quinta-feira, 19 de abril de 2018

Retalhos



Retalhos

Deparei-me, hoje, com uma foto da cidade luz, Paris, e, claro, me apaixonei, primeiro, porque é uma das minhas viagens de sonho, terra dos meus ancestrais... Segundo, porque, por ali, passaram, perdidos, muitas vezes, escritores, artistas e pintores, que faziam, da sua arte, uma profissão, além de ser encontros de verdadeiras festas.
Cresci, ouvindo falar sobre Paris. E, hoje, vendo, essa foto, fiquei louca, mais ainda, por Paris... Fiquei com mais vontade de conhecer a Cidade Luz, onde os moradores não respondem a quem fala inglês e, isso, particularmente, adorei... Onde os cafés continuam os mesmos dos anos 20, onde os mercados de pulgas são caríssimos, onde se tem a impressão de que os franceses sabem apreciar a vida e amar a sua cidade. Eles têm o charme do saber viver...
Imagino que, para quem conheça bem Paris, deve ser uma delícia reconhecer as ruas, os cafés, os lugares por onde já andou... Ruas e cafés por onde andaram os meus antepassados...
Mas a gente segue, assim, admirando uma foto, lembrando dos nossos ancestrais e pensando que a vida é feita de retalhos. Em cada retalho, uma história e, ao final, um arremate. A cada história contada, aumenta-se um ponto, a cada ponto o pesponto, cada figura um personagem, cada furo da agulha, no dedo, uma pausa, uma lágrima e, quiçá, um sorriso... E a história vai sendo confeccionada do retalho, que já ficou para trás, trazendo, consigo, também a história de como chegou ali...
São retalhos de vidas, de gerações, que juntaram os retalhos e formaram uma grande colcha de retalhos.Assim é a nossa vida, minha, sua, de todos nós... Uma grande colcha de retalhos, em cada retalho uma lembrança, da infância, da juventude, saudades de tudo que passou e um retalho, que é especial: – O retalho do futuro, cheio de felicidade, com arremates de esperança.

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