade de colorir a vida."

Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Colorindo a vida"
 — 
Eloisa Aranda



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LENTO É O TEMPO




Lento é o tempo
Vivemos banhados por nuances e pinturas, que se desenham ao longo de nossas vida... Sentimos, em alguns momentos, tristezas, em outros, alegrias... Amores, desamores e, assim, será até que a última página de nossa vida termine de ser pintada, escrita e lacrada... Sabe quando as horas não passam, os dias não correm... Bem, correm sim, passam sim, nós é que não vemos o tempo passar... Ficamos tão absortos, nessa busca do tempo, esperando que ele nos traga algo novo, durante as nossas caminhadas pela vida, que até achamos que o tempo não passa... O tempo se desenha, à nossa frente e, às vezes, gostamos tanto do desenho, que o tempo faz, que corremos para guardar aquele desenho, antes que o tempo resolva apagar e não nos deixe ver a linda tela, que ele desenhou da nossa vida... O tempo é sábio, ele não deixará ficar telas ou papéis em branco, pintará a vida, seja ela vivida em um mar revolto ou numa calmaria de um céu azul e, com um arco-íris, a enfeitá-lo... O tempo desenhará, com suas cores variadas, a vida, com as cores da primavera, do verão, do outono, ou seja, também, do inverno... Mas, nesse vai e vem de cores, o tempo vai, lentamente, pintando as nossas caminhadas, colocando flores em nossos caminhos... Muitas vezes, o céu poderá escurecer, mas o tempo, esse senhor, que nos acompanha, lentamente, saberá colorir o céu... A natureza manda chuva, manda sol e nós, aqui, esperando, impotentes, tendo que segurar nosso choro, nossa vontade, nosso afã... A vida passa e aqui ficamos a postergar, aguardando respostas, que não dependem de nós e que só o tempo trará... Bela é a vida, temos é que saber vivê-la, banhada por nuances e pinturas, que o tempo desenha, não deixando, jamais, que a pintura se transforme em um borrão... O sol forte, muitas vezes, poderá castigar a pintura... Então, o céu, que estava pintado de azul, ficará borrado de nuvens cinzas, que parecem pesadas de toneladas de chuvas, que poderá desabar e estragar o colorido, que o tempo pintou... O tempo é sábio, quando não há cor, os ponteiros do relógio parecem ir e vir em milésimos de segundos, que duram uma eternidade...
Os pensamentos pesam toneladas e nos deixam cansados por não vermos as cores... Mas, chega o tempo trazendo, com ele, uma brisa, que não balança uma folha sequer e o céu, com suas nuvens pesadas, parecem querer desabar... O tempo, com seus passos lentos, com suas telas e os pinceis em punho, coloca o cavalete, abre as tintas, coloca a tela no cavalete e começa a colorir a nossa vida... Manda, para bem longe, o cinza, em que o céu se transformou e embala a nossa vida com nuances, que só ele, o tempo, sabe nos proporcionar... O mundo, lá fora, gira, roda, acontecem coisas, pequenas e grandiosas... Mas, quando a gente sente, pressente, que algo muito grande, muito forte está chegando, não sabemos se é porque queremos, muito, que ficamos achando que estamos tendo pressentimentos... Só queremos, muito, que o tempo passe, que as folhas do calendário virem e o tempo deixe de ser lento... Temos pressa, temos urgência, mas, sentimos que, realmente, o tempo está lento, nós é que não percebemos... Precisamos mergulhar os nossos olhos em sua beleza, que o tempo pintou, para esquecer, por alguns segundos, que só o tempo nos dirá o que não sabemos... Andamos, assim, querendo tudo para ontem, queremos mais, queremos muito...
Andamos, nesse mau humor, por quê? Nessa vontade de que o tempo ande rápido, mas também devagar... Vontade que respostas sejam dadas, medo de quais serão elas... Uma preguiça indizível, uma falta de vontade, pois, o tempo não passa para nós... E, ao mesmo tempo, uma sofreguidão, uma ânsia, uma vontade enorme de sentirmos o tempo passar... Gostaríamos, insuportavelmente queríamos, que, por uns dias, apenas, não sermos... Quem sabe, o tempo, que é lento, nos reservará, uma pintura em sua tela, guardada pelo acaso... Assim, teremos lindas pinturas, com pedaços de nós, que voltaram diferentes no tempo... Seremos banhados por nuances e pinturas, que, somente, o tempo saberá desenhar, enquanto estivermos caminhando, nas trilhas da vida... E, assim, será, até que a última página da nossa vida termine de ser desenhada, pintada e fechada pelo tempo...

Podemos até estar tristes, mas o tempo, ainda que seja lento, colorirá de alegrias, as nossas vidas
Marilina Baccarat no livro É mais ou menos assim"

terça-feira, 18 de abril de 2017

Marulhando a alma

Quando estamos à beira do rio, observando as flores em seus contornos e a água se desviando dos obstáculos, estamos marulhando a alma...                                    
         Logo que a alvorada começa a tingir o céu com suas cores, tomo o café da manhã e sigo até as margens do rio...   Ali, não vou fazer nada, apenas ficar em suas bordas marulhando a alma...As horas passam e não nos damos conta de que elas passaram, pois, marulhando o corpo, é estarmos maravilhando a alma... 
Marilina Baccarat de Almeida Leão - no livro "Corre como um rio" 

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Solidão

Sejamos amigos da solidão... Aceitar seus convites, para um passeio, com ela, no bosque, desde que não seja no bosque em que a chapeuzinho-vermelho encontrou o lobo mau... Estará tudo certo... Desmistifiquemo-la... Não podemos correr dela, não tenhamos medo de sua sombra... Mesmo que ela seja fria... 
Arriscar-se à solidão é permanecermos em ótima companhia... Que seria a nossa própria... 

Marilina Baccarat de Almeida Leão - no livro "É mais ou menos assim", que já se encontra nas livrarias Asabeça, Cultura e Martins Fontes em São Paulo - Em breve chegará na livraria Curitiba do shopping Catuaí em Londrina

sábado, 15 de abril de 2017

REMAR CONTRA

Difícil é remar contra.
Mais difícil, que iniciar, é continuar. De começos,
o mundo está cheio. Há quem inicia um curso,
uma atividade física, mas, só fica no começo. Muitos
acham que começar algo é o mais fácil, ledo engano,
o mais difícil é continuar.
Complicado mesmo é ir adiante, insistir no
propósito de fazer algo, até o fim. É preciso muita
persistência e muita força de vontade, para colocar o
barco no mar e remar até o fim.
Levar o barco já é difícil, imagine continuar a
viagem pelo mar, remando até chegar aonde se quer
chegar. Se tiver que remar contra a maré, aí, sim, é
que vai ser difícil continuar.
Sonhar é fácil, difícil é correr atrás dos sonhos,
sem se importar com os tombos, que vamos levar até
conquistar o que se quer.
Já avistei, pelo caminho em que passei, pessoas
sem coragem e que pareciam estar vivas, somente,
pela metade, porque não tiveram a ousadia de correr
o risco, apenas, começaram, não souberam continuar
uma caminhada rumo ao objetivo desejado.
Aconteça o que acontecer, jamais devemos perder
a vontade de continuar. A nossa paz interior deve,
sempre, permanecer com a chama acesa, pois, é ela
que nos dá a força necessária para continuarmos,
quando iniciamos algo. Essa paz interior é que vai nos
ajudar a enfrentar as piores ondas do mar, as mais
violentas tempestades da vida.
Todos os dias, somos obrigados a iniciar algo, a
enfrentar situações, nem sempre tranquilas. E é nessa
hora que não podemos perder a serenidade. Afinal,
ficar ansioso só torna as coisas mais difíceis, para encontrarmos
um rumo e continuarmos.
Não podemos ir ao embalo dos desesperados,
temos que optar, para continuar, se tivermos iniciado
um projeto. Temos que impedir que as dificuldades
surjam. Escutar, apenas, as palavras de esperança é
o que devemos fazer. Não podemos deixar a insegurança
falar mais alto.
Iniciar algo é muito fácil, continuar é que é difícil.
Mas temos que nos lembrar de que um sorriso, em
nossos lábios, derruba qualquer barreira e transforma
tudo o que iniciamos em continuação permanente
Marilina Baccarat de Almeida Leão - no livro
               "Atravessando Pontes"

quarta-feira, 5 de abril de 2017

transformar nossos passos em caminhos floridos

As odisseias poderão ser um desafio, se ficarmos perdidos em nossos pensamentos, mas se alinharmos os nossos passos, no meio de todos, que por ali passam, conseguiremos transformar nossas romagens em caminhos floridos e coloridos, sem desalinharmos nossos passos, o nosso caminhar... Muitos pensam em desistir de suas caminhadas, floridas e coloridas, por encontrarem o caminho obstruído, mas, deveriam mudar a estratégia e fazer toda a diferença, seguindo por outros caminhos...


Marilina Baccarat no livro "É Mais ou menos assim"
 

sábado, 1 de abril de 2017

Manter-se jovem

Manter-se jovem não é escolher, sempre, a opção mais segura e, sim, enfrentar as dificuldades com a ousadia da juventude... Estar jovem vai além de se sentir bem. É, simplesmente, não deixar de fazer o que tem vontade só porque se acha maduro demais para isso... 

Marilina Baccarat no livro  "É Mais ou menos assim"