quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Quando todos se calam

Quando todos se calam... Quando se calam todas as vozes, reflito sobre mim, sobre o que me rodeia; sobre o que me faz rir e, também, sobre o que me entristece... É possível ouvir as palavras, que o coração murmura, gosto de ouvir essas palavras. Olho no espelho e me vejo. Não consigo fugir de mim mesma. Descubro algumas de minhas qualidades, de meus talentos, de meus dons... Não há como me esconder das minhas dores e limitações. Não existem aparências, não há posições sociais...       
O valor das vozes, que me rodeiam, costumam vir carregadas de verdades e leveza. O que é realmente importante para mim? O que realmente me é edificante? Gosto do meu silêncio, que está sempre comigo. Amo as pessoas, que são colocadas na minha vida, mesmo que sejam por breve tempo, são pessoas especiais!           
 Marco distâncias, planejo e organizo sonhos. Chego a pegar carona nas asas da imaginação. Vou longe e essas pessoas me acompanham nos sonhos, até onde minhas asas alcançarem. Escuto, ouço o meu silêncio, dizendo-me o que fazer, por onde seguir, o que ser e o que devo mesmo sonhar. Na voz do silêncio, encontro a direção certa. Quando todos se calam, é o meu silêncio que me dá forças para vencer os obstáculos e escalar montanhas...
Quando a noite chega, quando todos se calam, sobram o meu silêncio e eu. Livres de qualquer barulho insensato e desmedido, carregado de ilusões... Não há mais ninguém...

Esse texto encontra-se no livro "Escalando Montanhas" de Marilina Baccarat
www.livrariascuritiba.com.br
www.livrariacultura.com.br
www.livrariamartinsfontes.com.br
www.asabeçascortecci.com.br

Nenhum comentário: