quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Cabe em nós a beleza

Cabe em nós a beleza


Cabe, em nós, a beleza das rosas amarelas. E são elas, que oferecem, aos nossos olhos, a maravilha, o perfume... Nem imaginam quanto nos ajudam a enxergar melhor a vida.
Com a beleza das rosas amarelas, cabe, em nós, a beleza do mundo. O querer e o não querer, também, cabe em nós, com toda essa beleza, que vemos nas rosas amarelas.
O talvez e o quem sabe, também, não cabem em nós, pois, somos decididos e só queremos admirar a beleza das rosas amarelas.
O nosso dia se torna triste, sem a beleza das rosas amarelas, somos assim, emotivas, não somos nada, mas somos tudo, pois somos únicas, sendo várias, ao mesmo tempo, se soubermos apreciar a beleza, que há nas rosas amarelas...
As rosas amarelas são lindas, mas, jamais arrogantes. Com toda sua nobreza, elas são elas mesmas, não são malcriadas, pelo contrário, são muito bem criadas, porque as cultivaram com carinho.
Cabe em nós, como humanos, a maldade que as rosas amarelas não têm... Cabe, nas rosas amarelas, nenhuma inveja, nenhuma arrogância, enquanto, em nós, cabem todos esses sentimentos. Sim, porque, em nós, a inveja tem mais poder que o amor.
Cabe, em nós, o amor, mas, se quisermos ajudar alguém, que está passando necessidade e pedimos
ajuda para amigos, para que façamos uma vaquinha, muitos dão uma desculpa e se negam a ajudar... Mas, cabe, também, em nós, a inveja e, por inveja, até os inimigos se unem para nos derrubar.
Não cabem, nas rosas amarelas, esses sentimentos torpes, elas são vaidosas, sim, pois, se ficamos a admirá-las, notamos que elas se erguem, quase estouram de tanta vaidade, mas, com razão, elas são lindas e exalam perfumes, que nenhuma perfumaria francesa seria capaz de imitar.
Cabe, nas rosas amarelas, a beleza, quando, em nós, cabe o nosso eu, que é, assim, um só, não há duas de nós.
Cabe, em nossas costas, um mundo, que carregamos, com nossas perguntas sem respostas... Carregamos dores, mas, também, sorrisos.
Com as rosas amarelas, não há palavras duras, nem castigos e, muito menos, iras.
Cabe, em nós, a raiva transgressora, agredimos muitas vezes, ao invés de perfumar como as rosas amarelas. Nós soltamos venenos, elas perfumes...
Algumas vezes, nos fazemos entender, em outras, não conseguimos, somos facas, somos plumas, veneno e abrigo do mau... Cabe, em nós, a feiura do mundo e é melhor não a despertar. Mas, mesmo assim, ela teima em sair... Cabe, em nós, a beleza....
Cabe, em nós, o renascimento, o reencontro, quando olhamos e vemos a beleza oferecida de uma rosa amarela...
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro  "VIvas Emoções" página 75

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